Entre os dias 02 e 04 de setembro, um seleto grupo de arquitetos de Florianópolis participou, em Nova Petrópolis (RS), de uma jornada que celebrou o movimento Slow Design, focando no consumo consciente e na integração da sustentabilidade no processo criativo.
Os escritórios Fernanda Ceron Interiores, Isabela Faraco Arquitetura, Juliana Agner Arquitetura, Giovanna Ghisleni, Octaedro Arquitetura e Studio Paco tiveram a oportunidade de acompanhar de perto todas as etapas de criação da Coleção Regenera. Inspirada na incrível capacidade regenerativa dos cogumelos, a linha de mobiliário traduz a conexão profunda entre o design e o mundo natural.
A gênese dessa coleção surgiu com a poltrona Porcini e a possibilidade de transformar resíduos da madeira Uva do Japão em insumos para o cultivo de cogumelos. “O design das peças foi inspirado nesse mundo diverso e essencial que coexiste conosco em quase todos os ambientes,” explicou a designer Rejane Carvalho Leite, responsável pelo desenvolvimento de todas as coleções da Dü Design.
Durante a experiência, os participantes acompanharam o processo de produção dos cogumelos da Du Organics – outro braço da Du Design, visitaram a fábrica, onde conferiram in loco os insights da designer para a criação das peças da Coleção Regenera, como a cadeira Ostra, a mesa de jantar Lamelas, o sofá Micélio e a poltrona Bloco. O grupo ainda teve um momento artístico ao ser convidado para customizar a poltrona Bumbá – uma peça ícone da marca, e com design afetivo, apresentada pela primeira vez com o encosto bordado à mão pela própria Rejane.
Regenera: da madeira ao alimento
A coleção Regenera vai além do mobiliário ao promover uma conexão profunda com o ambiente natural. Refletindo a proposta da Dü Design de repensar a relação do ser humano com os espaços, a linha traz a natureza para dentro de casa de forma respeitosa e consciente.
Dando continuidade a esse compromisso, a marca inovou ao transformar resíduos de madeira da Uva do Japão, utilizada para a fabricação de móveis, em substratos para o cultivo de cogumelos, dando vida à Du Organics. Galhos descartados se tornaram solo fértil para o crescimento de Shitake, enquanto outros resíduos alimentam variedades como Juba de Leão e Shimeji.
Para Daniel Bauer, diretor da Dü, essa iniciativa não apenas movimenta o mercado local, mas também promove a economia circular, integrando desenvolvimento econômico com preservação ambiental.
Rogério Lemos, diretor da Contti Home Design, destacou a importância dessa abordagem: “Ao transformar uma espécie invasora em uma fonte sustentável de matéria-prima, estamos criando móveis de alta qualidade e oferecendo uma solução real para um problema ecológico. Esse é o futuro do design: unir beleza, funcionalidade e responsabilidade ambiental.
A matéria prima
A Uva do Japão, uma espécie invasora no sul do Brasil, tornou-se o centro de uma abordagem inovadora da Dü Design, visando minimizar o impacto ambiental e repensar o uso de recursos naturais. Após anos de pesquisa, a madeira revelou-se ideal para a fabricação de móveis, combinando estética, durabilidade e funcionalidade.
Ao adotar essa matéria-prima, a marca reafirma seu compromisso com soluções que reduzam o impacto ambiental da indústria moveleira. Essa madeira, que une leveza e harmonia, demonstra como desafios ecológicos podem se transformar em oportunidades para criar peças de mobiliário que refletem um design consciente, capaz de transformar os espaços e a forma como vivemos.
Texto e Divulgação: Casa de la Gracia Comunica