Na sexta-feira, dia 1º de agosto, a partir das 19h, a artista Monique Burigo realiza a performance “Chá de Sumiço”, dando início à sua exposição inédita na Galeria Mínima, em Florianópolis. Natural de Balneário Camboriú e radicada na capital catarinense, Monique apresentará até 30 de agosto uma instalação com vestígios da ação performática.
Com figurino assinado por Eco Zazu, a performance começará com uma espécie de cortejo pela rua, na frente do espaço expositivo. Ao longo de 30 minutos a artista irá construir um rito de despedida dos papéis impostos às mulheres: da pureza à servidão. Uma chama dessa ação, bem como fragmentos da performance, vão integrar a instalação que ficará na vitrine da Galeria.
“Chá de Sumiço” integra o projeto Língua de Fogo, pesquisa desenvolvida desde 2021 pela artista que entrelaça performance, fotografia, vídeo, escuta, memória e feminismos, atravessando as formas com que mulheres foram ensinadas a se calar e desaparecer e, por fim, a alimentar as faíscas umas das outras até incendiar.
A visitação poderá ser feita até 30 de agosto, de terça a sábado, das 18h às 00h, na Galeria Mínima, que fica no Ponto Bar e Piadina (Rua Victor Meirelles, 138, Centro de Florianópolis/SC).
“A Galeria Mínima tensiona a relação entre dentro e fora convidando à reflexão sobre o mínimo essencial. Sua arquitetura cria um campo poético para camadas sutis de memória e linguagem. Quero explorar esse limite físico e simbólico, em diálogo com a rua e a cidade, sem perder a densidade poética”, completa a artista.
A proposta é executada pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recursos do Governo Federal e da Política Nacional Aldir Blanc.
Sobre a artista
Monique Burigo é artista visual, fotógrafa e pesquisadora. Suas obras investigam memória, meio ambiente, feminismos e os papéis de gênero ao longo do tempo, muitas vezes a partir de arquivos familiares. Seu trabalho inclui fotografia, vídeo, performance, livros de artista e instalações. É doutoranda em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com período de pesquisa na Università di Bologna (Itália). Além de sua produção artística, Monique oferece cursos e oficinas voltados para a criação sensível, a investigação poética e os processos híbridos da imagem. Atua também como fotógrafa, sempre com olhar atento, escuta ativa e abordagem poética que convida ao encontro e à expressão. É integrante do coletivo ARLA (Artistas Latino Americanes) desde 2021.