A Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) nacional será obrigatória em todo o país a partir de janeiro de 2026, conforme determina a Lei Complementar nº 214/2025. A medida integra as ações de modernização tributária previstas na Reforma e representa um passo decisivo rumo à unificação e simplificação do sistema fiscal brasileiro, com a futura implementação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Em Florianópolis, a adoção do novo sistema foi antecipada para ainda este ano, segundo cronograma divulgado pela prefeitura. A emissão da NFS-e nacional passará a ser feita exclusivamente por meio do Portal Nacional da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica, em três fases: Em meados de agosto para sociedades profissionais com imposto fixo (como advogados, engenheiros, contadores, médicos e psicólogos); em 1º de outubro para empresas optantes pelo Simples Nacional; e em 1º de novembro para demais prestadores de serviços.
A nova obrigatoriedade elimina sistemas municipais distintos, padroniza os dados fiscais e promete reduzir significativamente a burocracia para empresas de todos os portes. Além disso, oferece mais segurança jurídica e favorece a integração com o novo modelo tributário nacional.
Segundo Marco Aurélio Eli, gestor da área fiscal da Orsitec, empresa de consultoria contábil e empresarial com 43 anos de atuação, a adaptação prévia ao novo modelo é essencial para evitar contratempos. “Trata-se de uma mudança estrutural que impacta rotinas administrativas e fiscais. A orientação técnica neste momento pode fazer toda a diferença, principalmente para quem atua em mais de um município ou está em processo de crescimento”, explica Marco Aurélio.
Empresas que ainda não se preparam para a transição devem ficar atentas aos prazos e buscar suporte qualificado o quanto antes. A adoção do novo sistema é irreversível — e os benefícios da digitalização e da uniformidade fiscal tendem a trazer ganhos de produtividade no médio e longo prazo.