A professora Alessandra Abdalla, 45 anos, foi assassinada a tiros nesta manhã de quinta-feira (24) no bairro Tapera, em Florianópolis. O principal suspeito da autoria do crime é seu ex-companheiro, um policial Militar lotado no 4º Batalhão da Polícia Militar. Ele está foragido e as autoridades policiais pedem ajuda com informações para sua captura.
A mulher tinha uma medida protetiva contra o ex-marido. Mesmo assim, segundo investigações preliminares da polícia, ele foi até uma escola localizada no bairro Tapera, onde a mulher trabalhava, como professora e atirou contra ela. A vítima foi atingida por 10 disparos de arma de fogo, quando chegava para trabalhar. A Polícia Militar não divulgou a identificação do suspeito.
A Prefeitura de Florianópolis, por intermédio da Secretaria de Educação, divulgou um comunicado sobre o falecimento da professora auxiliar Alessandra Abdalla, lotada no Núcleo de Educação Infantil Tapera. Ela foi assassinada quando estava a poucos metros do local do trabalho. A profissional já tinha medida protetiva contra o criminoso. A Alessandra era servidora pública desde 10 de fevereiro de 2014. Nasceu no dia 22 de janeiro de 1977. Tinha 45 anos.

Conforme o secretário de Educação, Maurício Fernandes, a comunidade escolar, a cidade, está em choque. “Estamos abalados com um ato monstruoso como esse”.
O secretário de Educação enfatiza que o feminicídio é um tipo de “homicídio qualificado”, um crime hediondo.
“Chega de misoginia, de repulsa e de ódio às mulheres . Os homens não são donos do corpo e da vida das mulheres”, desabafa Maurício Fernandes Pereira.
Para o secretário municipal de Segurança Pública, Araújo Gomes, trata-se de uma tragédia. “Nada justifica tirar a vida de uma pessoa”.
NOTA OFICIAL DA PM
Na manhã desta quinta-feira (24) o Comando do 4º BPM – Florianópolis, através do Centro de Comunicação Social – PMSC divulgou uma nota oficial sobre o crime.
Abaixo a nota na íntegra:
A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) através do comando do 4º BPM, de Florianópolis, atendeu nesta quinta-feira, 24, por volta das 7h30 da manhã, uma ocorrência em que uma mulher teria sido alvo de vários disparos de fogo próximo a uma creche, localizada no bairro da Tapera. Chegando ao local foi confirmado que a situação se tratava de um Feminicídio.
A mulher foi atingida com vários disparos de arma de fogo e, ao que tudo indicava, teriam sidos disparados pelo ex-companheiro. Imagens do local o identificaram. Depois de uma discussão ele disparou contra a mulher e fugiu para um destino ignorado.
Com as imagens, foi possível a identificação do homem, um policial militar da ativa, lotado no 4º BPM, que estava com restrição do serviço operacional, realizando trabalhos administrativos.
O comando do 4º BPM esclarece que não tinha conhecimento que a mulher havia pedido uma medida protetiva contra o ex-companheiro.
As buscas pelo foragido seguem, com apoio do Batalhão de Operação Especiais (BOPE) para que o mesmo seja preso e levado à Justiça.
Esta tragédia e seu desfecho segue como prioridade do 4º BPM, e assim que houver novos encaminhamentos a PMSC divulgará nova nota.
Nossos consternados sentimentos à família da vítima e à sociedade, diante deste episódio de profundo pesar.