Florianópolis continua a liderar a maior inflação entre 17 capitais brasileiras, considerando o índice acumulado nos últimos 12 meses (6,95%), bem acima da inflação nacional, que ficou em 5,32% no mesmo período. Já em relação à inflação acumulada nos cinco primeiros meses de 2025, o índice da capital catarinense também ocupa o primeiro lugar. No entanto, ao considerar apenas o mês de maio, Florianópolis está na sexta posição entre as capitais com maior inflação.
A inflação em Florianópolis é medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que também mede a inflação oficial nacional. Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.
Inflação nos últimos 12 meses:
1 | Florianópolis (SC)* | 6,95% |
2 | Campo Grande (MS) | 5,72% |
3 | Goiânia (GO) | 5,71% |
4 | São Paulo (SP) | 5,68% |
5 | Belo Horizonte (MG) | 5,62% |
6 | Brasília (DF) | 5,57% |
7 | Belém (PA) | 5,48% |
8 | Fortaleza (CE) | 5,35% |
9 | Curitiba (PR) | 5,23% |
10 | Grande Vitória (ES) | 5,14% |
11 | São Luís (MA) | 5,07% |
12 | Rio Branco (AC) | 5,05% |
13 | Rio de Janeiro (RJ) | 4,97% |
14 | Salvador (BA) | 4,88% |
15 | Porto Alegre (RS) | 4,66% |
16 | Aracaju (SE) | 4,35% |
17 | Recife (PE) | 4,34% |
*Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usado para as demais capitais e para o índice nacional.
O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades do que a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que acontecem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.
Inflação em 2025:
1 | Florianópolis (SC) | 3,53% |
2 | Aracaju (SE) | 3,30% |
3 | Belém (PA) | 3,23% |
4 | Porto Alegre (RS) | 3,12% |
5 | Brasília (DF) | 3,10% |
6 | Grande Vitória (ES) | 2,95% |
7 | Curitiba (PR) | 2,92% |
8 | Belo Horizonte (MG) | 2,84% |
9 | Campo Grande (MS) | 2,83% |
10 | São Paulo (SP) | 2,70% |
11 | Salvador (BA) | 2,70% |
12 | Recife (PE) | 2,68% |
13 | São Luís (MA) | 2,68% |
14 | Fortaleza (CE) | 2,66% |
15 | Rio de Janeiro (RJ) | 2,38% |
16 | Goiânia (GO) | 2,08% |
17 | Rio Branco (AC) | 1,54% |
Preços locais
Entre os dez produtos com maior aumento de preço nos últimos 12 meses, seis são alimentos. O café em pó subiu 79,42% e o solúvel, 72,19%. Também ficaram mais caros morango (38,03%), filé mignon (36,36%), chocolate em barra e bombom (35,97%) e costela bovina (30,32%). Além de alimentos, estão na lista dos maiores aumentos em 12 meses: uniforme escolar (31,51%), bermuda, calção e short masculino (29,17%) e produtos dermatológicos (28,66%).
No conjunto, os alimentos e bebidas também tiveram a maior alta nos últimos 12 meses (9,35%) entre os nove grupos de preços pesquisados. Em seguida vêm transportes (9,24%), habitação (7,55%), educação (7,02%), despesas pessoais (6,99%), saúde e cuidados pessoais (6,32%), e artigos de residência (2,03%). Alguns serviços tiveram queda de preço, como vestuário (-1,23%) e comunicação (-1,06%).
Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.
Saiba mais em udesc.br/esag/custodevida.