O Festival Internacional de Cinema Socioambiental PLANETADOC abre, no dia 20 de outubro, a sua Mostra de Filmes Catarinenses no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, como parte da décima edição do evento. Com entrada gratuita, a mostra reúne 27 produções locais que abordam temas urgentes da contemporaneidade — da relação entre seres humanos e natureza às lutas por memória, território e justiça socioambiental.
De 20 a 27 de outubro, o público poderá assistir a uma seleção de filmes que unem ciência e debate socioambiental, integrando a programação oficial do Festival PLANETADOC 2025, que conta com mais de 300 filmes brasileiros e abre a temporada de exibições presenciais e online em preparação para a COP 30.
A 10ª edição do maior festival de cinema socioambiental do Brasil teve início no dia 1º de outubro, com o lançamento da plataforma de streaming Planetdoc.org, que exibe gratuitamente cerca de 500 filmes até 31 de dezembro. Foram 1.300 produções inscritas de todo o país, resultando em uma curadoria que contempla temas como mudanças climáticas, justiça social, povos originários, biodiversidade e cidades sustentáveis.
O festival também marca o relançamento da plataforma Planeta na Escola, voltada a educadores de todo o Brasil, com recursos audiovisuais e ferramentas pedagógicas para fortalecer a educação ambiental nas salas de aula. Além disso, inaugura a Rede Nacional de Exibição PLANETADOC, com inscrições abertas para ONGs, universidades e centros culturais que desejem participar das exibições e debates socioambientais.
📍 Inscrições abertas: https://forms.gle/ki2sbggbBAHh4cxf6
As primeiras mostras — PLANETADOC Brasil e PLANETADOC Santa Catarina — apresentam obras cinematográficas que exploram a diversidade cultural e ambiental do país. No ambiente online, o público já pode conferir a Mostra CINEASTAS, uma homenagem a três mestres do documentário brasileiro: Todd Southgate, Jorge Bodanzky e Silvio Tendler. Em breve, serão lançadas também a Mostra Internacional e a especial “10 anos PLANETADOC!”, celebrando uma década de cinema, consciência e transformação.
Planeta na Escola: inscrições abertas para escolas
e professores de todo o Brasil
Como contrapartida social do Festival, está sendo relançada a plataforma Planeta na Escola, voltada a professores e estudantes da Educação Básica. A plataforma oferece uma curadoria de filmes socioambientais selecionados para gerar debates relevantes durante o período da COP 30, estimulando o pensamento crítico e o protagonismo juvenil. Integrada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a plataforma propõe trilhas pedagógicas sobre clima, água, alimentação, cultura de paz e justiça social, conectando cinema, ciência e cidadania.
Escolas e professores de todo o Brasil podem se inscrever gratuitamente em www.planetanaescola.com e participar do Circuito Planetadoc de Cinema nas Escolas, por meio do formulário disponível em:
👉 Formulário de inscrição – Circuito Planetadoc de Cinema nas Escolas
O PLANETADOC Festival / Fórum Audiovisual de Natureza é uma proposta selecionada pelo Prêmio Catarinense de Cinema – Edição Especial Lei Paulo Gustavo 2023, executada com recursos do Governo Federal e da Lei Paulo Gustavo de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.
O evento conta com apoio institucional da BRAVI (Brasil Audiovisual Independente), Instituto de Conteúdo Audiovisual Brasileiro (ICABI), Secart, Experimenta 2025, Sala Verde da UFSC, Curso de Cinema da UFSC, LabCine UFSC, TV UFSC, UDESC, IFSC, Unicamp, Fundação CERTI, Sapiens Parque, Impetu Hub, Floripa Destino & Região, Hurbana, Santacine, Cine Buñuel, Cineclube Groovy, Cineclube Rogério Sganzerla, Museu da Escola Catarinense, FICA, SINEP-SC, Círculo Artístico Teodora, Ecomoda, IELA, Hotel Interclass, Rede Mercure, Hotel Valerim, Hotel Castelmar, Mercado São Jorge, entre outros parceiros e espaços culturais de Florianópolis.
