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Exposição no Memorial Meyer Filho convida público a questionar normas de identidade e corporeidade

Pensada pelo artista ciber_org, "A Identidade é uma Ilha de Edição" estreia nesta sexta-feira, 10 de outubro, entrelaçando tecnologia, biologia e crítica social em obras que provocam reflexões sobre liberdade e existência 

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O multiartista ciber_org inaugura nesta sexta-feira, 10 de outubro, no Memorial Meyer Filho, em Florianópolis (SC), a exposição “A identidade é uma ilha de edição”.  A instalação propõe uma reflexão audaciosa ao ressignificar itens como  — seringas, ampolas de hormônio, gazes, circuitos eletrônicos, sementes testogênicas —, convertendo-os em arte que desafia noções de identidade, corporeidade e a relação entre ser humano e tecnologia.  

Fruto de sua pesquisa no mestrado em Processos Artísticos Contemporâneos (UDESC), a exposição, sob curadoria de Débora Pazetto, reúne escultura, letreiro de led, videoperformance, ensaio visual, fotografia e realidade aumentada, que desafiam a ideia da identidade como algo estático. “Fabular-se a si mesmo é como fabular o próprio mundo”, reflete o artista, cuja obra expõe a urgência política de reinventar-se em uma sociedade que insiste em categorizar rigidamente a vida. 

Nas obras, resina epóxi encapsula seringas como relíquias arqueológicas de uma transição; circuitos eletrônicos dialogam com hormônios, questionando até onde a biologia é destino ou ficção. “Somos como argila”, provoca ciber_org, ao misturar poesia e crítica social. Seu trabalho, embora ancorado em vivências transmasculinas, expande-se para uma reflexão universal: diante de normas que tentam nos definir, quem não é, também, um artista de si mesmo? 

“Quero que as pessoas saiam da exposição com menos certezas e mais perguntas. A dúvida é revolucionária: se podemos nos inventar, então, por que não inventar o mundo? Minha obra fala de transmasculinidade, mas também do direito de todos à auto-fabulação. Afinal, fabular-se é um ato de liberdade — e, às vezes, de sobrevivência”, finaliza o multiartista mineiro.

Minibio: ciber_org é um artista transdisciplinar, nascido em Nova Lima (MG) em 1994, cuja prática artística explora as complexidades da identidade no século XXI, dissolvendo fronteiras entre o real e o virtual, o natural e o artificial, o humano e a máquina. Com formação em Artes Visuais pela UFMG e atualmente mestrando em Processos Artísticos Contemporâneos na UDESC, sua trajetória combina vivências pessoais como corpo sexo-gênero dissidente com sua experiência anterior como programador e engenheiro de dados. “A identidade é uma ilha de edição” marca sua segunda individual, após “Miragem”, que circulou por diferentes cidades do país.  

Realização: Governo do Estado de Santa Catarina, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Governo Federal). Curadoria de Débora Pazetto, projeto gráfico de André Victor e produção executiva de Joanna Leoni.

Serviço:

Exposição “A identidade é uma ilha de edição”, de ciber_org.

Local: Memorial Meyer Filho (Praça XV, 180 — Centro, Florianópolis/SC)

Visitação: De 10 de outubro a 10 de novembro (segunda a sexta, das 12h às 18h)

Classificação: 12 anos

Entrada gratuita

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