Neste sábado (19), Florianópolis se engaja na campanha Julho Verde com a 4ª Ação de Promoção de Saúde e Prevenção ao Câncer de Cabeça e Pescoço. A programação é voltada à conscientização e atividades educativas para todas as idades, com orientações sobre fatores de risco, avaliação bucal gratuita, escovódromo com dicas de escovação, espaço kids e entrega de kits de higiene bucal. O evento acontece das 9h às 13h, no calçadão entre o TICEN e o Camelódromo, no Centro da capital.
A ação reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, fundamentais para alterar os índices de incidência e mortalidade associados aos cânceres de cabeça e pescoço. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), até 50% dos casos são evitáveis e 90% curáveis quando diagnosticados precocemente. Apesar disso, os cânceres que acometem regiões como boca, língua, garganta, tireoide e pele ainda são frequentemente diagnosticados em estágios avançados. Campanhas educativas, acesso a exames de rotina e avaliações periódicas são fatores essenciais para que a doença seja identificada em fases iniciais, quando as chances de cura são mais altas.
Entre os principais fatores de risco estão o consumo de tabaco (incluindo cigarros eletrônicos e narguilés), o uso abusivo de bebidas alcoólicas, infecções por HPV, exposição solar sem proteção e o contato com agentes nocivos no ambiente de trabalho, como os agrotóxicos. Sinais como feridas na boca que não cicatrizam, manchas na cavidade oral, dificuldades para engolir, caroços no pescoço e mudanças na voz, como a rouquidão, devem ser acompanhados por profissionais de saúde.
“Em Florianópolis, o Julho Verde ganha mais uma edição, reforçando o compromisso com a promoção da saúde pública e o cuidado integral da população, como parte do movimento nacional de conscientização contra a doença”, destaca a coordenadora de Saúde Bucal de Florianópolis, Valeska Maddalozzo Pivatto.
Com o tema “Da boca aos pulmões: inspire prevenção, expire saúde”, a campanha é nacional e deseja ampliar o acesso à informação, à prevenção e ao diagnóstico precoce da doença, que afeta cerca de 40 mil pessoas anualmente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).