A Galeria de Arte do Mocotó transformou o bairro de Florianópolis em um grande espaço de criação, convivência e circulação cultural neste fim de semana. A iniciativa do Instituto Cidades Invisíveis levou a arte urbana para os muros da comunidade, reunindo 20 artistas em uma ação que integrou pintura coletiva, encontros com moradores e os tradicionais Rolês do Mocotó, caminhadas guiadas para apresentação das obras e troca direta entre artistas, público e território.
Durante os dois dias de atividades, os muros do bairro receberam intervenções assinadas por AFolego, Alexandre Mil, Ana Carolina (Ianna), Ana Scarceli, Carlos (Credo Raniere), Emily Stranha, Fábio (Studio FLOP), GRAV, Heloisa Heloarnold, Kio Zaz, Leandro Alves, Lia Fenix, Mari Monteiro, Mateus (MTS), Peter Israel (Patê), Sabrina (art MUDRA), SauloMetria, Sayuri Mina, Titi Bertol e William (Caone). A seleção dos artistas foi realizada pela curadora e artista visual, Tuane, a partir de um olhar atento à diversidade de linguagens, trajetórias e conexões com o território. Cada obra dialoga com o espaço urbano e com as histórias que atravessam a comunidade, reforçando a arte como linguagem de memória, identidade e expressão coletiva.
Além das pinturas, a programação contou com um Rolê do Mocotó por dia, com intérprete de libras para ampliar o acesso do público às obras, e promovendo a ocupação cultural do bairro. O primeiro Rolê foi patrocinado pelo LK Design Hotel, fortalecendo a conexão entre iniciativa privada, artistas e comunidade, e destacando a importância das parcerias para a realização de projetos culturais de impacto social.
A Galeria de Arte do Mocotó dá continuidade à atuação do Instituto Cidades Invisíveis em Florianópolis, ampliando experiências já realizadas em outros territórios e reafirmando o compromisso com ações culturais que valorizam o espaço público e estimulam o pertencimento. Ao longo do fim de semana, moradores, visitantes e artistas circularam pelas ruas do bairro, acompanhando de perto o processo criativo e vivenciando a arte para além do resultado final nos muros.
Esta foi a segunda etapa do projeto que iniciou em outubro, marcando a chegada de uma intensa programação cultural à comunidade. Artistas de diferentes regiões do país transformaram os muros do bairro em painéis de arte urbana inspirados na história e na identidade local. A iniciativa do Instituto Cidades Invisíveis, contemplada em edital da Prefeitura de Florianópolis, promoveu encontros entre artistas, moradores e público, reforçando a arte como ferramenta de pertencimento e inclusão social. Além das pinturas, a programação da primeira etapa contou com uma oficina de danças urbanas conduzida por Sandrinho Bboy, morador do Mocotó e referência na cultura hip-hop, ampliando o impacto cultural e educativo dessa primeira fase do projeto. Confira o que rolou na primeira etapa: cidadesinvisiveis.com.br/pages/galeria-de-arte.
Sobre o Instituto Cidades Invisíveis
Criado em 2012 com o sonho de transformar realidades, o Instituto Cidades Invisíveis atua em diversas cidades brasileiras e impacta milhares de jovens em situação de vulnerabilidade. Seu trabalho combina esporte, cultura, educação, tecnologia e assistência social para acelerar potenciais humanos muitas vezes desassistidos pelo poder público. Nos Bonsais, espaços comunitários da instituição, os participantes têm acesso a conhecimento, apoio psicossocial, lazer, cultura, cuidados básicos e oportunidades que impulsionam autonomia e cidadania.
