Com o inicio do inverno (20 de junho), aumentam não apenas as doenças respiratórias, mas também os problemas oculares, que costumam se agravar nesta época do ano. As mudanças de temperatura, o ar mais seco, o vento e a maior circulação de poluentes e alérgenos criam um ambiente propício para o surgimento ou agravamento de quadros como a conjuntivite alérgica e a síndrome do olho seco.
De acordo com a médica oftalmologista Cláudia Nascimento, diretora clínica do Hospital de Olhos de Florianópolis (HOF), o inverno é uma das estações que exigem atenção com a saúde ocular, especialmente num cenário em que as doenças respiratórias virais e alérgicas seguem em alta. “O ar seco e os ventos podem agravar doenças como a síndrome do olho seco, que cursa com sintomas como ardência, sensação de areia nos olhos e vermelhidão. Em casos mais graves, o olho seco pode até provocar lesões na córnea se não houver acompanhamento médico adequado”, explica.
Outro problema bastante comum no período é a conjuntivite alérgica. Com a volta dos cobertores, roupas e calçados guardados durante meses, cresce o contato com poeira, mofo e ácaros — fatores que agravam as alergias oculares. Os sintomas incluem olhos vermelhos, inchaço nas pálpebras, coceira, lacrimejamento, até presença de secreção.
Para reduzir os riscos, a recomendação é simples: lavar e expor ao sol roupas e cobertores guardados por muito tempo, além de evitar o hábito de coçar os olhos, o que pode piorar o quadro. “A higienização das mãos continua sendo fundamental. Muitas vezes a pessoa leva as mãos aos olhos sem perceber, e isso facilita tanto o surgimento de alergias quanto infecções”, orienta a oftalmologista.
Em caso de sintomas persistentes ou agravamento do quadro, o ideal é procurar um especialista para avaliação e tratamento adequado.