A pedalada de Marquito
A demagogia do discurso político muitas vezes tem a perna curta. Um exemplo prático aconteceu essa semana. O deputado estadual Marquito (PSOL) é um ferrenho defensor do uso de bicicletas, inclusive promovendo “pedaladas”, em Florianópolis, sua base eleitoral. Mas, o discurso, não se sustenta no seu mandato.
Nesta semana, postagem do Jornal Razão desmascarou o discurso do deputado. Segundo o Jornal, a Assembléia Legislativa gastou dos recursos do povo catarinense R$ 95 mil para pagar aluguel de carro para o deputado adepto da pedalada. Foram R$ 8.700,00 mensais para locação de automóvel. Lembrando que o benefício é estendido a todos os deputados e não é ilegal, apenas imoral quando o discurso é um e a prática outra, como é o caso.
Segundo a reportagem, o parlamentar também gastou dinheiro público com assinatura de TV à cabo; mais de R$ 100 mil com viagens aéreas e R$ 159 mil com diárias; além do salário mensal de mais de R$ 25 mil.
A publicação do Jornal Razão pode ser conferida aqui ( https://www.instagram.com/p/C3A8aHAuUH9/?igsh=MTdqaWN5c2h2eDIyOQ%3D%3D ).
O outro lado
Este colunista entrou em contato com a assessoria do deputado Marquito (PSOL), para ouvir sua versão sobre o assunto, que enviou a seguinte nota que publicamos na íntegra:
“Circulou pelas redes sociais uma notícia difamatória contra o nosso mandato. E que não condiz com a verdade. Tanto não condiz, que foi excluída.
Ela induzia a interpretação que eu estaria “alugando meu próprio carro”. O valor citado pelo post é referente ao uso de transporte oficial do mandato e todo gabinete durante todo o ano, incluindo gastos com combustível e manutenção, pedágio e outros gastos.O valor é pago a todos os parlamentares que utilizam veículo próprio. Dos 40 deputados, 39 utilizam o valor.
Uso meu veículo próprio nas visitas institucionais e viagens de trabalho, e foram 43 mil km rodados, por todas as regiões de Santa Catarina. Todo mundo sabe o quanto nosso mandato trabalha e o quanto é presente, incluindo toda a atuação pela Comissão de Turismo e Meio Ambiente.
Os resultados dessas visitas foram apresentados à população de forma transparente em nossas redes. Foram quase 200 propostas legislativas, 15 projetos de lei, 10 audiências públicas, 7 frentes e fóruns, 26 indicações, 19 moções, 22 ofícios legislativos, 17 pedidos de informações, 50 requerimentos de comissão, 21 requerimentos.
Não nos impressiona que esse tipo de ataque seja promovido em um ano que sou pré-candidato a prefeito. Isso é muito sério e perigoso, além da minha própria segurança , a informação distorcida traz riscos para a assessoria que também utiliza o carro para fazer o seu trabalho.
Defendemos o cicloativismo e muitas outras pautas importantes para todo o estado porque vivemos a realidade da população e sabemos da sua importância.
Sabemos que nossa atuação é sólida e coerente e não precisamos pedalar até São Miguel do Oeste para provar.
Temos feito um grande trabalho por Santa Catarina e continuaremos fazendo nosso trabalho em prol de todos os catarinenses”.
Fora do Novo
O ex-deputado estadual, Bruno Souza, que na última eleição fez quase 87 mil votos ficando como suplente de deputado federal, não faz mais parte dos quadros do novo. Desentendimentos com o Diretório Municipal de São José, conforme ele revela em carta de despedida, que publicamos ao final desta coluna, foram a motivação final.
O futuro
Agora, Bruno Souza, que já foi vereador em Florianópolis pelo PSB e deputado estadual pelo Novo, estuda convites de outros partidos. Mas, a tendência é que migre para o PL. Para isso precisa sanar desconfianças de lideranças, como o presidente municipal do partido, Heleno Martin, que já confessou em entrevista à CBN da Capital que Bruno errou ao não dizer sim ao partido lá atrás. O caminho seria uma construção via governador Jorginho Mello. Se conseguir, vem pro jogo e terá posição relevante no cenário político ou em São José, ou em Florianópolis.
