O Instituto Cidades Invisíveis inicia no dia 25 de outubro a primeira etapa da Galeria de Arte do Mocotó, projeto contemplado em um edital da Prefeitura de Florianópolis que vai transformar a comunidade do Mocotó em uma galeria a céu aberto. Vinte artistas de diferentes regiões do país vão criar obras de arte nos muros da comunidade, trazendo cores, mensagens e símbolos que ressignificam o espaço público e promovem inclusão social por meio da arte.
Participam desta primeira etapa os artistas: Joy; Roberta Bridi; Rodrigo Teodósio (CSC Fetcriu); Jeane Sanches (London); Maria; Adriel Giovanella (Zack); Kacia Catâneo (Akcia); Vlademir Ricardo Bernardo Junior (Herok); Nicoly Soares (Qni); Luciana Bicalho; Jeferson Vieira (Jefsu); Luiza de Souza Câmara (Kmara); Julia Rodrigues; Gabriel (Gael); Felipe Reis (Reis); Mariana Píccolo (Piesm); Joh Mayara; Daniel Sussumu (Ignoreporfavor); Leo Mousse e Marcelo Barnero (Barnero).
A artista urbana e produtora cultural Tuane é a coordenadora artística do Projeto R.U.A. do Instituto Cidades Invisíveis, e conta que a experiência que viveu na produção da Galeria de Arte da Mariquinha e do quanto foi transformador ver a comunidade se reconhecer através das cores e histórias nos muros, fez compreender que o Morro do Mocotó também precisava experimentar essa vivência. “Mais do que colorir muros, buscamos criar diálogos. Os artistas receberam de um líder comunitário um texto contando a história do Morro do Mocotó, que servirá de inspiração. Dessa forma, cada mural se conecta com a identidade local e transforma o espaço público em um território de memória, pertencimento e novas narrativas.”

Em 2023, o Instituto Cidades Invisíveis realizou a Galeria de Arte da Mariquinha, no Morro da Mariquinha, em Florianópolis. O projeto reuniu dezenas de artistas, resultou em mais de 80 murais pintados e movimentou a comunidade com ações culturais, visitas guiadas e até a produção de um documentário. A experiência se tornou referência de como a arte urbana pode revitalizar espaços e gerar impacto social positivo. “Essa experiência nos mostrou, na prática, como a arte pode transformar um território inteiro. Foram dezenas de murais que não só embelezam a comunidade, mas também fortalecem vínculos, despertam orgulho e atraem olhares de toda a cidade. Agora, no Mocotó, a expectativa é ainda maior. A arte tem esse poder de abrir caminhos, dar voz e criar pontes entre quem mora e quem visita. Mais do que cor nos muros, queremos que essa galeria seja uma experiência de transformação social e cultural para todos,” conta Samuel dos Santos, idealizador do Cidades Invisíveis.
Além da pintura dos murais, a programação da estreia conta com uma oficina de dança ministrada por Sandrinho Bboy, morador do Mocotó e referência nas danças urbanas. A atividade terá duas horas de duração. Uma oportunidade para quem puder, vivenciar o poder da cultura hip-hop como ferramenta de expressão, inclusão e transformação.
Com três etapas programadas, o projeto vai resultar em 60 murais, três oficinas artísticas e cinco Rolês do Mocotó, eventos que convidam o público a percorrer as ruas da comunidade para conhecer as obras e dialogar com os artistas.
Sobre o Cidades Invisíveis
Criado em 2012 com o sonho de mudar realidades e transformar vidas, o Cidades Invisíveis é um Instituto Social que atua em diversas cidades do país, impactando milhares de jovens em situação de vulnerabilidade, agindo como um instrumento para a redução da pobreza e da desigualdade nas suas mais diversas dimensões. Desenvolve diversos projetos em parceria com artistas locais e nacionais, onde a renda arrecadada pelas ações tem parte do lucro revertida para a transformação social em várias comunidades. Dentro de seus Bonsais, espaços próprios dos projetos nas comunidades, dispõe de programas que possibilitam o acesso ao conhecimento, aconselhamento, novas tecnologias, cuidados básicos, lazer, cultura, entre outros, para a aceleração de potenciais humanos que, muitas vezes, estão desassistidos pelo poder público.
O projeto Galeria de Arte do Mocotó é totalmente patrocinado pela Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura nº 3659/91.