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ENTREVISTA / LUCIANO PEREIRA: “O prefeito tem que estar na rua”

Nesta entrevista exclusiva ao Informe Floripa Luciano fala sobre seus planos e da disposição em concorrer a prefeito de Palhoça

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Empolgação e otimismo não faltam e são as principais armas com as quais conta o agente de saúde pública, Luciano Pereira, para enfrentar o desafio que se avizinha que é disputar a prefeitura de Palhoça. Será um desafio em tanto, oferecer-se aos palhocenses como uma alternativa ao atual prefeito Eduardo Freccia, que vai à reeleição, apoiado pelo deputado estadual e ex-prefeito Camilo Martins e seu pai, o ex-deputado estadual, Nazareno Martins.

Mas, além da determinação, Luciano tem a seu favor uma perceptível ascensão na política local. Foi vereador entre os anos de 2017 e 2020 e quando estava desistindo da política por inconformismo, foi convencido a disputar a prefeitura na eleição municipal passada. Não tinha nem partido para a disputa. Na última hora apareceu o Avante, ao qual se filiou e foi para o embate com uma nominata de vereadores de apenas 18 nomes. Ficou em segundo lugar, com 15.931 votos e elegeu dois vereadores. Foi a surpresa, perdendo apenas para o atual grupo político que ainda está no poder.

“Tem que abrir as portas da prefeitura. O prefeito tem que estar na rua”

Alavancado com a expressiva votação, Luciano voltou a ser testado nas urnas em 2022. Concorreu a deputado federal e conquistou 20.057 votos. À época dobrou com o Repórter Sérgio Guimarães, ambos pelo União Brasil. Serginho acabou eleito deputado estadual e agora tem a missão de ajudar o amigo no embate que se aproxima. Na disputa, Luciano conta com o desgaste natural dos adversários. “Há 12 anos essa administração está ai. Penso que o povo já está saturado dessa maneira de administrar”, analisa.

Leia abaixo a entrevista exclusiva: 

ADRIANO RIBEIRO – Primeiramente gostaria que o senhor nos contasse como está esse momento de pré-campanha, no sentido de conversa com demais partidos políticos e composições com vistas às eleições deste ano.

LUCIANO – Esse é um momento de construção. Hoje nós temos dois partidos, que é o PSD ao qual eu pertenço e o União Brasil. Há uma conversa muito boa com outros partidos. Estrategicamente é bom não revelar. Mas, tem boas conversas e uma possibilidade de compor com quatro ou cinco partidos.

ADRIANO RIBEIRO – Na eleição passada, em 2020, quando o senhor concorreu a prefeito, tinha uma chapa com 18 candidatos a vereador. Agora, naturalmente, há uma expectativa melhor quanto à nominata de candidatos a vereador?

LUCIANO – Acreditamos que deva chagar de 80 a 100 candidatos. Será uma infantaria bem maior que a última. É outra eleição e estamos se preparando mais a cada dia.

“Necessita de um olhar mais voltado à população que mais precisa. Hoje a cidade é muito fria. A gente percebe que falta aproximação da administração com a população”

ADRIANO RIBEIRO – Na eleição de 2022 o senhor dobrou com o hoje deputado estadual, Sérgio Guimarães, que acabou se elegendo deputado estadual. Agora o senhor espera esse apoio dele, como seu principal cabo eleitoral?

LUCIANO – Temos com o Sérgio uma parceria de ganha-ganha. Não tem como perder com essa parceria. O Sérgio é muito popular, está fazendo um mandato muito bom como deputado. Hoje ele não é mais o Repórter Sérgio Guimarães, é o deputado Sérgio Guimarães.

ADRIANO RIBEIRO – Inclusive existe a possibilidade de a esposa dele, Dayana Wolf , ser sua vice de chapa, confirma?

LUCIANO – Sim. Inclusive isso é muito bom, pois cruza sangue. A Dayana é uma pessoa do bem. É uma mulher que gosta de política, talvez até mais que o próprio Serginho. Por isso a possibilidade de dar certo é muito grande.

ADRIANO RIBEIRO – Vamos falar um pouco sobre a Palhoça de hoje. O que precisa mudar?

LUCIANO – Necessita de um olhar mais voltado à população que mais precisa. Hoje a cidade é muito fria. A gente percebe que falta aproximação da administração com a população. Isso é na saúde, na educação, é nas obras de mobilidade, assistência social, segurança pública, enfim, precisa melhorar muita coisa ainda. Palhoça arrecada muito – deve chegar a R$ 1.8 bilhão de arrecadação nesse ano de 2024 – é muito dinheiro, mas tem muita coisa pra fazer. Tenho certeza que dá pra fazer.

ADRIANO RIBEIRO – Pelo que se percebe sua principal proposta será dar um olhar mais humano na gestão pública, confirma?

LUCIANO – Exato. Tem que abrir as portas da prefeitura. O prefeito tem que estar na rua. Tem que conhecer a realidade do povo pra poder botar em prática aquilo que o povo está precisando. Como falei anteriormente, a saúde tem que ser prioridade, educação também. Moramos numa cidade que não tem vagas de creche em período integral. A atual administração acabou com isso. Isso fez com que as famílias diminuíssem sua renda ou o pai ou a mãe teve que sair do serviço. Enfim, são várias situações que precisam melhorar.

ADRIANO RIBEIRO – Um problema crônico da cidade é a questão da mobilidade, correto?

LUCIANO – Mobilidade é talvez um dos principais pontos. Estão vendo sobre construções de avenidas, mas não se faz um elevado, não se faz uma obra de mobilidade que realmente vai causar impacto na cidade. Também vejo a Autopista Litoral Sul ditando a regra aqui dentro da cidade. Embora seja responsabilidade dela, atuar sobre a rodovia federal, mas penso que o prefeito tem que ser mais enérgico. Eles fazem alguma modificação na BR-101 e isso causa um impacto aqui para nós. Tem que ter mais parceria Arteris-prefeitura sem dúvidas nenhuma.

ADRIANO RIBEIRO – Se desenha uma eleição polarizada com o grupo político que governa a cidade há anos. Como o senhor está se preparando para esse enfrentamento?

LUCIANO – Há 12 anos essa administração está ai. Penso que o povo já está saturado dessa maneira de administrar. O prefeito atual é de um grupo político antigo aqui em Palhoça. Ele foi meio que feito nesse processo, uma coisa meio robô. Sei que não vai ser uma eleição fácil, será muito polarizada. Mas, acho que a rejeição deles vai fazer com que a gente ganhe essa eleição. Mas, como falei, será difícil. Eles têm uma estrutura muito grande, mas acredito que nosso pessoal na rua vai fazer a diferença pedindo voto.

ADRIANO RIBEIRO – Como foi sua recepção no PSD e como você está sentindo o apoio das principais lideranças?

LUCIANO – O PSD é um partido maduro, dirigido por pessoas inteligentes, articuladores, pessoas do bem. O Eron – Giordani – que é o presidente estadual é uma liderança muito articulada; o Júlio Garcia, deputado estadual, também tem uma bagagem incrível; o Paulinho Bornhausen, da Executiva Estadual também… enfim, um partido que vem nos dando estrutura. Tenho certeza absoluta que vai buscar fazer o maior número de prefeituras para buscar o governo do Estado em 2026.

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