A Delegacia de Combate a Estelionatos, do Departamento de Investigações Criminais da Capital, em ação conjunta e com o apoio do Cyberlab – Ministério da Justiça e da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrou, nesta quinta-feira (23), a operação LITIS SIMULATIO, visando desarticular um bando criminoso voltado à prática do “Golpe do Falso Advogado”.
As investigações tiveram início após o registro de ocorrência em 2024 por uma vítima, domiciliada em Florianópolis, que relatou ter um processo judicial contra o Estado de Santa Catarina e após receber contatos por telefone de golpistas, que se apresentavam ora como seu advogado, ora como “secretaria” dele, acabou transferindo aproximadamente R$270.000,00 aos criminosos acreditando que se tratava de pagamento de “taxas” e “custas processuais” inexistentes.
Foram expedidos pela Vara Regional de Garantias da Capital Catarinense 25 mandados de buscas domiciliares e 16 mandados de prisões temporárias, em cumprimento nesta data nos Estados do Ceará e do Rio de Janeiro, referentes a suspeitos e pessoas que receberam valores da fraude em suas contas bancárias.
O termo “litis simulatio”, do latim, significa “simulação de litígio”, em alusão ao crime vulgarmente conhecido como crime do “falso advogado”. A investigação segue em andamento visando responsabilizar os criminosos e todos aqueles que auxiliam o bando a pulverizar valores do crime em troca de comissão.
Alerta à População
A Polícia Civil reitera o alerta à população para que redobre a atenção a contatos suspeitos que envolvam o pagamento de qualquer valor para liberação de quantias em ações judiciais, precatórios ou qualquer outro crédito.
• ATENÇÃO: O Poder Judiciário e os advogados regularmente constituídos NÃO solicitam depósitos ou transferências via PIX ou boleto para liberar valores de processos.
• Em caso de dúvidas sobre a veracidade de um contato, a orientação é:
1. Nunca realize pagamentos solicitados por canais não oficiais (WhatsApp, SMS, ligações de números desconhecidos).
2. Entre em contato diretamente com seu advogado por um telefone ou e-mail já conhecido e verificado, ou ligue para a unidade judiciária onde o processo tramita.
3. Desconfie de qualquer solicitação que crie senso de urgência ou ameace o cancelamento da liberação dos valores.