O festival conta ainda com cooperação técnica do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, UFSC, UDESC, IFSC, ANDIFES e Rede Nacional de Salas Verdes, levando o cinema e o debate socioambiental a escolas, universidades e comunidades em todo o Brasil.
🎥 As inscrições para o Fórum Audiovisual de Natureza estão abertas no site oficial do festival:
👉 https://planetadoc.com/forum-novo/
Destaques da Programação do CIC / MOSTRA CATARINENSE
🗓 Segunda, 20/10 – 17h às 21h
● Biomoda: a natureza vestida — Um olhar biocêntrico sobre a moda como ferramenta de transformação ecológica e cultural.
● Saberes Ancestrais — A força das benzedeiras e dos saberes tradicionais em tempos de transformação.
● Estrela D’Água — Inspirado na lenda da Vitória-Régia, celebra o encanto indígena pela Lua.
● Piá — À medida que mudamos, o mundo muda ao nosso redor. Devemos voltar ao cuidado ou deixar a Terra apodrecer?
🗓 Terça, 21/10 – 17h às 21h
● Endereços Invisíveis — A luta de uma comunidade por reconhecimento e pertencimento.
● Pedra Vermelha — O anúncio da construção de 25 grandes hidrelétricas na Bacia do Rio Uruguai deu origem a um movimento de resistência que virou símbolo de mobilização popular na América Latina.
● A Rotina das Corujas-Buraqueiras e Saindo do Buraco — Duas obras sobre a vida das corujas no litoral catarinense.
● Não Dá Pra Esquecer — A resistência da memória frente ao apagamento histórico e à intolerância política.
🗓 Quarta, 22/10 – 17h às 21h
● Saltyvism — Um surfista descobre, nas ondas, a urgência de repensar nossa relação com o planeta.
● Nossa Terra — Um retrato da agricultura indígena Tuyuka e sua sabedoria ancestral.
● Máquinas de Lazer — Reflexão sobre o tempo e o trabalho na sociedade moderna.
● Gentle Giants — Mergulho poético entre humanos e tubarões-baleia.
● Esquadrão Mar Azul — Aventuras subaquáticas e biodiversidade em perigo.
● Wherá Tupã e o Fogo Sagrado — Espiritualidade e resistência indígena.
● Desculpe pelo Transtorno, a história do Bar do Chico – uma luta da comunidade contra o desenvolvimento desenfreado da região e os interesses políticos.
🗓 Sexta, 24/10 – 19h às 21h (Sala Multimídia MIS)
● Laklãnõ/Xokleng: Os Órfãos do Vale — Um retrato comovente sobre a luta do povo Laklãnõ/Xokleng pela memória e pelo território.
● Tape Porã Arandu — O testemunho de Karaí Tupã, líder Guarani Mbya, sobre a expulsão de seu território ancestral.
🗓 Segunda, 27/10 – 17h às 21h
17h às 19h
● Garbo: a elegância é coletiva — A cooperação entre pescadores e botos em Laguna (SC) revela uma harmonia rara entre ciência, arte e natureza.
● Era de Lúpus — Uma viagem visual entre o humano e o invisível, unindo animação e reflexão social.
● Floresta, Onde a Terra Respira / Juntos: A Revolução dos Baldinhos — Produções que celebram o ativismo ambiental e o poder das comunidades locais.
19h às 21h
● Adorável Evolução — Cotidiano num futuro distópico onde tudo é lixo. Uma metáfora potente sobre o destino das nossas escolhas.
● Luta da Erva — Documentário sobre o extrativismo da erva-mate no oeste catarinense e a resistência cabocla diante da exclusão e da perda territorial.
Cinema, Ciência e Comunidade
A Mostra Catarinense reafirma o propósito do PLANETADOC de inspirar a transformação por meio do cinema. Com apoio de universidades, instituições culturais e redes de educação ambiental, o festival promove encontros entre realizadores, educadores e o público, ampliando o diálogo sobre sustentabilidade, ancestralidade e futuro comum.
“O cinema é uma ferramenta poderosa para sensibilizar, mobilizar e refletir sobre quem somos. Ao abrir nossa Mostra Catarinense no CIC, celebramos não apenas o talento dos realizadores locais, mas também a importância de conhecermos a nossa própria realidade e enxergarmos, através do documentário e da animação, um espelho de nossa sociedade. É por meio dessas linguagens que as realidades socioambientais ganham forma, emoção e sentido coletivo. O PLANETADOC é mais do que um festival: é um movimento de educação, cultura e consciência planetária, que une arte e ciência na construção de um futuro comum rumo à COP 30.”
