Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Alimentação
Os alimentos, que correspondem a mais de um quinto do orçamento das famílias, voltaram a subir em julho (0,40%), quase o mesmo que o 0,49% do mês anterior. Desta vez os produtos comprados nos supermercados e feiras tiveram uma alta menor (0,33%), enquanto o custo de almoçar ou jantar fora ficou 0,80% mais caro.
As maiores altas de preços de alimentos foram as dos grupos aves e ovos (4,2%) e leites e derivados (4,1%). Por outro lado, alguns grupos de alimentos pesquisados ficaram mais baratos, com destaque para as frutas (-2,9%) e cereais, leguminosas e oleaginosas (-1,6%).
Outros preços
A tarifa de energia elétrica residencial, que já vinha de aumentos significativos nos meses anteriores (5,4% em maio e 3,8% em junho), voltou a subir. O aumento foi de 5,7% em julho. O custo da energia vem subindo como resultado da crise hídrica, que afeta o nível dos reservatórios das hidrelétricas e leva ao acionamento de fontes de energia mais caras.
Puxado pela energia elétrica, o grupo de preços ligados à habitação foi o que teve a maior alta em julho (1,95%). Além de alimentação e habitação, também subiram os preços de produtos e serviços dos grupos transportes (0,68%), artigos de residência (0,37%), saúde e cuidados pessoais (0,29%), despesas pessoais (1,03%) e educação (0,16%).
Os grupos que tiveram redução de preços foram comunicação (-0,20%) e vestuário (-2,49%). Os preços das roupas acumulam uma queda de -7,29% desde o início do ano.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de julho.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag. (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.