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Parceria
O governador Jorginho Mello (PL) leu a mensagem anual na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, em sessão, nesta terça-feira (6). Chamou-me a atenção a valorização em sua fala do termo “parceria”. Foi usado em vários momentos do discurso para referendar a união dos poderes, como Alesc, Governo do Estado e Tribunais de Justiça e Contas, no repasse de recursos para ações emergenciais como o programa de cirurgias eletivas e para socorrer prefeitos de cidades atingidas por severas chuvas. Age bem o chefe do Executivo estadual ao unir os entes em torno dos problemas dos catarinenses. Assim, compartilha responsabilidades.
Ano de entregas
Da mesma forma que Jorginho na Alesc, na Câmara da Capital o prefeito Topázio Neto (PSD) também deu início ao ano legislativo nesta terça (6). Grifou que 50% do seu secretário é formato por mulheres. Também deixou claro que não tem medo de mexer no “abelheiro” e pela postura transparente de seu governo estão vindo à tona casos de desvios de servidores comissionados e efetivos.
Ele também agradeceu ao compromisso da Câmara com o Plano Diretor, cuja revisão foi aprovada ano passado. “Graças a isso o projeto de regularização fundiária, baseada no Plano Diretor, já começou”, pontuou. O prefeito ainda citou avanços na coleta de resíduos, na coleta de resíduos especiais e novos ecopontos. Também lembrou o trabalho de prevenção com a limpeza de canais e valas. “Nunca choveu tanto nos meses de outubro a dezembro, como em 2023 e mesmo assim não tivermos grandes alagamentos”, explicou.
O prefeito finalizou dizendo que o ano de 2024 será de muitas entregas. Exemplificou com o Hospital Dia, que deverá abrir as portas nos próximos dias no Antigo Aeroporto, no Sul da Ilha.
Vai pro PL
O vereador João do Bericó, atualmente filiado ao União Brasil, já informou que a partir do dia primeiro de março se filia no PL. Até já saudou a vereadora Maryanne Mattos como “minha líder”. Agora sim Bericó estará em um partido que é sua cara, especialmente a ala mais conservadora e bolsonarista do PL.
FOTO LEGENDA
O secretário da Casa Civil, Fábio Botelho (à esquerda), que está à frente do Carnaval 2024 de Florianópolis, e o diretor do Grupo Pereira (Fort Atacadista), Lucas Pereira, o principal patrocinador da folia este ano, na festa que marcou a abertura das festividades carnavalescas na Capital, o tradicional “Berbigão do Boca”, na última sexta-feira (2/2)
Falta duas
Vereadores que pregam uma investigação sobre os recentes casos envolvendo escândalos na área de coleta de lixo da Capital, inclusive que atingiram dois secretários municipais, estão em busca de duas assinaturas que faltam para a abertura de uma CPI para investigar o caso. Já assinaram os quatro vereadores de esquerda além de Maycon Costa (PL) e Manu Vieira (Novo). Aposto um pirulito como essas duas assinaturas não vão aparecer.
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Antivacina
Prefeito Topázio Neto erra feio ao flertar como movimento antivacina (que começa com a da covid, mas pode se expandir para outras) que tomou conta de alguns prefeitos bolsonaristas de Santa Catarina e inclusive do governador Jorginho Mello (PL). O movimento desobriga a vacina na hora das matriculas nas escolas municipais. Além do óbvio revés na Justiça ainda vai se indispor com uma boa parcela do eleitorado mais esclarecida que é a favor da vacina e não é de esquerda. No dia da aula sobre esse tópico, Topázio faltou à aula com o Gean.