— Mônica Linhares, diretora do PLANETADOC Festival e das plataformas Planetadoc.org e Planeta na Escola
PROGRAMAÇÃO DETALHADA
🕒 Horário das sessões e filmes:
SEGUNDA-FEIRA 20/10
SESSÃO 17h-19h
FILME- Biomoda: a natureza vestida, com a presença da diretora Neide Schulte
Biomoda: A Natureza Vestida é um documentário do Ecomoda Play que propõe uma nova relação entre moda, natureza e conhecimento. Através da lente do biocentrismo, o filme revela como a moda pode ser uma ferramenta pedagógica e transformadora, conectando saberes ancestrais, práticas artesanais e consciência ecológica.
Ao documentar experiências colaborativas entre universidades públicas, instituições sociais e comunidades criativas, a obra ressalta a importância da circularidade, do consumo consciente e da valorização dos saberes tradicionais. Com forte componente educacional e cultural, o audiovisual se posiciona como instrumento de democratização do conhecimento, inspirando novas formas de pensar, criar e vestir.
Direção: Neide Schulte e Bruno Pagliarelli
Ano:
País: Brasil, SC
Duração: 28min
Gênero: Documentário média
FILME: Saberes Ancestrais, com diretor Gustavo Zidner
No passado, quase toda a família conhecia uma benzedeira. Eram à elas que se recorria para aliviar as dores da alma e do corpo. Com a universalização do acesso à saúde, essa procura passou a ser uma escolha. Saberes Ancestrais contextualiza passado e presente desse patrimônio, apresentando diferenças e similaridades entre esses dois tempos.
Direção: Gustavo Zinder
Ano:
País: Brasil
Duração: 15min
Gênero: Documentário curta
SESSÃO 19h-21h
FILME: Estrela D’água
Naiá, uma indígena tupi-guarani, encontra-se totalmente fascinada pela Lua, e faz tudo ao seu alcance para continuar admirando-a. O filme é baseado na lenda da Vitória-Régia, dos indígenas tupi-guarani.
Direção: Julia Milreu
Ano:
País: Brasil, SC
Duração: 04min
Gênero: Curta animação
FILME: Acaraí
Acaraí. Situado à beira-mar, esse santuário ecológico se destaca como um dos maiores e mais ricos ecossistemas costeiros não só de Santa Catarina, mas de todo o Brasil. O parque ocupa aproximadamente 6.667 hectares e impressiona pela exuberância da fauna e flora, abrigando cerca de 337 espécies vegetais, 176 espécies de aves e inúmeros mamíferos, répteis e anfíbios em áreas de restinga, manguezais e Mata Atlântica preservada.
Direção: Kenn Robert Sosa, Renan Koerich
País: Brasil, SC
Duração: 16min
Gênero: Documentário curta,
FILME: PIÁ
À medida que mudamos, o mundo muda ao nosso redor. Devemos voltar ao cuidado ou deixar a Terra apodrecer?
PIÁ é um documentário sobre a transformação de nossos vícios culturais para que possamos salvar nosso planeta sagrado, a Terra. Acompanhe-nos nesta jornada, ouvindo as vozes de pessoas comuns e de coração aberto, de diferentes origens, que estão sendo diretamente afetadas pelo problema em questão: a mudança climática.
Direção: Cauê Volppe Rabelo, Gabriel Salvador Mendes
País: Brasil, SC
Duração: 54min
Gênero: Documentário média
TERÇA-FEIRA 21/10
SESSÃO 17h-19h
FILME: Endereços invisíveis
Sem CEP, as pessoas não existem no mapa. Na
comunidade Frei Damião, a maior favela urbana de em Santa Catarina, moradores
enfrentam a invisibilidade imposta pela exclusão postal e
mostram como a luta por um endereço é também a busca
por reconhecimento, direitos e pertencimento.
