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Campanha Junho Laranja destaca prevenção e tratamento de doenças sanguíneas

HU-UFSC e outros hospitais universitários da Rede Ebserh ampliam ações de combate, fortalecendo a luta contra a anemia e a leucemia

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O compromisso do Sistema Único de Saúde (SUS) com a prevenção, diagnóstico e tratamento da anemia e leucemia tem avançado. A atuação dos hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) é um recorte efetivo de como isso tem acontecido, seja por meio do profissionalismo ofertado nos serviços hospitalares ou de estudos que aprimoram ou apresentam novos caminhos para o combate a essas condições que afetam a saúde sanguínea dos pacientes.   

A campanha Junho Laranja promove conscientização a respeito da anemia e da leucemia, que acometem milhares de pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) caracteriza a anemia como uma condição em que os níveis de hemoglobina no sangue são inadequados, geralmente devido à insuficiência de ferro ou outros nutrientes indispensáveis, como zinco, vitamina B12 e proteínas. 

A prevenção das anemias causadas por deficiências nutricionais, como a falta de ferro e vitaminas, depende de uma alimentação adequada, com o consumo de carnes vermelhas ou folhas verdes escuras. Além disso, o diagnóstico precoce é de extrema importância, sendo recomendada a realização de exames como o hemograma ao menos uma vez por ano. No caso das anemias carenciais, que são por falhas de alguns nutrientes, é possível fazer a prevenção com uma alimentação adequada, uma suplementação de ferro, e, no caso das crianças, vale lembrar que o próprio aleitamento materno é uma forma de prevenir a anemia por falta de ferro. 

Os tipos de anemias

De acordo com a OMS, cerca de 30% da população mundial sofrem com algum tipo de anemia.  A mais comum é a anemia ferropriva, ocasionada pela falta de ferro, que corresponde a cerca de 90% dos casos. O ferro tem papel essencial na produção das hemácias e no transporte de oxigênio para todas as células do corpo. 

Outro tipo de anemia bastante conhecido é a falciforme, que é uma condição hereditária em que os glóbulos vermelhos do sangue sofrem um processo de deformação. Essa é uma condição mais comum entre a população negra. Segundo informações do Ministério da Saúde, a doença atinge cerca de 8% dessas pessoas, entre pardas e pretas. 

A luta contra a leucemia 

A leucemia, por sua vez, é um câncer que começa na medula óssea – região responsável pela produção de sangue. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que, anualmente, no período de 2023 a 2025, deverão ser registrados mais de 11.540 novos casos de leucemia no Brasil.  

INCA informa que a leucemia ocorre por meio de mutação genética em uma célula sanguínea imatura, que se transforma em uma célula cancerosa. Diferente das células normais, essa célula alterada se prolifera rapidamente e possui uma resistência maior à morte celular. Com o tempo, essas células anormais substituem as células saudáveis na medula óssea, comprometendo suas funções. 

Existem diversos tipos de leucemia e elas são classificadas de duas formas: aguda ou crônica, dependendo da velocidade em que as células doentes se manifestam no organismo. A causa da leucemia ainda é desconhecida pela Ciência, mas sabe-se que fatores genéticos e ambientais (como exposição à radiação ou substâncias cancerígenas) podem influenciar o surgimento desse tipo de câncer. 

Diante de um paciente com suspeita de leucemia, o exame que vai fazer a confirmação da doença é o aspirado de medula óssea (mielograma). Nesse exame, é coletado material da medula para várias análises e, após a coleta, são analisadas as características das células, além do exame de imunofenotipagem, que detecta marcadores e define a linhagem da leucemia, fator que pode influenciar o tratamento. Também é feita uma análise genética para avaliar fatores de risco relacionados ao prognóstico do paciente.  

Caminhos da cura

A escolha do tratamento adequado vai depender do tipo de leucemia diagnosticada, mas um procedimento que tem salvado muitas vidas é o transplante de medula óssea (TMO). O transplante substitui células doentes por saudáveis, possibilitando a regeneração do sistema sanguíneo e imunológico, além de aumentar as chances de cura e reduzir o risco de recaídas.

No Hospital Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), a hematologista Giovanna Steffenello Durigon explica que a unidade realiza o diagnóstico e diversos tipos de tratamento tanto para anemias quanto para leucemias. “Fazemos desde aplicação de ferro endovenoso para pacientes com intolerância ao ferro oral até uso de eritropoetina, em casos de comprometimento renal ou mielodisplasia. Também realizamos transfusões sanguíneas e tratamento com corticóides em anemias hemolíticas, além do manejo de anemias megaloblásticas com reposição de vitamina B12”, afirma a médica.

O HU-UFSC também é um centro de referência em Oncologia e Hematologia e oferece tratamento tanto para leucemias agudas quanto crônicas. “Realizamos diferentes esquemas de quimioterapia, de acordo com o tipo e estágio da doença, incluindo medicações orais para leucemias crônicas com alterações genéticas específicas, além de terapias de suporte e cuidados paliativos”, explica Giovanna.

Sobre a Ebserh

O HU-UFSC faz parte da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares desde março de 2016. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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