Salário Mínimo Profissional
O Crea-SC e o Confea têm unido esforços para valorizar as engenharias e assegurar o cumprimento do Salário Mínimo Profissional (SMP) nas áreas técnicas do Sistema Confea/Crea. Recentemente em Brasília o Confea lançou a Frente de Valorização Profissional do Sistema Confea/Crea e Mútua, que visa incentivar a denúncia de editais de concursos que não respeitam o SMP ou extrapolam as atribuições técnicas das vagas.
Valorização
Desde 2022, o Crea-SC tem adotado medidas para valorizar os profissionais e garantir o cumprimento do Salário Mínimo Profissional (SMP), destacando a importância de profissionais qualificados ocuparem cargos técnicos. O Conselho já iniciou 35 processos judiciais contra editais que violam o SMP, conseguindo liminares em cerca de 30 casos. Além disso, enviou 91 ofícios a órgãos públicos, especialmente prefeituras, pedindo adequações nos editais que não respeitam o SMP.
O presidente do Crea-SC, Eng. Kita Xavier, enfatiza a importância dos profissionais da área tecnológica para o crescimento nacional, destacando a necessidade de valorizá-los e garantir o cumprimento da legislação que estabelece o Salário Mínimo Profissional. Ele ressalta que cada obra ou serviço realizado por profissionais registrados traz segurança para a sociedade e reforça a responsabilidade desses profissionais. Xavier sublinha o papel fundamental do conhecimento técnico-científico das áreas de engenharia, agronomia e geociências para o benefício da sociedade.
Comissão de Finanças debate situação financeira do Transporte Público Metropolitano de Florianópolis
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Transporte Público
Nesta quinta-feira (8) a partir da 13h30 na Alesc, a Comissão de Finanças e Tributação da Alesc promove um encontro para debater a situação financeira do Transporte Público Metropolitano de Florianópolis.
De acordo com o presidente da Comissão deputado Marcos Vieira a intenção é chamar os envolvidos para que se encaminhe uma solução para um problema histórico. “As empresas de ônibus tiveram suas finanças prejudicadas durante a pandemia, e muitas estão em recuperação judicial, colocando em risco o emprego de centenas de pessoas e também o deslocamento diário de milhares de cidadãos”, disse o deputado.
O requerimento da reunião foi aprovado por unanimidade nesta terça-feira (07/02) no primeiro encontro da Comissão de 2024.
CARTA DE DESPEDIDA DO EX-DEPUTADO BRUNO SOUZA DO NOVO
O fim da jornada.
Caro filiado, nossa caminhada juntos no Novo chegou ao fim.
Talvez, este seja o texto mais difícil que escrevo nos últimos anos. Entretanto, algumas palavras são ditas porque necessárias, não porque alegram.
Nunca fui eleito pelo Novo, mas tive o grande prazer de estar ao seu lado desde 2019.
O Novo não me fez pensar ou atuar como atuo, mas foi um abrigo seguro para minhas convicções.
Convicções surgidas ainda no tempo de juventude, quando entendi que o Brasil, ao contrário dos países prósperos, apostava em burocracia, inchaço da máquina pública, pesados impostos e corrupção moral e material.
Em 2001, comecei a aprender o que acredito ser a solução: Liberdade. Roberto Campos foi meu primeiro professor. Infelizmente, o conheci apenas pela notícia da sua derradeira hora. Entretanto, ler o grande professor me levou à outros mestres, principalmente Hayek e Mises.
Os anos imediatamente após foram solitários: a impressão era de que ninguém mais defendia as mesmas ideias. O tempo passou até que em 2008 ou 9 surgiram os primeiros institutos, organizações e grupos de estudos. O campo das ideias não parecia mais um deserto.
Imaginem minha alegria quando, lá pelos idos de 2010 e 11, li nas “paginas amarelas” de uma revista de grande circulação, a notícia de que um partido, com ideias semelhantes às minhas, estava sendo criado.
Acompanhei tudo com excitação e, neste meio tempo, atuei muito pelas ideias que acredito. Comecei a escrever, formar grupos de debates e o primeiro instituto liberal de SC, o IFL em 2016. Presidindo o instituto, realizamos os dois maiores fóruns de debate econômico e político de Santa Catarina.
