A Prefeitura de Florianópolis se reuniu nesta semana com representantes do município de Vitória – ES, para compreender melhor o modelo de transporte marítimo adotado naquela cidade, que deve servir como referência para o serviço em Florianópolis. A demanda é antiga na Capital e, neste momento, a administração estuda as dinâmicas do modal para elaborar um edital de licitação que permita futura implementação na cidade.
Na terça-feira, 05, aconteceu uma reunião entre diferentes secretarias municipais, sob coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Manutenção da Cidade, e os representantes capixabas. Durante a tarde, houve uma saída a campo para a vistoria dos possíveis pontos de implantação de terminais do transporte em Florianópolis. Entre eles, o Abraão, Parque de Coqueiros, trapiche da Beira-mar Norte, trapiche do João Paulo e Canasvieiras.
Na quarta, 06, foi a vez de compreender melhor como se dá a operação do transporte no dia a dia, resultados, quais são os formatos das linhas, a estratégia de definição de horários, tipos de embarcações utilizadas, entre outros detalhes. No final da tarde, a integração entre as equipes foi encerrada em reunião remota com o subsectrário de estado de mobilidade urbana do Governo do Espírito Santo, Leo Carlos Cruz. Todos os envolvidos na visita serão parceiros no acompanhamento do desenvolvimento do projeto de operação do transporte manezinho, podendo ser acionados para tirar dúvidas, etc.

O que está sendo planejado
A ideia é criar uma conexão entre o Continente e a Ilha de Santa Catarina, com uma estrutura que funcione em sintonia com os demais modais do transporte. Em um primeiro momento, os terminais seriam instalados na região continental, Centro e arredores. Mais adiante, o transporte chegaria a outros bairros em direção à região Norte da Ilha, passando por Santo Antônio de Lisboa, Jurerê, Canasvieiras e demais pontos de interesse, com possibilidade de atracamento, em trajetos a serem ampliados de forma gradual.
Nos dias de semana, o modal seria focado no uso pela população, com taxa específica, visando a integração com o transporte público existente. Já nos finais de semana as rotas atenderiam uma demanda turística, com taxa diferenciada, buscando diversificar o uso e ampliar a capacidade financeira de operação.
Ainda não há prazos para a implementação, mas a Prefeitura trabalha com expectativas que devem trazer agilidade ao processo. “Nosso objetivo é ter um estudo preliminar finalizado em até 60 dias que nos dê informações sobre a contratação, obras necessárias, etc. Com isso, será possível prosseguir para um estudo detalhado, que vai embasar o edital a ser finalizado ainda neste semestre, avançando depois para a abertura de licitação”, explica o secretário de infraestrutura e manutenção da cidade, Rafael Hahne.