A semana chega ao seu fim e o fato político mais marcante é a divulgação da pesquisa contratada pela Record e realizada pela Real Time Big Data mostrando o cenário em Santa Catarina para as eleições de 2026. Não trouxe nada de novo do que já sabe quem acompanha os movimentos políticos que é o amplo favoritismo de Jorginho Mello (PL) que pretende disputar a reeleição para mais um mandato como governador.
O levantamento com 1.200 entrevistas entre os dias 2 (terça-feira) e 3 (quarta-feira) de setembro considerou três cenários estimulados para a disputa do governo de SC. A leitura principal que se extrai dos resultados é a de que se a eleição fosse hoje, o governador Jorginho seria reeleito em primeiro turno considerando os votos válidos, que é a soma dos votos úteis, obviamente descontando os nulos/branco e os não sabe/respondeu.
A amostra, com margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95% mostrou cenários com as principais candidaturas consolidadas: Jorginho Mello (com margens entre 46 e 48%) e seu principal opositor, João Rodrigues (PSD), que oscila entre 21 e 22%. Representando a esquerda o nome de Décio Lima (PT) crava 15% das intenções de voto nos três cenários.
É perceptível que o atual cenário com poucas candidaturas no campo de direita e centro beneficiam o projeto de reeleição de Jorginho. Diferente da eleição de 2022, quando o ex-governador Carlos Moisés buscava a reeleição e teve como concorrente várias candidaturas no mesmo campo político, desta vez o governador está conseguindo atrair em mantar os partidos que poderiam fazer frente à sua reeleição. Um exemplo é o MDB, que faz parte do seu governo e seus nomes na pesquisa pontuam percentuais irrisórios.
Essa polarização entre Jorginho e João no voto de direita e centro também deixa o cenário com pouca margem para oscilações. Ainda falta praticamente um ano para as eleições, mas, o cenário é muito consolidado. Para crescer, João terá que atrair o voto do indeciso e tirar voto do próprio Jorginho.
Mesmo que aconteça um segundo turno, a única forma de o prefeito de Chapecó fazer frente ao governador será atrair quase a totalidade do voto de esquerda. Ao menos um número poderá lhe favorecer nesse confronto direto para atrair votos aleatórios que é a rejeição: 28% de Jorginho contra apenas 14% de João.
Não existe eleição definida faltando um ano para o pleito, mas essa pesquisa indica cenários muito estáveis. O tabuleiro político catarinense precisará de turbulências muito fortes para apresentar mudanças. Os ventos que sobram são da continuidade.

Senado
A pesquisa também quis saber a intenção de voto do eleitor catarinense quanto ao Senado. Os números deixam muito claro a preferência do catarinense em eleger dois senadores de direita. Mais que isso, caso seja essa a escolha, o PL pode eleger os dois nomes que lideram os cenários pesquisados: o filho do ex-presidente Bolsonaro, Carlos e a deputada federal, Carol de Toni.

VEJA ABAIXO OS NÚMEROS DA PESQUISA:
PARA O GOVERNO DO ESTADO:
Pesquisa 1:
Jorginho Mello (PL) – 46%
João Rodrigues (PSD) – 21%
Décio Lima (PT) – 15%
Antídio Lunelli (MDB) – 4%
Nulo e branco – 7%
Não sabe/respondeu – 7%
Pesquisa 2:
Jorginho Mello (PL) – 47%
João Rodrigues (PSD) – 22%
Décio Lima (PT) – 15%
Carlos Chiodini (MDB) – 2%
Nulo e branco – 7%
Não sabe/respondeu – 7%
Pesquisa 3:
Jorginho Mello (PL) – 48%
João Rodrigues (PSD) – 22%
Décio Lima (PT) – 15%
Nulo e branco – 7%
Não sabe/respondeu – 8%
Rejeição:
Décio Lima (PT) – 52%
Jorginho Mello (PL) – 28%
Antídio Lunelli (MDB) – 19%
João Rodrigues (PSD) – 14%
Carlos Chiodini (MDB) – 11%
PARA O SENADO:
Pesquisa 1:
Carlos Bolsonaro (PL) – 45%
Caroline de Toni (PL) – 33%
Esperidião Amin (PP) – 21%
Décio Lima (PT) – 19%
Adriano Silva (Novo) – 17%
Carlos Chiodini (MDB) – 7%
Paulo Alceu (sem partido) – 7%
Nulo/branco – 7%
Não sabem/não responderam – 4%
Pesquisa 2:
Caroline de Toni (PL) – 36%
Esperidião Amin (PP) – 27%
Adriano Silva (Novo) – 22%
Júlia Zanatta (PL) – 19%
Décio Lima (PT) – 19%
Paulo Alceu (sem partido) – 9%
Antídio Lunelli (MDB) – 9%
Nulo/branco – 8%
Não sabe/não respondeu – 5%