O caminho era inevitável: defender a liberdade exigiria que entrasse na trincheira. Naquele momento, a trincheira do bom senso e da liberdade estava praticamente vazia. Me sinto honrado de fazer parte de uma primeira leva de liberais eleitos em 2016.
Mesmo assim, só viríamos a estar na mesma casa em 2019, quando ingressei formalmente no Partido Novo e iniciei minha jornada. Jornada que me lembro com alegria!
Como deputado estadual, formei uma equipe competente e conquistamos inúmeros recordes: fui o deputado mais econômico da história do nosso estado; combatei a corrupção e indiciei 26 pessoas poderosas na maior CPI já feita em SC; recuperei 400 milhões de reais que iriam para a vala do desperdício ou da corrupção; eliminei mais de 1000 licenças e alvarás desnecessários e aprovei outras 14 leis. Com um trabalho incansável, fui o parlamentar do Novo com mais aprovações no Brasil – todas objetivando diminuir o tamanho do braço estatal.
Na eleição, conquistei quase 87 mil votos – que sem eles, não teríamos hoje um deputado federal.
Entretanto, novos tempos chegaram, os líderes partidários mudaram e a parceria produtiva que tinha com o Diretório Estadual acabou.
Em 2023 fui convidado para ser candidato a prefeito de São José. Mesmo animado com o convite, deixei claro: só faria de forma responsável. Tenho um vida confortável, entretanto não sou um homem rico. Poderia ser candidato, mas não sou um grande empresário que pode sozinho, pagar as despesas de uma campanha.
Definimos como estratégia a evolução gradual: pedir apoios e em paralelo, crescer a presença na cidade e no debate político. O DE nunca aceitou/entendeu e exigia a estratégia do “vai e depois a gente vê”. É fácil defender isto quando quem vai para as ruas e no fim da campanha, herda as dívidas, não é você.
Recebi inúmeros convites para sair do Novo e ser candidato em outra casa. Recusei todos! Queria estar no Novo e talvez, ninguém teve que demonstrar tantas vezes essa convicção.
Infelizmente, ao invés de receber créditos por recusar os convites, fui alvo de desconfiança porque.. os recebi! Com isso, acordos foram rompidos e uma atitude cada vez mais hostil emergiu do DE.
Durmo tranquilo em companhia da verdade. Uma pessoa pode escolher suas opiniões, mas não pode escolher os fatos.
E os fatos são: minha convivência com o atual Diretório Estadual se tornou inviável.
Me sinto desrespeitado: fui atacado de maneira convarde e xingado de “retardado” quanto não estava presente (quem tiver interesse, pode conferir em gravações) e fui alvo de mentiras (nunca desmentidas) proferidas pelo Presidente Estadual.
Disse ele que “exigi 2 milhões de reais para ser candidato”. O que ele não contou é que NUNCA teve essa conversa comigo. Ela aconteceu entre ele e o ex-Presidente do DM que falou algo bem diferente: “o orçamento da campanha em São José era de 2 milhões de reais.”.
Saio do partido, mas levo comigo minhas antigas companheiras: as convicções.
Analisarei os convites que tenho e agora, aceitarei algum.
Se de alguma forma influenciei você a se filiar ao Novo: continue! O projeto é talvez, uma das mais belas iniciativa surgida no campo político nos últimos anos. A falha dos homens não descredibiliza as ideias.
Se de alguma forma influenciei sua candidatura: siga firme! O Novo possui um dos grupos mais bem intencionados e íntegros que já presenciei em qualquer lugar!
Agradeço ao Diretório Municipal de São José por todo empenho sincero: levarei apenas admiração. E, ao Nacional, por sempre acreditarem em mim.
O que me importa agora são as amizades. Espero preservá-las. No meu coração sempre estarão as amizades que criei. Em um lugar sólido, protegido e inabalável: junto com as mesmas convicções que me trouxeram até aqui.
Obrigado, até breve!