O brilho nos olhos e a empolgação estão tomando conta dos corredores do Centro de Atenção à Terceira Idade (Cati). Na próxima semana, os mais de 100 alunos do curso de Inclusão Digital da Fundação Educacional de São José (Fundesj) terão um dos momentos mais aguardados: a prova das becas, que marca a reta final antes da formatura da turma 2025.2, agendada para o dia 7 de novembro, às 15h, no auditório do Cati.
A formatura será a segunda do ano, reunindo idosos que, ao longo das últimas semanas, aprenderam muito mais do que a usar um celular — redescobriram o prazer de aprender, de se conectar e de vencer desafios. O projeto tem como objetivo capacitar pessoas idosas para o uso consciente e seguro de celulares, ampliando o acesso à tecnologia e fortalecendo a participação ativa na sociedade.
Além disso, a iniciativa busca fortalecer a independência da pessoa idosa e sua conexão social. Afinal, inclusão digital é também inclusão social, porque abre portas para que os idosos participem da vida em comunidade, mantenham vínculos, acessem serviços e se sintam parte desse novo tempo.“É emocionante acompanhar a expectativa de cada aluno. Eles estão ensaiando, ajustando becas e se preparando com todo o carinho. A formatura é um momento de celebração, mas também de reconhecimento da dedicação e da superação de cada um”, destaca a superintendente da Fundesj, Maria Helena Krüger.
Durante o curso, os participantes aprenderam desde funções básicas do celular até o uso de aplicativos essenciais para comunicação, mobilidade, bancos e redes sociais. Também receberam orientações sobre segurança digital, com foco na prevenção de golpes e na proteção de dados pessoais — uma preocupação crescente entre o público idoso.
Exemplos inspiradores
As turmas anteriores deixaram exemplos inspiradores. As alunas Tereza Fontana, Zurilda da Silva e o casal Timóteo e Ecléia Braz Moreira, formados na primeira turma de 2025, mostram que o aprendizado já está sendo colocado em prática.“Depois que aprendi a usar o celular, me sinto mais independente. Faço Pix, falo com a família e até participo de grupos com os amigos. É libertador!”, conta Zurilda, de 69 anos, com um sorriso que traduz a alegria de quem venceu o medo da tecnologia.
Maria Helena reforça que o projeto vai muito além das telas: “A inclusão digital transforma vidas. É sobre autonomia, autoestima e pertencimento. Cada idoso que se forma leva consigo mais confiança e um novo olhar sobre o mundo.”
Desde 2022, o projeto Inclusão Digital já formou mais de 550 idosos e integra o Programa Longevidade Ativa, que também oferece palestras e ações voltadas à qualidade de vida da pessoa idosa. Para o segundo semestre, novas turmas já estão confirmadas e, até o fim do ano, será lançado o edital para as vagas de 2026.
Cerimônia de formatura: 7 de novembro (quinta-feira);
Horário: 15h;
Local: Auditório do Centro de Atenção à Terceira Idade (Cati) – Av. Acioni Souza Filho, Praia Comprida, São José.