Direção: Artur Hugo da Rosa
País: Brasil, SC
Duração: 10min
Gênero: Documentário curta
FILME: Pedra Vermelha
O anúncio da construção de 25 grandes hidrelétricas na Bacia do Rio Uruguai deu origem a um movimento de resistência que virou símbolo de mobilização popular na América Latina. São mais de 40 anos de luta contra o dilúvio programado do Rio Uruguai. Uma pedra no caminho do projeto da Usina Hidrelétrica de Itapiranga.
Direção: Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt
País: Brasil, SC
Duração: 01h37min
Gênero: Documentário longa
SESSÃO 19h-21h
FILME – A Rotina das Corujas Buraqueiras
As corujas-buraqueiras são aves de rapina fascinantes, com uma rotina extremamente complexa e interessante. Este curta-metragem é meu primeiro trabalho em cinematografia de natureza, produzido em 2024, na Praia do Campeche, em Florianópolis.
Direção: Lucas Dávila Heidenreich Lacerda
País: Brasil, SC
Duração: 03min
Gênero: Curta documentário
FILME – Saindo do Buraco
Desafios e Descobertas dos Filhotes de Corujas-Buraqueiras
Curta-metragem autoral sobre os primeiros passos dos filhotes de coruja-buraqueira rumo à vida adulta, uma continuação do curta “A Rotina das Corujas-Buraqueiras”.
Direção: Lucas Dávila Heidenreich Lacerda
País: Brasil, SC
Duração: 03min
Gênero: Curta documentário
FILME – Não dá pra esquecer
Pensadores e lideranças dos movimentos sociais dialogam sobre o apagamento sistemático da memória coletiva,em meio ao surgimento de grupos extremistas clamando pela volta da ditadura,propagando slogans totalitários,num combate explícito contra tudo o que representa a luta pelos direitos humanos.Familiares procuram informações e reparações sobre os mortos e desparecidos no regime ditatorial.
Direção: Fabi Penna e César Cavalcanti
País: Brasil, SC
Duração: 01h16min
Gênero: Documentário longa
QUARTA-FEIRA 22/10
SESSÃO 17h-19h
FILME: SALTYvism
Em um ponto de virada da história humana — onde o planeta, impulsionado pelo consumo excessivo, mergulha em uma catástrofe climática e em desigualdades sociais crescentes… Um jovem surfista parte em uma jornada pelo mundo, movido pelo desejo de evoluir em sua arte.
SALTYvism acompanha a trajetória de uma criança que, ao perseguir ondas, encontra pessoas e lugares que despertam nele um chamado mais profundo — questionar a própria forma como vivemos.
Direção: Gabriel Lazzarini Salazar
País: Brasil, SC
Duração: 29min
Gênero: Documentário média
FILME: Nossa Terra
O documentário “Nossa Terra” é uma viagem pela riqueza cultural e sabedoria ancestral dos indígenas agricultores da etnia Tuyuka, que habitam a região do Rio Negro, na Amazônia. Com mais de 300 variedades de plantas, frutas e vegetais cultivados, eles contribuem para o fornecimento de alimentos saudáveis para uma cidade e mantêm uma relação íntima com a terra e suas tradições. Entre os destaques do filme estão o ajuri e a capoeira, o trabalho coletivo e o processo de roça, cujo cotidiano gira em torno da mandioca, elemento essencial de sua cultura e subsistência. Reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, esse sistema agrícola é um testemunho vivo da harmonia dos povos da floresta, mas está ameaçado pelos impactos das mudanças climáticas causadas pelas atividades humanas que degradam o meio ambiente.
Direção: Adriana Farias, Maxwell Polimanti
País: Brasil
Duração: 14min
Gênero: Documentário curta
FILME: Máquinas de Lazer
O documentário faz um breve estudo sobre o tempo livre e sua relação com o trabalho em uma sociedade capitalista.
Direção: Italo Zaccaron
País: Brasil, SC
Duração: 10min
Gênero: Documentário curta
SESSÃO 19h-21h
FILME: Gentle Giants
Guiados por um chamado silencioso, freedivers mergulham ao encontro dos tubarões-baleia. Em uma dança meditativa e de profunda apreciação, seus corpos deslizam como uma pergunta viva: como eles, seres humanos, têm se relacionado com a natureza?
