O vereador Adrianinho (Republicanos) conseguiu a aprovação nesta terça-feira (19), na Câmara da Capital, de um requerimento para realização de uma reunião ampliada na Comissão de Saúde para tratar das dificuldades e demandas das Mães Atípicas. Através da reunião o vereador pretende ampliar o debate sobre as particularidades das mães atípicas, enquanto tramita um projeto de lei de sua autoria que pretende criar a Semana Municipal das Mães Atípicas.
Durante a sessão ordinária desta terça (19), a proposta do vereador recebeu apoio de diversos vereadores que utilizaram a Tribuna para defender a realização da reunião ampliada. O requerimento foi aprovado por ampla maioria.
Adrianinho esclareceu que a data ideal para a realização da reunião ampliada seria na terceira semana de maio. Porém, a data será fixada pela presidente da Comissão de Saúde, vereadora Pri Fernandes (Podemos).
Em conversa com o Informe Floripa, Pri Fernandes disse que ainda não tem data fixada. “O requerimento já foi aprovado no plenário ontem (dia 19 de março) e será feito na terceira semana de maio. Amanhã (21 de março) vamos verificar a data certa pra não chocar com outras agendas. Será feito em parceria com a Comissão da Mulher.”, disse.
Semana das Mães Atípicas
A defesa das mães atípicas é feita pelo vereador há muito tempo. Em 2023 ele propôs no Legislativo Municipal um projeto de lei visando criar a Semana Municipal de Valorização e Reconhecimento das Mães Atípicas em Florianópolis. A proposta é que esse momento de reflexão seja realizado na terceira semana do mês de maio.
O vereador defende que a Semana Municipal das Mães Atípicas tem o objetivo de incentivar a realização de debates, encontros e rodas de conversa sobre a maternidade atípica; estimular a criação de políticas públicas e a promoção do acolhimento para estas mães; propiciar espaços para informar e sensibilizar a sociedade sobre as dificuldades enfrentadas na maternidade atípica; incentivar a realização de concursos, oficinas temáticas, cursos e afins que promovam a mãe atípica e divulgar as doenças emocionais que podem surgir em decorrência desta maternidade.
“Com essa iniciativa, esperamos contribuir para o fortalecimento das mães atípicas em nossa cidade, reconhecendo seu papel fundamental na família e na sociedade, valorizando sua diversidade e sua resiliência, e oferecendo-lhes oportunidades de aprendizado, troca, lazer e bem-estar”, pondera o vereador. “Queremos que as mães atípicas se sintam acolhidas, respeitadas e apoiadas em sua jornada, que não é fácil, mas também é cheia de amor e superação”, completa Adrianinho.
O vereador explica que o projeto de lei está em tramitação e ainda não chegou ao plenário para votação dos vereadores. Por isso ele propôs antecipadamente a realização da reunião ampliada visando debater as dificuldades e sugestões para a melhoria das condições de vidas destas pessoas e seus familiares
Mas quem são as mães atípicas?
São aquelas mulheres que criam filhos com alguma deficiência, síndrome rara, enfrentando desafios e dificuldades que muitas vezes são invisíveis ou ignoradas pela sociedade. São mulheres que precisam conciliar o trabalho, a casa, os cuidados com os filhos e consigo mesmas, sem contar com o apoio adequado de políticas públicas, serviços de saúde, educação e assistência social.
Em geral são mulheres que sofrem com o preconceito, o isolamento, a sobrecarga e a falta de informação. São mulheres que, apesar de tudo isso, não desistem de lutar pelos direitos e pela qualidade de vida de seus filhos e de si mesmas.