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Federação dos Hospitais e Entidades Filantrópicas de SC anuncia nova marca em evento 

Anúncio ocorreu no 11º Encontro do Administrador Hospitalar do Estado de Santa Catarina, realizado nos dias 11 e 12 de julho. Evento foi marcado por importante falas de especialistas do setor

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A Federação dos Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina anunciou uma mudança em sua marca no 11º Encontro do Administrador Hospitalar do Estado de Santa Catarina, realizado nos dias 11 e 12 de julho. A entidade, anteriormente conhecida como FEHOSC, agora terá a sigla FHESC. O anúncio ocorreu no evento promovido pela entidade em parceria com a Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina (AHESC), que contou com uma programação diversificada. Foram realizadas palestras de 17 especialistas renomados em áreas como gestão das filas de cirurgias, arquitetura-hospitalar, gestão de serviços de saúde, inovação, excelência em atendimento e sustentabilidade. 

Para a presidente da FHESC, Irmã Neusa Lúcio Luiz, a mudança representa a evolução e o  compromisso com a excelência da Federação. “A FHESC nasce com o propósito de fortalecer ainda mais o nosso setor, promovendo a união, a colaboração e a troca de experiências entre as instituições de saúde de Santa Catarina. Queremos ser a voz de todos aqueles que se dedicam a cuidar da vida, lutando por um futuro mais saudável e justo para a nossa população”, explica.

Além da mudança, o evento contou com falas importantes dos profissionais do segmento.  No dia 11, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais e Médico Urologista, Adelvânio F. Morato abordou  os desafios e oportunidades para os hospitais. Adevânio acredita que para Santa Catarina, o maior desafio do segmento é tornar as instituições hospitalares sustentáveis, para que elas possam minimizar o custo fixo do hospital, que é alto. “O caminho para alcançar a maior resolutividade é a gestão hospitalar. Nós precisamos ter uma gestão equilibrada e qualificar os nossos colaboradores. Por isso, hoje nós estamos aplicando nos nossos hospitais a governança de gestão. Colocando pessoas certas nos lugares corretos com qualificação. É isso que nós precisamos fazer para minimizar os desperdícios, tempo e  gastos excessivos”. 

No segundo dia de evento, um dos destaques foi a palestra do presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Mirocoles Campos Veras Neto, sobre a contribuição da CMB para o futuro da filantropia na saúde.  O representante da entidade apontou a importância significativa dos hospitais filantrópicos para a saúde pública. “Em Santa Catarina, os hospitais filantrópicos representam mais de 60% da alta complexidade e mais de 40% da média complexidade dentro do SUS. Atuam em parceria com o Estado brasileiro, enfrentando grandes desafios, especialmente devido ao subfinanciamento do Ministério da Saúde. No entanto, estamos avançando nas nossas lutas e, a partir do próximo ano, teremos reajustes anuais mínimos pela inflação, o que trará sustentabilidade para as nossas santas casas e hospitais filantrópicos”, contou. 

O presidente da AHESC, Mauricio José Souto-Maior, concorda que os hospitais filantrópicos desempenham um papel crucial no cenário de saúde de Santa Catarina. “Dos 12 mil leitos hospitalares no estado, quase 8 mil estão em hospitais privados filantrópicos. Esses hospitais, embora privados, optam por não ter fins lucrativos e, através de contratos, prestam serviços ao SUS. Hoje, a rede filantrópica representa aproximadamente 70% dos atendimentos do SUS em Santa Catarina”, ressaltou. 

O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, ressaltou  na abertura do evento sobre a importância do trabalho dos hospitais filantrópicos na saúde de Santa Catarina. “Estamos   fortalecendo o setor para que possamos, cada vez mais, entregar uma saúde de qualidade para a nossa população”, expos. 

O secretário também fez um apelo aos administradores hospitalares para que ajudem a buscar o aumento “per capita” de Santa Catarina junto ao governo federal. “A cada 100 reais que executamos na Secretaria de Saúde, 81 reais são do tesouro estadual. E se conseguimos executar esse valor é porque o governador entendeu a importância e nós estamos executando quase 15%. Imagina se fosse 12%, seria R$1 bilhão a menos. Não teríamos o programa de valorização, e a Tabela Catarinense, que está pagando até 12 vezes a mais do que o SUS em alguns procedimentos. Então, esse apelo que eu faço, sabendo do que vocês são unidos e que está em discussão a Lei da Tabela do SUS, que foi aprovada e sancionada no início do ano. É um pleito importante para todos e para a nossa população”, concluiu Demarchi.

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