Direção: Renata Furtado Massetti
País: Brasil, SC
Duração: 03min
Gênero: Curta
FILME: Esquadrão mar Azul
Os mistérios do mundo subaquático, através de histórias divertidas sobre a sua biodiversidade e os desafios que seus habitantes precisam enfrentar para sobreviver no Planeta Água.
Direção: Rubens Belli
País: Brasil, SC
Duração: 07min
Gênero: Série animação (episódio)
FILME: Olhe depois procure.
A toninha é um golfinho frágil, ancestral e ameaçado de extinção. Esse contraste entre fragilidade e resistência, embora paradoxal, é justamente o que inspira os profissionais do Projeto Toninhas, no Brasil, que dedicam suas vidas à conservação dessa espécie.
Esta é uma história que convida à reflexão sobre nós mesmos, sobre o futuro e sobre a importância de olhar para a natureza com a certeza de que ela nos ensina — porque sente como nós, porque faz parte de nós.
Filmado em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, Brasil.
Direção: Pedro Fernandes Nogueira e Pedro Furtado.
País: Brasil, SC
Duração: 24min
Gênero: Documentário curta
FILME: Wherá Tupã e o Fogo Sagrado
O documentário revela a vida e a espiritualidade de Alcindo Wherá Tupã, líder espiritual Guarani de 109 anos, guardião de uma sabedoria ancestral em extinção: o Fogo Sagrado. Por meio de registros inéditos de um ritual de cura tradicional, o filme oferece um mergulho profundo no universo simbólico e espiritual do povo Guarani, revelando sua conexão com a natureza, os saberes milenares e a potência das práticas de cura que unem corpo, espírito e território. Mais do que um retrato etnográfico, esta obra é um chamado à escuta e ao respeito pelas tradições indígenas, evidenciando a urgência de preservar conhecimentos que resistem há séculos, mas que hoje enfrentam ameaças crescentes com o avanço da modernidade e da perda cultural.
Direção: Rafael Coelho
País: Brasil, SC
Duração: 30min
Gênero: Documentário média
FILME: Desculpe Pelo Transtorno – A História do Bar do Chico
O documentário narra a história de um pescador e seu pequeno bar na beira da praia. O local foi tomado como ponto principal de uma luta da comunidade contra o desenvolvimento desenfreado da região e os interesses políticos.
Direção: Todd Southgate
País: Brasil
Duração: 80 min
Gênero: Documentário
SEXTA-FEIRA – 24/10
Sala Multimídia MIS (83 lugares)
SESSÃO 19H – 21H
FILME Laklãnõ/Xokleng: os órfãos do Vale
“Laklãnõ/Xokleng: os órfãos do Vale” é um documentário que resgata a história da população indígena Laklãnõ/Xokleng, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, relacionando a chegada dos imigrantes europeus em seu território, na metade do século XIX, com as condições atuais. Por perceber a tradição da história oral como forma de reafirmação e preservação dos Laklãnõ/Xokleng, a narrativa baseia-se principalmente no depoimentos de indígenas e se divide em três momentos: (1) a chegada dos imigrantes e o genocídio indígena consequente; (2) a violência e desapropriação de territórios tradicionalmente indígenas, com o alagamento de aldeias após construção da Barragem Norte; e (3) o cenário atual de ameaça aos direitos humanos dos Laklãnõ/Xokleng, como a não homologação da Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ, aguardada desde 2003, e o assassinato do líder indígena Marcondes Namblá, em janeiro de 2018.
Direção: Andressa Santa Cruz e Clara Comandolli
País: Brasil, SC
Duração: 31min
Gênero: Documentário curta
FILME: Tape Porã Arandu
Karaí Tupã é um xeramoy centenário rezador da etnia Guarani Mbya que mora com sua comunidade em um acampamento provisório na Terra Indígena Kaingang Toldo Chimbangue na região sul brasileira. Ele narra o testemunho da expulsão do Tekohá Araça’í, seu território ancestral, que ocorreu em 1930, quando tinha apenas 8 anos. No presente, rememora o legado de luta pela terra e a resistência cultural com seus parentes.
