Começa nesta sexta-feira, 12, e se estende até 19 de abril, a 15ª Semana Municipal do Livro Infantil promovida pela Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Educação.
A abertura ocorrerá às 14 horas no auditório do Cinema do Centro Integrado de Cultura. A partir das 15 horas, pela Paulus Editora, será realizado o lançamento do livro “História Baseada em Aldeias Reais”, de Marlete Cardoso, bem como acontecerá exposição de obras com temática Indígena e Africana. O espetáculo “A Rendeira e a Tartaruga”, da Companhia Vibrata, será encenado às 16 horas.
Durante a Semana, haverá ainda rodas de conversa com escritores, troca-troca de livros, contação de histórias, visita a museu e oficinas literárias e de histórias em quadrinhos.
A Semana Municipal do Livro Infantil visa estimular o gosto pela leitura e escrita. Busca também ampliar o repertório sobre a literatura catarinense entre crianças, estudantes, profissionais da educação e público em geral.
O evento foi instituído em 2010 pela Lei Municipal n. 8.125. Ocorre sempre no período de comemoração do Dia Nacional do Livro e a data de nascimento do escritor Monteiro Lobato, 18 de abril.
Considerado um dos maiores escritores de história infantil, o trabalho de Monte Lobato mais conhecido é “O Sítio do Picapau Amarelo”, que tem 23 volumes, concebido entre os anos de 1920 e 1947.
Nasceu em Taubaté, São Paulo, em 18 de abril de 1882, e faleceu no dia 4 de julho de 1948 na capital paulista. Como regionalista, destacou-se nos gêneros conto e fábula. Retratava, sobretudo, os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Paraíba, durante a crise do plantio do café.
Dentre as suas obras, estão Urupês (1918), O Saci (1921), Narizinho Arrebitado (1921), Fábulas (1922), O Marquês de Rabicó ( 1922), As Aventuras de Hans Staden (1927), Peter Pan (1930), Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933), Emília no País da Gramática (1934), Geografia de Dona Benta ( 1935), Dom Quixote das Crianças (1936), Histórias de Tia Nastácia ( 1937), O Poço do Visconde (1937) e O Picapau Amarelo (1939).
FRATERNIDADE ENTRE POVOS DE DIFERENTES CULTURAS
Com selo da Paulus Editora, “História baseada em aldeias reais” é de autoria da catarinense Marlete Cardoso com ilustrações de Wanessa Ribeiro. Trata-se um livro rico em memórias, vivências e aprendizados dos povos indígenas e, que proclama o amor à terra e o valor das pequenas coisas, como a aproximação, o abraço, a amizade e a consciência que gera vida e fraternidade entre os povos de diferentes culturas. Marlete traz a história do pequeno indígena Lucas Karaí, um menino guarani, e Rafael, um garoto que visita uma escola indígena e descobre o valor da amizade e a importância da valorização e preservação da terra. Entre as abordagens, estão questões ligadas à liderança, amizade, generosidade, preservação ambiental, doação e ajuda ao próximo.
LIXO E MEIO AMBIENTE
O espetáculo “A Rendeira e a Tartaruga, da Companhia Vibrata, conta a história de uma rendeira que, certo dia, encontra um ninho de tartarugas marinhas e ajuda um dos bichinhos a chegar ao mar, desvencilhando-a dos perigos. Tempos depois a rendeira reencontra a velha amiga, agora doente em razão do lixo do mar. A montagem combina a manipulação de bonecos, canções ao vivo e sonoplastia feita com instrumentos fabricados com materiais reciclados. Ao mostrar os hábitos da rendeira, sua casa, suas rendas e o marido pescador e também o ciclo de vida das tartarugas marinhas, a peça evoca mensagem de compaixão e conscientização da reciclagem do lixo. Com direção de Mônica Longo, a encenação é interpretada pela atriz Bianca Ramos e pelo percussionista Cristian Strugulski.