Os moradores da Grande Florianópolis são os mais otimistas no estado em relação ao seu próprio futuro e de suas famílias, segundo pesquisa inédita divulgada pela Critério Resultado em Opinião Pública. Ao todo, 85,3% dos entrevistados acreditam que sua vida pessoal e familiar vai melhorar nos próximos anos, índice acima da média estadual, de 83,7%. O levantamento também revela que a região tem a maior percepção positiva sobre o impacto da tecnologia no dia a dia, com 77,5% classificando-a como “positiva” ou “muito positiva” para suas atividades.
O estudo qualitativo e quantitativo “Catarinenses — Valores, hábitos e ideias” foi executado pelo IPO (Instituto Pesquisas de Opinião) em 34 municípios de sete regiões de Santa Catarina, entre maio e junho. Mais de 600 pessoas foram entrevistadas presencialmente.
A Grande Florianópolis também lidera no otimismo em relação às chances de prosperar e alcançar sucesso nos próximos anos, com 89,2% dizendo ser possível, contra 86,3% da média estadual. Outro destaque está na maior identificação da população, em comparação com as outras regiões, com a persona do “Visionário” — uma das três identificadas no estudo, ao lado do “Protetor” e do “Viajante do Amanhã”. Cerca de 20% dos moradores da região se enquadram nesse grupo, frente a 14,3% na média estadual. Essas são consideradas pessoas criativas, engajadas e abertas a novas experiências.
Nessa linha, a Grande Florianópolis também aparece disparada à frente como a região mais “liberal nos costumes” do estado, com 35,3%, contra 25,1% do total. Os conservadores representam a maioria na região, no entanto, com 46,1%, enquanto os moderados, ou tradicionais, são 18,6%. Outro dado que chama a atenção é que o maior motivo de orgulho de SC para a população regional é a segurança, com 22,5% das menções, à frente de critérios como povo/união (11,8%) ou belezas naturais, oportunidades e outros aspectos mencionados.
Além de atualizar o perfil sobre identidade e costumes do povo catarinense, o estudo busca revelar informações e oferecer dados estratégicos e personas de alto valor para os segmentos empresarial, político e acadêmico. Os resultados foram apresentados na última segunda-feira (11), em evento para empresários, políticos e formadores de opinião, no Hotel Majestic, em Florianópolis.
Estado de gente feliz
Se a Região Metropolitana se destaca em indicadores regionais, o panorama estadual também chama a atenção. A pesquisa apontou que Santa Catarina é, de forma geral, um estado de gente feliz e orgulhosa de sua terra. Nove em cada dez catarinenses (90,3%) se declaram felizes e 84,8% estão satisfeitos com a vida atual. Além disso, 93% projetam um futuro melhor.
Conforme a metodologia aplicada, os resultados posicionam o estado na chamada “zona quente” — faixa de alta realização, felicidade e forte otimismo em relação ao futuro. O estudo também identificou as três personas que traduzem o perfil dos catarinenses diante do amanhã:
- Protetor (45,7%): conservador, voltado à estabilidade e ao pertencimento, valoriza a proteção, as raízes e a tradição.
- Viajante do amanhã (40%): inquieto, inovador, otimista, guiado pela liberdade e pela ideia de expansão.
- Visionário (14,3%): consciente, engajado e criativo, busca conectar inovação, propósito e transformação para gerar impacto social.
“O estudo revela o que há de tão especial neste estado que lidera os mais relevantes rankings: de produção industrial, de inovação, de emprego, de segurança pública, de qualidade de vida. A resposta está nos catarinenses. Santa Catarina é um fenômeno no Brasil e agora isso está registrado, quantificado e analisado cientificamente. Os dados mostram uma sociedade que valoriza vínculos, família, trabalho e tem um senso muito forte de propósito coletivo”, avalia Giuliano Thaddeu, sócio-diretor da Critério em Santa Catarina.
A pesquisa
O levantamento “Catarinenses — Valores, hábitos e ideias” foi realizado entre maio e junho e concluído em julho, combinando abordagens qualitativas e quantitativas. Foram entrevistados 600 catarinenses com 16 anos ou mais, moradores de 34 municípios das sete regiões intermediárias do IBGE: Norte, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis, Sul, Serrana, Meio-Oeste e Oeste.
As entrevistas presenciais utilizaram tablets georreferenciados e seguiram os protocolos da LGPD, com assinatura de termo de consentimento. O intervalo de confiança é de 95%. A análise contou com mais de 200 horas de escuta das entrevistas para compilar e interpretar os resultados.
O Projeto Catarinenses tem como parceiro estratégico o LIDE Santa Catarina e conta com o apoio da Acaert e da ACATE. O patrocínio é da Fepese, BRDE, Aegea, Nova Participações, All Wert e Hospital Moinhos de Vento.
O estudo completo está disponível em catarinenses.com.br.
