Imagine olhar através de uma janela embaçada ou tentar enxergar uma foto desfocada: assim é a visão de quem desenvolve catarata. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata responde por 47,8% dos casos de cegueira no mundo. Apesar do impacto, é uma condição com tratamento cirúrgico eficaz. Para conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) criou a campanha Agosto Cinza, que alerta para a doença caracterizada pela opacidade do cristalino (lente natural do olho) e que leva à perda progressiva da visão.
SINTOMAS E CAUSAS
• Sintomas de alerta: visão turva ou embaçada, sensibilidade à luz, dificuldade para enxergar à noite, cores desbotadas e troca frequente de óculos.
• Principais causas: envelhecimento, exposição solar excessiva, diabetes, tabagismo e uso prolongado de alguns medicamentos.
TRATAMENTO E REVERSIBILIDADE
“O importante é lembrar que a cegueira causada pela catarata é totalmente reversível. O tratamento é feito por meio de cirurgia, na qual o cristalino opaco é substituído por uma lente intraocular artificial, personalizada para cada paciente”, explica o oftalmologista Ernani Garcia, diretor técnico do Hospital de Olhos de Florianópolis (HOF).
TECNOLOGIA DE REFERÊNCIA INTERNACIONAL
Florianópolis se equipara aos centros mais avançados do mundo ao oferecer tecnologia de última geração para a cirurgia de catarata. O HOF foi o primeiro em Santa Catarina a utilizar o sistema Ngenuity, um equipamento de visualização digital 3D que projeta imagens tridimensionais em alta definição em um grande monitor, permitindo maior precisão e segurança.
Para o Dr. Ernani, a inovação marca um avanço importante na oftalmologia catarinense: “A visão ampliada e detalhada do olho durante a cirurgia nos permite fazer ajustes finos e personalizados, reduzindo riscos e melhorando os resultados. É uma tecnologia que coloca nossos pacientes no mesmo patamar dos maiores centros internacionais”.
Em 2021, o HOF também foi o primeiro no Estado a realizar o implante da lente intraocular Vivity, já utilizada na Europa e nos Estados Unidos. O primeiro paciente beneficiado foi um aposentado de 70 anos, morador da Capital, que apresentava catarata avançada.
Perto de completar 15 anos de atuação, o Hospital de Olhos de Florianópolis reforça que o acompanhamento médico regular é essencial, especialmente para quem apresenta sintomas ou pertence a grupos de risco. “É importante reforçar que a catarata não volta. Uma vez feita a cirurgia, o paciente recupera a visão, volta a ter uma vida com melhor qualidade e autonomia, e não precisa mais se preocupar com essa condição. Por isso que quanto antes descoberta, melhor”, conclui o Dr. Ernani.
