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Caso de racismo e exposição de aparelho de tortura geram indignação na Câmara da Capital e outras notas

Justamente na Semana da Consciência Negra dois casos - um ato de racismo contra um funcionário da Casa e a apresentação de um aparelho de tortura em uma exposição que deveria justamente enaltecer a cultura negra - geraram indignação na Câmara de Florianópolis

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Casos de racismo geram indignação na Câmara da Capital

Sério caso de racismo foi registrado na Câmara de Florianópolis nesta semana. Em função da repercussão, a Câmara emitiu uma nota manifestando o seu profundo repúdio frente aos atos de racismo dos quais foi vítima seu colaborador Leandro Luís Barbosa.

O lamentável episódio sofrido pelo motorista desta Casa Legislativa ocorreu na tarde desta quarta-feira (22), quando o funcionário, em horário de trabalho, acessava a garagem do prédio com o carro. Neste momento foi duramente ofendido com injúria racial. Testemunhas que passavam pelo local ajudaram a conter a agressora até a chegada da polícia. A agressora foi presa e responderá pelo crime de racismo.

“A Câmara Municipal, enquanto instituição, reforça na semana da Consciência Negra, a sua defesa incondicional contra o racismo e qualquer forma de preconceito. A casa legislativa realiza diversos eventos na busca da promoção da igualdade e vem prezando pela construção de uma sociedade justa e igualitária. A Casa do povo e a nossa cidade jamais terá espaço para o racismo”, diz a nota

Indignação

O vereador João Luiz da Bega (PSC) ficou extremamente irritado com o caso de racismo contra o funcionário da Casa. Lembrou que Leandro é um bom funcionário e boa pessoa. Disse que será oferecido a ele todo suporte necessário e a mulher que transmitiu as ofensas, que foi presa e encaminhada para a Delegacia, deve pagar pelo que fez. “Nós não vamos deixar passar impune, isso é um absurdo”, disse o vereador.

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Aparelho de tortura

Outro caso de ataque à cultura negra chamou a atenção nesta semana na Câmara da Capital. Um aparelho que foi utilizado para tortura na época da escravidão, foi incluído em uma exposição relativa ao Novembro Negro. Uma exposição que serviria para exaltar o povo negro, com esse aparelho trouxe dor e indignação.

A vereadora Tânia Ramos (PSOL) denunciou o absurdo. “O que um objeto como esse faz na Casa Legislativa? Isso não é presente. Não é objeto de memorial. Isso é dor, é violência, é uma afronta, mexe e rasga nossa ferida que nunca cicatrizou. Dois dias após o Dia da Consciência Negra estamos chorando por nos sentirmos agredidas e agredidos no nosso local de trabalho”, disse. “É um absurdo, é criminoso. O lugar desse objeto é no lixo da história e não sendo tratado como uma simples peça decorativa. Ter essa imagem é como ter um símbolo nazista na Câmara”, completou a vereadora.

Aparelho de tortura exposto em mostra que deveria enaltecer a cultura negra

Aparelho de tortura (II)

A vereadora Tânia Ramos foi investigar e descobriu que o objeto foi colocado na exposição por uma funcionária de uma empresa terceirizada e ele faz parte do acervo da Câmara da Capital.  “Volto a repetir: um instrumento de tortura usado contra os nossos antepassados não pode, de jeito nenhum, servir como uma peça decorativa em um ambiente político”, falou. “Foi dito que o objeto já está na Casa há anos. Um absurdo! Um completo desrespeito com a população preta dessa cidade, não só com os poucos que trabalham na Câmara, mas com o nosso povo em geral. É uma ofensa! E é muito dolorido. Eu e todo meu gabinete saímos completamente arrasados depois dessa situação”, frisou.

Pedido de perdão

O presidente em exercício da Câmara, Claudinei Marques informou à vereadora Tânia que a introdução do aparelho de tortura na exposição foi um mal-entendido. Ele alegou desconhecimento dos funcionários da casa e em nome deles pediu perdão ao povo negro. “Já conversei com a assessoria para que sejam tomadas as providências e o pedido de vossa excelência seja atendido (retirada da peça da exposição)”, disse o presidente Claudinei. “Eu também não sabia o que representava aquilo, as vezes por falta de conhecimento… então em nome de todos os funcionários desta Casa eu peço perdão à raça negra porque a gente realmente não sabia o que aquilo ali representava”, completou o vereador.

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Beira-Rio Forquilhas

A 23ª Reunião da Comissão Especial Temporária que acompanha as obras da avenida Beira-Rio Forquilhas aconteceu na tarde de terça-feira, 21, na Câmara de São José. Em pauta, esclarecimentos do Executivo acerca do andamento da obra, com ponderações do cronograma físico e financeiro. Foram destacados problemas que a obra tem enfrentado por conta do mau tempo.

Também já foi programada uma nova visita ao canteiro de obras, que deve ocorrer já com parte da pavimentação asfáltica implementada, marcada para o dia 6 de fevereiro.

Participaram do encontro, o vereador Mauro Henrique da Silva, presidente da Comissão, o vereador Neri Osvaldo do Amaral, membro da Comissão, além do vereador Romeu Jose Vieira Neto, bem como o secretário adjunto da Secretaria de Infraestrutura, Julio César da Silva, os engenheiros Jorge Ziegler e Adriano Rotta e advogada Ana Paula Huff Martins.

Reunião na Câmara de Vereadores

Moradias populares

O prefeito Orvino Coelho de Ávila e o vice-prefeito, Michel Schlemper, confirmaram em Brasília que São José será contemplada com 200 novas moradias populares. Em março, Schlemper inscreveu o município no programa habitacional do Ministério das Cidades a pedido do prefeito Orvino, resultando na seleção para a primeira fase do programa.

O deputado federal, Carlos Chiodini, atuou como interlocutor em Brasília durante a análise, apoiando o programa de São José. Esta semana, ele confirmou a notícia e convidou para participar do evento. Onze municípios de Santa Catarina foram contemplados nesta etapa, destinada à Faixa 1 do programa, beneficiando famílias com renda mensal de até dois salários mínimos (ou R$ 2.640,00 em valores atuais).

Vice-prefeito Michel, deputado Carlos Chiodini e prefeito Orvino

Guardas nas ruas

Vereador da Capital, Maycon Costa (PL) comemora que, enfim, iniciou um movimento dentro da Secretaria de Segurança Pública da Capital e da Guarda Municipal para retirar agentes da GMF de dentro de prédios públicos e colocá-los na rua, prestando os serviços diretos à população. Recentemente – em debate em torno do caso do morador em situação de rua que esfaqueou um estudante no centro da Capital – os vereadores criticaram o baixo efetivo da guarda. Se não bastasse a falta de efetivo, os vereadores criticaram duramente agentes da GMF, apadrinhados por políticos, que em vez de estarem nas ruas estão cedidos às secretarias municipais, desempenhando funções diferentes daquelas que oficialmente foram contratados.

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