Direção: Beatriz Chagas
País: Brasil, SC
Duração: 25min
Gênero: Média documentário
FILME: Colapso Anunciado
O dia 25 de janeiro de 2023 marca o segundo aniversário do pior crime social e ambiental da Lagoa da Conceição e talvez até de toda a Florianópolis.Durante décadas, os residentes da ilha alertaram às autoridades sobre as péssimas condições do saneamento básico, a poluição e sobre as ameaças das mudanças climáticas. Todo esse contexto exige melhor planejamento e maior engajamento na governança para com a preciosa biodiversidade e comunidades que residem no entorno da Lagoa. Além de todo o panorama histórico e cultural os quais se destacam como um aspecto crítico como, por exemplo, para os pescadores tradicionais locais e para o próprio turismo, pois o descaso e a degradação dos habitats refletem na destruição desses valores sociais.
Direção: Todd Southgate
País: Brasil
Duração: 38 min
Gênero: Documentário
SEGUNDA-FEIRA 27/10
SESSÃO 17h-19h
FILME: Garbo: a elegância é coletiva
Garbo mergulha em um fenômeno raro que acontece entre pescadores locais de tarrafa e golfinhos na cidade de Laguna (SC). Lá, os chamados ‘Botos de Laguna’, como são conhecidos, cooperam com os humanos durante a temporada da tainha, período em que os peixes são abundantes na região.
O filme propõe uma análise ecossistêmica do tema, dando destaque ao papel da ciência realizada pelo Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração do Sistema Estuarino de Laguna e Adjacências, um projeto com diferentes frentes de pesquisa, conduzidas simultaneamente em todo o sistema estuarino, onde rio e mar se encontram. O documentário reflete sobre a importância do respeito, da empatia e da cooperação entre as partes que compõem o todo, em uma análise com elegância e ‘garbo’ da integração entre ciência, arte e consciência ambiental.
Direção: Pedro Fernandes Nogueira
País: Brasil, SC
Duração: 38min
Gênero: Documentário média
FILME: Era de Lúpus
Um indivíduo vivencia a evolução do Lúpus, uma metáfora para uma sociedade em decadência. Sua jornada, das eras ancestrais às metrópoles vibrantes e florestas de neon, revela a manifestação de uma entidade e o encontro com o invisível.
Direção: Fernanda Ozório
País: Brasil, SC
Duração: 16min
Gênero: Curta musical e animação
FILME: Floresta, onde a terra respira – Floresta é cura
Filmado na terra indígena APIWTXA do povo Ashaninka, no Acre, a floresta como alimento e como território de cura, utilizando os saberes ancestrais de usos potenciais de suas plantas.
Direção: Marcia Paraiso
País: Brasil
Duração: 28 min
Gênero: Série Documentário
Filme: Juntos – Revolução dos Baldinhos
A compostagem de resíduos orgânicos feita na comunidade Chico Mendes – “revolução dos baldinhos”- projeto premiado internacionalmente, impactou diretamente nas questões relacionadas à melhoria da qualidade de vida da população e no aumento da auto estima dos moradores.
Direção: Letícia Marques
País: Brasil
Duração: 26 min
Gênero: Série Documentário
SESSÃO 19H – 21H
FILME: Adorável Evolução
Através do olhar de um bebê de 9 meses, vemos seu dia-a-dia com a mãe num futuro distópico, onde tudo é lixo, de roupas à alimentos. Um filme onde exageros e metáforas revelam a cegueira de alguns quanto a para onde nos levará nossas escolhas atuais.
Direção: Jordana Beck Jordana Beck
País: Brasil, SC
Duração: 06min
Gênero: Curta ficção
FILME: Luta da Erva
“A Luta da Erva” é um documentário sobre um ofício étnico, o extrativismo da erva mate realizado pela população cabocla no oeste de Santa Catarina. Expulsos de suas terras, os caboclos foram empurrados para áreas que não serviam aos propósitos dos colonos italianos, alemães e gaúchos descendentes de europeus, que atribuíram qual lugar eles deveriam pertencer no espaço social – a colheita da erva, porque “eles só sabem fazer isso”.
Direção: Marcia Paraiso
País: Brasil, SC
Duração: 01h20min








