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Comunidades do Sul da Ilha promovem ato contra verticalização e esgoto irregular

Entidades chamam para concentração neste sábado, dia 9/08 às 15h, no Campeche

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Moradores e coletivos do Sul da Ilha realizam, neste sábado (9), a partir das 15h, um grande ato popular em defesa do território, do saneamento e da participação cidadã, com concentração na Igreja São Sebastião, Rua da Capela, Campeche.

A manifestação denuncia os impactos da verticalização acelerada e das mudanças no Plano Diretor de Florianópolis, aprovadas, segundo eles, sem escuta efetiva da população. O movimento também protesta contra a autorização para lançamento de esgoto parcialmente tratado – e sem fiscalização – nas redes pluviais, prática permitida por uma instrução normativa da Vigilância Sanitária.

Mesmo condomínios com tratamento prometido de 95% de eficiência, juntos, deixariam grande volume de poluentes indo para lagoas, rios e praias. Mas a última grande operação de fiscalização, em fevereiro de 2023, divulgada pelo portal ND+, mostrou que o tratamento está longe desse percentual: 85% dos condomínios fiscalizados no Novo Campeche apresentavam tratamento ineficiente — em um dos casos, apenas 12% de eficiência, o que equivale praticamente a esgoto in natura sendo despejado na natureza.

As consequências já são visíveis:

● No Novo Campeche, a drenagem desemboca no antigo canal da Lagoa Pequena, que chega ao mar, com aspecto e odor muito ruins.

Drenagem do Novo Campeche chegando a praia com aspecto e cheiro ruins – CRÉDITO: Rô Cechinel, 2025

● No Rio do Noca, o “Riozinho”, a poluição persiste há mais de uma década.

Reportagem ND+ sobre o esgoto no Riozinho – CRÉDITO : Flávio Tin/ND em 2017

● Na “Lomba do Sabão”, próximo a R. dos Pinheiros, a situação também é crítica, com canos soltando esgoto a céu aberto onde deveria ser apenas água da chuva.

● No Morro das Pedras, reportagem de abril deste ano aponta cenário semelhante.

Recorte da reportagem do Jornal do Almoço, em 2025

Adensamento urbano

A pressão urbana deve se agravar com as ADIs (Áreas de Desenvolvimento Incentivado), que permitem prédios de até 7 ou 8 andares em mais de 20 ruas do Distrito do Campeche, incluindo servidões e travessas. Outro exemplo é o PEU (Projeto de Estruturação Urbana) Refúgio do Campeche, previsto para a área entre a Igreja de Pedra e o campo do Cruz de Malta. Apresentado no Conselho da Cidade, o projeto prevê 3 mil novos moradores, torres de até 12 andares, hotéis e centros comerciais — tudo em área com infraestrutura já saturada e esgoto escoando para a rede pluvial e áreas alagáveis com destino à Lagoa da Conceição.

As entidades envolvidas — AMORITA (Associação de Moradores e Empreendedores do Rio Tavares), AMOCAM (Associação de Moradores do Campeche), Associação de Pescadores Artesanais do Campeche, Fórum Popular do Distrito do Pântano do Sul, Comitê Popular de Luta do Campeche e ADUF (Associação das Dunas de Florianópolis) — alertam para os riscos ao Aquífero do Campeche e à Lagoa do Peri, além do agravamento da crise habitacional, já que os novos empreendimentos se concentram em imóveis de luxo ou studios voltados ao Airbnb.

SERVIÇO:

– Ato Popular: Verticalização no Campeche, não!

–  Data: Sábado, 09 de agosto

– Horário: Concentração a partir das 15h

– Concentração: Igreja São Sebastião – Rua da Capela, Campeche

–  Encerramento: Puerto Escondido Kioske Mexicano, Rio Tavares

–  Atividades: Falas comunitárias, manifestações culturais e passeata até o Rio Tavares, encerrando com show da banda Nouvella.

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