Demolição da antiga rodoviária
Um parecer emitido pelo Setor de Patrimônio Histórico, Artístico e Natural (SEPHAN) mostra incongruências em estudos do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e de entidades como o IAB-SC, que haviam defendido a preservação do prédio por seu suposto valor histórico e arquitetônico. Entre as incongruências destacadas por arquitetos do SEPHAN, está a falta de suporte factual que justifique o valor afetivo e simbólico.
No relatório, o MPSC afirma que o projeto seria do arquiteto Roberto Veronese. Entretanto, SEPHAN apresenta o documento do projeto da antiga rodoviária, que na verdade foi feito pelo engenheiro Ivo Monteiro Martinez. O parecer também descreve o prédio como exemplo de “planta livre”, com elementos da arquitetura modernista. Entretanto, o SEPHAN explica que a construção é convencional, sem elementos modernistas.
Por fim, o parecer do MPSC usou uma Lei Estadual para justificar os requisitos para o tombamento, ignorando a legislação municipal. Entretanto, o SEPHAN esclareceu que o processo de tombamento deve seguir a legislação municipal, que dispõe sobre a proteção do patrimônio histórico, artístico e natural do Município.
Demolição aguarda decisão da Justiça
Atualmente, a demolição do prédio aguarda decisão judicial. Na última semana, o julgamento foi suspenso e o Desembargador pediu vistas do processo, que será analisado em um novo julgamento com data a definir.
O prédio da antiga rodoviária está sem uso porque, no ano passado, o próprio MPSC obrigou a Prefeitura a desocupar o espaço e tirar os comércios do local. Além disso, em 2023, o Ministério Público emitiu recomendação de interdição total e demolição, após constatar danos estruturais, instalações elétricas comprometidas e risco à população.
Ponto de apoio para trabalhadores
O vereador Professor Bruno (PT) está preocupado com a lenta tramitação da sua proposta para implantação em Florianópolis de pontos de repouso para os trabalhadores de aplicativos de entrega e mobilidade urbana. O vereador lembrou que protocolou o projeto em 7 de janeiro. A ideia é que as empresas garantam um local de apoio para os trabalhadores, onde eles possam ter acesso a banheiro, carregador de celular, armário de objetos e outras facilidades como já acontecem em algumas cidades do Brasil.
Porém, o vereador está surpreso que o projeto já tramitou na Procuradoria da Câmara e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o vereador Ricardo Pastrana (PSD) que é relator, encaminhou dia 28 de abril a matéria para diligência na prefeitura, porém, passaram-se seis meses e o texto ainda não retornou para a Casa. “É um projeto que não é complexo, é super simples e está fazendo aniversário lá no Executivo”, disse, Brunbo, salientando que quer que o projeto retorne, mesmo sem a manifestação da prefeitura, para que tramite na Câmara pois tem um mês para vencer os prazos.
MDB mostra força
O MDB deu uma amostra da sua força no final de semana. Seu poder de mobilização, colocando 6 mil pessoas no Expocentro, em Balneário Camboriú, mostrou que o manda brasa não mudou nada ao longo dos tempos. É democrático, tem vários nichos de poder que apontam para caminhos diferentes, mas quando o chamado vem, está unido.
O partido é governo e sinaliza apoio à reeleição de Jorginho Mello (PL) em 2026. O governador fez questão de passar pelo evento. Viu apoiadores e até quem discorda da aliança como os ex-governador Eduardo Pinho Moreira e Paulo Afonso. Mesmo sabendo da tendência governista eles foram porque o evento era do MDB. E, na convenção no ano que vem, se o MDB decidir ir com Jorginho, não resta dúvida que estarão juntos.

