Florianópolis registrou um aumento de 0,30% no Índice de Custo de Vida (ICV) no mês de julho. Embora em alta, o indicador mostra um cenário de desaceleração tanto em relação ao mesmo mês do ano passado (0,46%) quanto ao mês anterior (0,42%). O ICV é calculado com exclusividade pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Esag/Udesc), com apoio da Fundação Fesag.
O índice reflete os impactos da variação de preços sobre os orçamentos de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, foi construído com base na análise de 297 itens, pesquisados entre 1º e 31 de julho. Desse total, 87 apresentaram aumento de preço, 106 permaneceram estáveis e 104 tiveram queda.
Com o resultado de julho, o acumulado do ano chegou a 4,27%. Já o acumulado dos últimos 12 meses alcançou 6,81%.
Alimentação em residência teve recuo
Apesar da alta no grupo geral de Alimentação e Bebidas (0,19%), a alimentação em residência caiu -0,32%, impactada principalmente pela forte queda em itens como batata inglesa (-21,95%), cebola (-14,30%), abacaxi (-11,21%) e laranja paulista (-10,47%).
“É interessante perceber que a alimentação em domicílio caiu, mas a alimentação fora de casa aumentou (0,98%)” observa o responsável pelo cálculo da Udesc Esag, o administrador Hercilio Fernandes Neto.
Já o subgrupo de açúcares e derivados teve alta de 4,50%, com destaque para chocolate em barra e bombom (10,77%).
O impacto no orçamento familiar
Os grupos que mais impactaram na variação do mês, influenciando a queda da inflação em julho, foram:
- Alimentação em residência: -0,32%
- Habitação: -0,22%
- Artigos de residência: -1,73%
A desaceleração observada em julho pode indicar uma tendência de maior controle inflacionário na capital catarinense, embora o acumulado em 12 meses ainda esteja acima da meta de inflação nacional. “Acompanhar os próximos meses será fundamental para entender a trajetória do custo de vida até o fim de 2025”, observa Neto.