MDB está voltando para a 1ª Divisão na Capital
“É o momento de voltar o MDB para a 1ª Divisão e se preparar para chegar ao local onde deve estar”. A frase do presidente da Fundação Ulysses Guimarães (FUG-SC), deputado federal, Valdir Cobalchini, define muito bem o momento vivido pelo partido na Capital. Ele pontuou que o partido “foi rebaixado para a 2ª Divisão”, quando foi esvaziado pela saída do ex-prefeito Gean Loureiro, que migrou para o União Brasil. O partido, que já governou Florianópolis, ficou até sem representante na Câmara.
A análise do deputado foi feita durante ato realizado na noite desta segunda (18), no Lira Tênis Clube, quando 120 lideranças assinaram ficha no partido. O reforço traz nomes como o líder comunitário Luciano Chaplin Rodrigues entre outros. Mas, a principal liderança é sem dúvidas o secretário municipal de Infraestrutura, Rafael Hahne. Figura técnica do governo Topázio Neto ele ingressa no MDB sem compromisso de concorrer a vereador em 2024. Informa que seu papel é somar para o processo. Mas, dependendo do contexto no ano que vem, poderá aventurar nas urnas.
Aliás, essa ligação com o governo Topázio esteve muito clara também com a presença do prefeito e de seu staf no evento emedebista. Juras de amor foram recíprocas. “Tenho certeza de que o senhor será reeleito porque o senhor está fazendo um belo trabalho”, disse o vereador e presidente da Câmara, João Cobalchini que, apesar de ainda fazer parte do União Brasil em corpo, em alma já está no MDB, partido ao qual assina a ficha de filiação na próxima janela em março do ano que vem. Topázio conta com o MDB e em seu discurso deixou isso bem claro.
O evento teve a presença dos presidentes estadual, Carlos Chiodini e municipal, Fúlvio Rosar Neto, do ex-governador Paulo Afonso, deputados estaduais e demais lideranças emedebistas, lotando completamente o salão.
Três vereadores
O vereador e presidente da Câmara, João Cobalchini (UB) ficou emocionado no evento. Uma emoção com vários motivos. Entre eles, a presença do seu pai e principal espelho seu na vida política, Valdir Cobalchini. Mas, me parece, a emoção maior era ver o MDB ressurgir das cinzas. João foi o grande animador do evento. Está buscando lideranças e já tem agendada sua mudança partidária para o ano que vem. Quer fazer um MDB forte na Capital e buscar ao menos três cadeiras no futuro legislativo.
Essa busca pelo fortalecimento da sigla não para por aqui. Já há vários nomes mapeados para engrossar as fileiras. Entre eles, estão certos o vereador Marquinhos da Silva e o segundo suplente de vereador Rodrigo Cássio, ambos do PSC.
Pau na esquerda
Durante sua fala no evento do MDB da Capital nesta segunda (18), na presença de inúmeros vereadores de diversos partidos, o prefeito Topázio Neto fez questão de agradecer aos vereadores da sua base que segundo ele “deram um pau na esquerda” na sessão daquela tarde, ao fazerem a defesa do governo na guerra das narrativas no caso da propina da Floram.
Se faça justiça
Semana passada, o vereador Jeferson Backer (PSDB) usou a tribuna da Câmara para atacar aqueles que se aproveitaram da tragédia do reservatório da Casan para expor as imagens através de redes sociais, como abutres se aproveitando da desgraça alheia. Entre eles, o vereador citou, mesmo que indiretamente, o ex-vereador Tiago Silva, que, inclusive, até o ano passado fez parte do conselho da Aresc, que tem o papel de fiscalizar a Casan.
A crítica do vereador foi reproduzida por esse espaço. Como não tenho compromisso com o erro, quero fazer justiça com o ex-vereador Tiaguinho. Faltou-me a informação de que ele é o presidente da Associação Catarinense Pró consumidor, e estava no local justamente buscando informações para articular a defesa dos direitos dos moradores. Graças a esse trabalho o promotor da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, Wilson Paulo Mendonça Neto instaurou o inquérito civil público nº 06.2023.00003547-5 para apurar possíveis má prestação de serviço e danos aos consumidores no caso em questão.
Briga por espaços
Tiago Silva entende que ser alvo do vereador Jeferson Backer tem como pano de fundo uma natural e inadiável luta por espaços políticos, especialmente na comunidade do Maciço do Morro da Cruz. O ex-vereador será candidato a vereador em 2024 e vai disputar votos na base de Backer que, segundo Tiago, é tri suplente e nunca se elegeu. Os demais comentários de Thiaguinho sobre seu crítico são impublicáveis nesse espaço.
