Um verdadeiro gol de placa essa iniciativa Alesc Itinerante que está levando as sessões da Assembleia Legislativa ao interior do Estado. A romaria iniciou por São Miguel do Oeste e nesta semana os deputados realizaram suas reuniões em Mafra.
A ideia é descentralizar as ações da Assembleia Legislativa, levando as reuniões das comissões e sessões plenárias para outras cidades além da Capital. Acerta o presidente Júlio Garcia (PSD) e seus pares ao aproximar os deputados da realidade das diferentes regiões do Estado. É lá, vivando a realidade de cada comunidade, que os deputados sentirão o clamor da sociedade por aquilo que é mais necessário.
A Alesc Itinerante encerrou nesta quarta-feira (6) sua jornada em Mafra. Foram dois dias em que todas as reuniões e debates dos deputados estaduais foram lá naquela município realizados.
Números
Durante o Alesc Itinerante em Mafra, foram realizadas duas sessões ordinárias, nas quais foram aprovadas 137 matérias legislativas, sendo 36 projetos de lei e 101 proposições não normativas, como requerimentos, pedidos de informação, moções e indicações.
As comissões permanentes promoveram oito reuniões. Além disso, a Bancada Parlamentar Regional do Norte se reuniu e ouviu prefeitos e vice-prefeitos de oito municípios do Planalto Norte.
Ao todo, 42 entidades se pronunciaram durante as sessões e reuniões das comissões. Além da participação dessas entidades, 12 prefeitos, 12 vice-prefeitos, 97 vereadores, cinco secretários municipais, além de autoridades do Judiciário e das forças de segurança, compareceram às atividades do Alesc Itinerante em Mafra.
Julio destaca participação popular
O deputado Julio Garcia (PSD), presidente da Assembleia Legislativa, destacou a participação popular como um dos pontos fortes da edição do Programa Alesc Itinerante, realizado nesta semana em Mafra. O parlamentar ressaltou os números expressivos de vereadores, prefeitos e entidades que compareceram às reuniões e sessões promovidos pelo Legislativo estadual, no Espaço Álamos.
“Foram quase 100 vereadores, uma dezena de prefeitos, diversas entidades. Tivemos também o acompanhamento da juventude, com a presença das câmaras mirins”, comentou Julio Garcia, destacando a participação de vereadores mirins de Mafra, São Bento do Sul e Itaiópolis. “O objetivo da Alesc Itinerante é justamente aproximar a sociedade e o que tem de mais importante nessa aproximação é a participação da sociedade, como vimos aqui em Mafra.”

Acif é política
Mais uma vez a Acif – assim como a CDL e diversas outras entidades que se dizem “empresariais” – se mostra completamente política. Nesta semana a ACIF se uniu a políticos de direita e extrema-direita e enviou um ofício para a senadora Ivete da Silveira (MDB) exigindo sua assinatura na abertura do processo de impeachment do Ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Coação à Justiça
Por certo que todos concordam que algumas decisões do ministro Alexandre de Moraes ultrapassam a razoabilidade, especialmente no sentido de cercear o direito de lideranças bolsonaristas de se manifestarem pelas redes sociais. Vai contra um direito constitucional. Ainda estamos em um País livre que permite a todos dizer o que bem entenderem, bem como, responderem judicialmente por seus excessos.
Porém, é um ato desmedido a Acif se alinhar a uma mobilização que tenta coagir um juiz no exercício da profissão. O agravante é o fazer durante um processo de investigação e julgamento visando beneficiar o réu para que não pague por uma pena a qual ainda sequer foi condenado. Atrapalhar o trabalho da Justiça parece-me uma afronta ao Estado de Direito.
Candidatem-se
A dica que esta coluna dá de graça ao presidente da Acif, Célio Antônio Bernardi Júnior e aos demais dirigentes que gostam de mergulhar a entidade em questões políticas é que em 2026 se candidatem. Vários cargos estarão em disputa como deputado estadual, federal, senador, governador e até presidente da República. Vão lá e testem a força política! Caso eleitos, poderão, de fato, mudar a política por dentro e não no mundo do faz de conta das ‘notas oficiais de posicionamento’.
MDB e bolsonarismo
Outro detalhe que não passa despercebido é que bolsonaristas disseram que a senadora Ivete da Silveira era obrigada a assinar o pedido de impeachment de Moraes porque o mandato não lhe pertence. Na opinião destes ela está no cargo por ter sido suplente de Jorginho Mello (PL) que foi eleito senador apenas com o voto bolsonarista e a levou de reboque na eleição de 2018. É preciso fazer um reparo: essa eleição de Jorginho foi uma união de votos do MDB e da onda Bolsonaro.
