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ACIF acompanha problemas sobre saneamento básico e crescimento irregular em Florianópolis

Plano Diretor impacta em melhorias necessárias para a cidade

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A diretoria de Desenvolvimento Urbano, através do Grupo Técnico de Trabalho do Saneamento Básico da Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF) acompanha de perto a situação sobre o saneamento básico em Florianópolis, assunto que dominou a pauta – e foi um dos pontos de principal reclamação – durante as audiências e a consulta pública da revisão participativa do Plano Diretor.

Com participação ativa em todas as 14 audiências públicas realizadas e inúmeras proposições realizadas via consulta pública de forma online, a ACIF se destacou na discussão sempre defendendo, dentre outros pontos, que o saneamento básico de Florianópolis precisa ser tratado de forma mais responsável.

“A ACIF vem acompanhando e trabalhando diretamente as questões ligadas ao saneamento em Florianópolis. Tanto é que criamos uma Diretoria de Desenvolvimento Urbano que acompanha, cobra, realiza estudos e participa ativamente das discussões em busca de uma cidade cada vez mais estruturada”, afirma o presidente da ACIF, Rodrigo Rossoni.

Ainda de acordo com ele, os estudos realizados pelo Grupo Técnico da ACIF com base nos dados públicos disponíveis, apontam que os investimentos contratados junto à Casan estão muito abaixo do que está previsto no Plano Municipal de Saneamento Básico.

Rodrigo Vieira, engenheiro civil e voluntário da ACIF, que está à frente da Diretoria de Desenvolvimento Urbano da ACIF, explica que os sistemas de tratamento existentes ainda são de certa forma precários e também não contam com planos paralelos para prevenção de falhas. A cidade deveria estar hoje com 77% de cobertura de esgoto, mas não alcança os 58%.

“As perdas no sistema de abastecimento de água potável superam a casa dos 40%, que quem paga são os contribuintes ativos”, diz.

A entidade vem alertando sobre o tema muito antes dos constantes episódios de danos ambientais que vem acontecendo como o fato da Lagoa da Conceição e do Rio do Brás em Canavieiras, assim como agora, após a divulgação do relatório de balneabilidade das praias de Florianópolis elabora pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) onde diversas delas encontram-se classificadas como impróprias para banho.

“Uma cidade que arrecada grande parte da sua receita no setor do turismo que gira em torno de suas praias e belezas naturais não pode ser afetada dessa forma em virtude de irresponsabilidade na gestão do saneamento básico”, enfatiza Vieira.

Relação com o Plano Diretor

Mais uma vez, a entidade reforça a importância para deliberação na Câmara de Vereadores e aprovação das melhorias propostas ao Plano Diretor e para que entre em vigência o mais rápido possível. Segundo a ACIF, o atual plano leva a cidade inevitavelmente em ritmo acelerado para a clandestinidade com obras irregulares, com insegurança jurídica e consequentes prejuízos ao saneamento e ao meio ambiente de Florianópolis.

“Tais obras não preveem sistemas de tratamento de esgoto de forma adequada, são tratados de forma irresponsável e quase sempre subdimensionados. E o transbordo disso tudo acaba indo para o sistema pluvial, comprometendo diretamente o lençol freático e encontrando o caminho do mar através dos rios e afloramentos. Sendo assim ressaltamos que os tão temidos emissários submarinos já marcam presença na nossa ilha, porém ao natural, correndo a céu aberto”, finaliza o diretor de Desenvolvimento Urbano da ACIF.

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