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InícioADRIANO RIBEIRODiretor Financeiro da Câmara da Capital é exonerado e vereador reclama: “retaliação”

Diretor Financeiro da Câmara da Capital é exonerado e vereador reclama: “retaliação”

O primeiro secretário da Mesa Diretora, vereador João Luiz da Bega (Republicanos) diz que o diretor de Orçamento, Planejamento e Execução Financeira da Câmara de Florianópolis, Alécio José Amandio foi exonerado, nesta sexta (13), sem justificativa plausível, apenas porque ambos não assinaram projeto de benefício de salário de vereadores

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O diretor de Orçamento, Planejamento e Execução Financeira da Câmara de Florianópolis, Alécio José Amandio foi surpreendido com sua exoneração nesta sexta-feira (13). O primeiro secretário da Mesa Diretora, vereador João Luiz da Bega (Republicanos) recebeu o ato como uma represália por ter se negado a assinar e apoiar o projeto que criaria bonificações salariais de até 50% para os vereadores da Capital. Leia mais sobre a tramitação do projeto clicando aqui.

Alécio é indicação de João Luiz e à exemplo do vereador, também não assinou o projeto de lei. “Ele foi exonerado porque tanto ele quanto eu não concordamos com o projeto que vai tirar recursos da população pra aumentar salário de vereador”, comentou o vereador. Segundo ele, o projeto é sem cabimento.

O vereador conta que o corpo técnico da Câmara fez um estudo técnico e apontou que a matéria implicaria em um aumento de R$ 2.5 milhões nos gasto da Casa nos próximos dois anos. Diante desse quadro, o diretor Financeiro procurou João da Bega e explicou que não assinaria por não concordar com esse gasto. O vereador entendeu a justificativa e disse que também seria contrário.

Vereador João Luiz da Bega

Diante da negativa o vereador conta que sofreu forte pressão, mas não voltou atrás. Em sua opinião, o salário de R$ 24 mil de um vereador já é muito bom. “Eu não penso no que é bom pra mim, penso no que é bom pra sociedade”, comentou o vereador que disse que vê o drama da população cedo na frente dos postos de saúde e não conseguiria aceitar tirar recursos que poderiam ajudar a mudar isso.

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Quebra de acordo

O vereador João Luiz da Bega ficou indignado com a quebra de acordo político. Ele lembra que lá atrás, quanto a atual Mesa Diretora foi eleita, a ideia era fazer um mandato diferente, sem politicagem. João Luiz lembra que o cargo de Diretor Financeiro ficou para ele indicar e indicou uma pessoa, na sua avaliação, muito correta. Agora, ele não pode aceitar que faltando pouco mais de 15 dias para o fim do mandato, o acordo seja quebrado unilateralmente.

A indignação é maior pela forma como foi feita. O vereador conta que nem foi comunicado. O diretor apenas recebeu uma ligação do chefe de gabinete da presidência, Paulinho Silveira, comunicando sobre a exoneração. “Se o diretor tivesse feito alguma coisa errada, tudo bem, ai não teria desculpa, mas não foi o caso, ele fez a coisa certa”, reclama João Luiz.

O outro lado

O presidente da Câmara, João Cobalchini (MDB) explicou que a decisão se deve a necessidade de iniciar a transição administrativa, para o próximo ano legislativo. Ele também informa que o cargo em questão é de livre nomeação e exoneração a qualquer momento e que o vereador João Luiz da Bega não se elegeu, por essa questão perdeu o direito da nomeação visando o futuro mandato legislativo. Para finalizar, o presidente informa que nem pediu o voto de João Luiz para aprovar o projeto dos benefícios nos salários dos vereadores.

ABAIXO A EXONERAÇÃO:

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