Aquela eleição foi marcada pela primeira onde Bolsonarista através do PSL (17) e Jorginho concorreu pelo PL (22). O candidato dos bolsonaristas era Lucas Esmeraldino (PSL). Jorginho e o outro senador eleito, Esperidião Amin (PP) receberam o segundo voto do bolsonarismo.
Entretanto, quem deu a eleição mesmo a Jorginho foi o MDB que lhe conferiu o voto quase maciçamente. Lembrando que nessa eleição o MDB ainda tinha um potencial de voto mais forte que hoje em dia. Então, minha gente, a eleição de Jorginho/Ivete é um misto de voto do MDB e do Bolsonarismo. Jorginho, que não é bobo, é leal e agradece a ambos.
Jogo de cena
A pressão dos bolsonaristas surtiu efeitos e a senadora Ivete da Silveira divulgou um vídeo dizendo que vai assinar a lista pelo processo de cassação do Ministro Alexandre de Moraes. Agora o processo ter sequência no Senado Federal é outros quinhentos. A informação que vem de Brasília é de que tudo não passa de um jogo de cena.
Censura
Na batida dos políticos do PL que bloquearam o acesso à Mesa Diretora do Congresso Nacional em represália à prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro, o vereador de Florianópolis, pastor Giliar Tortatto (PL) também reproduziu o gesto selando a boca com fita adesiva sugerindo censura no Brasil. “Talvez é pra gente se acostumar que daqui a pouco o parlamento não vai mais ter o direito de falar”, reclamou.

Programas sociais
Grupo NSC revelou nesta semana que um trabalho de atualização de dados da Secretaria de Assistência Social da Capital tirou 2 mil pessoas dos benefícios do CadÚnico e Bolsa Família que passou de 3.600 beneficiados em Florianópolis para apenas 1.600.
Importante esse trabalho que está sendo realizado pela prefeitura inclusive com visitas aos cadastrados. Chamou a atenção uma mulher que estava sendo beneficiada pelos programas sociais, na qualidade de moradora de rua, porém, mora no bairro Jurerê Internacional. É o fim da picada!
Operação Saturação
Outra ação que também é digna de elogio que está sendo realizada pela prefeitura da Capital e a Operação Saturação. Fundamental colocar as forças de segurança lá na ponta, onde estão os pontos críticos envolvendo população em situação de rua. Está surtindo muitos resultados, inclusive identificando criminosos e retomando o comando de áreas que já estavam entregues à desordem. Cita-se como exemplo a chamada Faixa de Gaza, nos limites de Floripa e São José. Lá as forças de segurança retomaram o comando e agora o local foi até povoado com árvores frutíferas e flores. Parabéns a vice-prefeita Maryanne Mattos e todos os demais envolvidos.
Nem G tem
Vereador Dinho segue na sua luta tentando cobrar que as operadoras de telefonia móvel cumpram os contratos e entreguem a internet com qualidade, 5G, em regiões no Norte da Ilha. Até em Brasília ele foi ao lado do presidente da Casa, João Cobalchini (MDB) e não conseguiu êxito. “Vocês acreditam que depois que a gente cobrou até piorou”, disse. Ele argumenta que a internet de qualidade é fundamental hoje em dia. “Que tivéssemos ao menos o 4G, mas tem lugar que nem G tem”, lamentou.
No PT nacional
Com mandato de quatro anos, Décio Lima e Luis Sabanay assumem o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) com o objetivo de ampliar o diálogo com a população e fortalecer o projeto de reeleição do presidente Lula.
“Estamos vivendo uma condição muito diferente de tudo o que já experimentamos na história do nosso partido. Em Santa Catarina, percebemos um ambiente de retomada das condições objetivas, e isso nos permite, mais uma vez, alcançar um resultado surpreendente em nível nacional, como já ocorreu na última eleição, quando, pela primeira vez, conseguimos chegar ao segundo turno e ajudar na eleição do presidente Lula. Eu e o Sabanay temos agora a responsabilidade de trabalhar firmes, ouvir as pessoas e ampliar o diálogo com temas de interesse da população e que nos levem a esta conquista em Santa Catarina”, afirma Décio Lima.
