Além de muita música, dança e tradições julinas, o Arraiá da Freguesia também se vestiu de rosa e abriu espaço para a solidariedade. Durante os dois dias de festa (12 e 13), quem passou pelo Centro Histórico de São José pôde conhecer de perto o trabalho realizado pela Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC), conversar com voluntárias, adquirir peças do brechó solidário e colaborar com a causa. A ação também serviu como convite para que novas mulheres se tornem voluntárias e fortaleçam a rede de apoio construída pela entidade, que nasceu em 2024.
A participação da Rede na edição especial da Feira da Freguesia fortaleceu o diálogo com a comunidade e chamou a atenção para a importância do diagnóstico precoce e do apoio a mulheres em tratamento.“Espaços como este são fundamentais para estarmos mais próximas da comunidade e chegarmos de forma organizada às mulheres de São José. Foi uma oportunidade linda de mostrar o que fazemos, ampliar o apoio, receber novas histórias de vida e formar uma rede ainda maior de voluntárias”, destacou Lilian Terezinha Madaloni, presidente da Rede Feminina de São José.
Durante os dois dias, as voluntárias atenderam o público, explicaram os serviços oferecidos e comercializaram peças de um brechó beneficente, além de produtos confeccionados pela própria Rede. Parte dos recursos arrecadados ajuda a manter as atividades na sede da instituição, localizada no bairro Campinas.
A RFCC de São José iniciou os atendimentos em sua nova sede no dia 24 de fevereiro, na Rua Elizeu Di Bernardi, 200, no bairro Campinas. O espaço acolhe, orienta e oferece suporte a mulheres com câncer, funcionando de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h, com o trabalho voluntário de dezenas de mulheres engajadas na luta pela prevenção e conscientização.
A ação também trouxe relatos emocionantes. No domingo, após assistir a uma reportagem em uma emissora de televisão, uma moradora foi até a feira especialmente para conhecer o trabalho da Rede e dividir sua experiência com a doença.“Esse tipo de encontro mostra o quanto o trabalho da Rede toca as pessoas e salva vidas. Esse acolhimento faz diferença, porque quem passa por essa luta precisa se sentir amparada. Fico feliz de fazer parte disso”, comentou a voluntária e primeira-dama do município, Sandra Mikulski.
Para o secretário de Cultura e Turismo, Toninho da Silveira, o espaço dedicado à Rede Feminina mostra que a cultura e a solidariedade podem caminhar juntas:“A cultura é também uma ferramenta de transformação social. Ter a Rede Feminina no Arraiá fortalece nossa identidade comunitária, valoriza o trabalho voluntário e aproxima causas tão importantes do dia a dia das pessoas”, ressaltou Toninho.
A iniciativa conta com o apoio do poder público e de empresários locais, que reconhecem a importância de fortalecer a luta contra o câncer de mama e de colo do útero — entre os que mais atingem mulheres no Brasil.