O voto de quem pensa diferente
Jorginho quer o MDB porque sabe que para vencer eleição precisa do voto diferente. Não se vence eleição só com quem pensa igual a você. O governador tem uma longa parceria com o MDB, que lhe ajudou na eleição ao Senado, por exemplo. Mais que isso, Jorginho sabe que um MDB rebelde ou livre no salão, pode encontrar um par da oposição para dançar e fortalecer um projeto que pode inviabilizar sua reeleição. Se o partido estiver com ele, essa porta se fecha para a oposição. Sem um projeto realmente forte de centro, que possa atrair o voto de esquerda e direita num segundo turno, a reeleição de Jorginho fica mais fácil.
De olho no centro
E é justamente nessa cancha que o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) busca pavimentar seu projeto de oposição. Ele já tem uma parcela do voto de direita e bolsonarista. Quer atrair o voto do eleitor equilibrado, de centro. Bem por isso nos últimos meses mostra-se menos radical de direita e mais centrista. Está de olho no voto do eleitor com perfil emedebista no Estado e lá na frente, num hipotético segundo turno, sonha com 100% dos votos da esquerda. Aos eleitores de esquerda e centro, quer ser a opção mais palatável num hipotético segundo turno com Jorginho. Essa é a trilha que pensa caminhar para tirar a reeleição de Jorginho.
Vários MDBs e vários PLs
O trabalho que o governador tem como dever de casa é convencer as Julias Zanattas da vida de que o MDB é fundamental ao projeto. É explicar que existem muitos MDBs dentro do MDB. Inclusive, no plano nacional, o MDB do Nordeste, pró-Lula, não é o mesmo MDB de SC, mas perfilado às pautas de direita. Enquanto Júlia Zanatta só pensa na “treta” do dia, para agradar seus seguidores ávidos por polêmicas vãs, o governador pensa no projeto maior que é mantar o PL e a direita governando o Estado. Se o MDB tem vários MDBs, o PL também tem vários PLs!
O centro, não o centrão
Cravando a vice ao MDB Jorginho Mello espelha uma estratégia que já deu certo na eleição presidencial de 2022. À época Lula da Silva atraiu lideranças de centro como o antigo adversário, Gerlado Alckmin (que se tornou seu vice), Simone Tebet e outros. Enfraqueceu seus adversários e atraiu o voto do eleitor de centro-direita e centro-esquerda. Jorginho faz o mesmo aqui. O MDB com a vice fecha em torno do projeto de reeleição e atua para impedir que votos de centro vão para a oposição. Nos dois casos o foco é o centro, o eleitor moderado. Não tem nada a ver com aquele centrão de Brasília, dos partidos do Congresso.

Boataria
Foi o ex-senador Dário Berger dar as caras no evento do MDB, em Balneário Camboriú que pipocaram boatos de toda ordem: de que o experiente político estaria retornando ao MDB, de que seria pré-candidato a deputado federal. A verdade é que Dário estava no evento, assim como está presente em tantos outros que são realizados no Expocentro, pois o grupo empresarial ao qual faz parte administra o local. Dário disputou a eleição municipal em Florianópolis pelo PSDB e não se tem notícias de que alterou filiação partidária. Acho pouco provável que Dário dispute a eleição em 2026.
Recursos para Floripa
O deputado estadual Mário Motta (PSD) divulgou o resultado do Edital de Emendas Participativas nesta segunda-feira, dia 27. O programa, criado para realizar a destinação das emendas impositivas de forma transparente, técnica e impessoal, recebeu neste ano um total de 1.305 inscrições de projetos de todo o estado. Ao todo, foram contemplados 123 projetos, de 118 instituições e 74 municípios.
Seguindo o Edital, cada região teve um percentual do total de recursos de acordo com cálculos realizados pela equipe do deputado, priorizando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Percentualmente, as regiões com os menores IDHs recebem a maior parcela dos recursos. A região da Grande Florianópolis receberá o investimento de R$ 3.351.766,48, com a contemplação de 25 projetos.

Debate sobre Moradia
Moradia e dignidade é o tema do seminário que será realizado nesta quarta-feira (29) no Plenarinho da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), às 9 horas, promovido pelo mandato do deputado Padre Pedro Baldissera (PT). O debate terá a participação especial de padre Vilson Groh e dos professores e pesquisadores Antônio Inácio Andrioli, Bruno Lima Rocha e Guilherme Gomes Krueger, que têm vivência e prática sobre o tema.
A participação do padre Vilson Groh, fundador do Instituto Vilson Groh (IVG), associação que coordena ações ligadas à educação, cultura, juventude e direitos humanos na região da Grande Florianópolis, agrega ao evento uma dimensão ética e testemunhal de grande relevância, capaz de sensibilizar gestores, parlamentares e a sociedade civil quanto à urgência da transformação do quadro atual.
Investigação em Palhoça
A política de Palhoça continua tendo destaque na seção policial. Nesta semana, uma operação da Polícia Civil que investiga supostas irregularidades em um contrato de coleta de resíduos sólidos em Palhoça atingiu diretamente o atual e o ex-prefeito do município. O inquérito, conduzido pela 1ª Delegacia Especializada no Combate à Corrupção, levou ao bloqueio de até R$ 1 milhão em bens de Eduardo Freccia (PL), atual prefeito, e Camilo Martins (Podemos), deputado estadual e ex-prefeito.
As investigações começaram há três anos e apontam suspeitas de fraude em uma licitação de R$ 7 milhões, realizada em 2020, para a contratação de serviços de fornecimento e manutenção de contêineres de lixo domiciliar. Segundo a Polícia Civil, a empresa vencedora teria sido criada apenas para participar do certame, com uso de um “laranja” como sócio formal.
Na época da licitação, Camilo Martins era o prefeito, enquanto Eduardo Freccia ocupava o cargo de secretário de Infraestrutura. A prorrogação do contrato ocorreu em 2021, já sob a gestão de Freccia como chefe do Executivo municipal.








