Diálogo, sensibilização e promoção de reflexões entre os professores e servidores da Escola de Educação Básica de Muquém. Situado no distrito de São João do Rio Vermelho, em Florianópolis, o colégio recebeu na manhã de sexta-feira (13/10) o projeto Escola Restaurativa, iniciativa pensada pelo Grupo Gestor de Justiça Restaurativa do Estado de Santa Catarina (GGJR-SC) e coordenada pelo Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Rodas de conversa e dinâmicas voltadas a melhorar o relacionamento interpessoal e auxiliar na resolução de conflitos vividos na comunidade escolar integraram os 90 professores e servidores da escola, que atende diariamente cerca de mil alunos, divididos entre turmas de ensino fundamental e médio. Os círculos restaurativos, metodologia que busca criar um ambiente seguro e colaborativo para o compartilhamento de experiências, foram conduzidos por 12 facilitadores da Escola Restaurativa.
“Hoje iniciamos a implementação de um projeto firmado entre a 25ª Promotoria de Justiça e o NUPIA, que tem como objetivo fortalecer a prevenção, resolução e transformação de conflitos em escola da rede pública estadual de ensino. Valendo-nos de profissionais capacitados, oferecemos meios para que se realize uma reflexão da postura dos atores daquela unidade educacional e propiciamos a possibilidade da realização de uma leitura diferenciada da realidade vivenciada naquele espaço”, destacou o Promotor de Justiça Marcelo Brito de Araújo, titular da 25ª Promotoria de Justiça da Capital.
A coordenadora do NUPIA, Promotora de Justiça Analú Librelato Longo, também comentou sobre as atividades desta sexta-feira. “Hoje, o NUPIA, em auxílio à 25ª Promotoria de Justiça, veio a uma escola no Rio Vermelho trazer um diálogo horizontal e uma forma diferente de pacificar conflitos”, destacou.
Entre os participantes das dinâmicas, a avaliação é que o projeto oportunizou novos aprendizados e reflexões, como diz a gestora da Escola de Educação Básica de Muquém, Josiane Madeira Medeiros. “O dia de hoje foi um momento de muita reflexão, conhecimento, reconhecimento e sabedoria, uma manhã muito prazerosa”, disse.
A professora Genesi Prediger também avaliou positivamente o projeto. “Gostaríamos que esse trabalho continuasse, esses momentos em que estamos parando, revendo nossas ações no dia a dia. Não basta a gente conhecer as teorias; é preciso colocá-las em prática. Precisamos fazer um trabalho conjunto, envolvendo a escola, a comunidade, os professores e gestores. Com certeza é um projeto que vai agregar no nosso dia a dia enquanto educadores”, salientou.
Escola Restaurativa
A iniciativa demonstra como a Justiça Restaurativa pode contribuir para a melhoria dos ambientes educacionais e o fortalecimento dos laços interpessoais. Por meio do diálogo aberto e da criação de espaços seguros para a expressão, alunos e professores estão aprendendo a lidar com conflitos de maneira construtiva, promovendo uma convivência mais harmoniosa e produtiva.