Ação preventiva
Dá série: “o que sempre teve na prefeitura de Florianópolis”: operação da polícia envolvendo casos de propina da construção civil; servidores da Floram, comissionados ou efetivo, envolvidos; empresários pagando para liberação de construção irregulares. Da série: “o que nunca teve na prefeitura de Florianópolis”: prefeito colocando a Polícia Civil dentro da prefeitura e com o objetivo de, através de um Núcleo Anticorrupção, se antecipar para evitar casos como o recente escândalo de propina envolvendo o servidor da Floram.
Bom lembrar que o atual prefeito também criou a Controladoria Geral do Município. Faço questão de registrar essa postura ética e correta do prefeito Topázio Neto. Corrupção no setor de liberação de licenças de construção infelizmente sempre teve na Capital, mas sua conduta precavida lhe blinda nesse lamentável episódio.
Ação preventiva (II)
É bom fazer o registro que o prefeito Topázio Neto, quando assumiu a prefeitura, já se preocupou em criar um Núcleo de Combate à Corrupção, abrindo a prefeitura para a Polícia Civil. Em dezembro de 2022 o convênio entre os dois órgãos foi firmado. No campo político, a oposição tenta faturar em cima do caso, mas não há como não citar a boa-fé do prefeito. “Nesse momento querer repassar a responsabilidade ao governo municipal é aproveitamento”, comenta o vereador Roberto Katumi (PSD).
CPI não vai rolar
Na Câmara, vereadores de oposição, especialmente da esquerda, tentam colar a culpa no prefeito Topázio Neto. Mas, o discurso não pega justamente pelo gesto de antecipação do prefeito ao trazer a Polícia Civil para dentro da prefeitura. Quanto ao pedido de abertura da CPI da Propina, a chance é zero de avançar. E vamos combinar, em pouco ajuda, visto que a investigação já está em andamento pela polícia. Não se pode deixar o caso virar palanque político. Já tivemos outros casos como Operação Mecanismo, Moeda Verde, Ave de Rapina, que se perderam no discurso político barato e pouca efetividade de punição dos responsáveis.
Clamamos por punição
“A punição dura e exemplar dos envolvidos é o mínimo que esperamos”. Essa fala da vereadora Manu Vieira (Novo) traduz muito bem o que este colunista pensa sobre o caso da propina. Nem vou citar o nome dos envolvidos, enquanto a investigação estiver em andamento. O servidor efetivo com Função Gratificada que foi filmado recebendo propina está preso. Outros dois servidores comissionados envolvidos estão sendo investigados. Um deles já não está mais na prefeitura. Estava no Detran e foi exonerado nesta semana. Que a Deic aprofunde as investigações e faça um belo trabalho. Em tempo: quem também merece punição é o construtor corruptor. Igualmente deveria estar preso.
Beira-mar de Barreiros
O prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) comemorou nesta tarde de terça-feira (19) mais uma vitória para São José. Foi aprovado na Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério da Economia, o financiamento de R$ 244 milhões para o “Programa de implantação da Avenida Beira-Mar de Barreiros”. O recurso será utilizado para a implantação da via, no limite com Florianópolis, no Rio Büchler, até a ligação com a BR-101, no Rio Três Henriques, em Barreiros.
A obra toda está orçada em R$ 509 milhões: R$ 244 milhões de São José e R$ 265 milhões de Florianópolis. A avenida terá 8,250 km. A parte da capital tem 4,5 km e a de São José 3,750 km. São estimados dois anos de construção.
O projeto prevê pistas de rolamento, passeios, ciclovias, área de lazer e bolsões de estacionamentos. A obra é considerada prioritária, visando aprimorar a mobilidade urbana e oferecer espaços de convivência para a população de São José e o desenvolvimento econômico e social da região.
Agora, falta a autorização pelo Senado e a formalização do contrato junto ao Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata – FONPLATA. O edital da obra em São José está pronto e que será lançado até o fim do ano, após a aprovação pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Carro da prefeitura
O caso da propina da Floram abafou um pouco outro caso de desvio de conduta de servidor da prefeitura da Capital que, como diria Bolsonaro, “agiu fora das quatro linhas”. Um servidor comissionado foi exonerado após ser flagrado pela polícia utilizando um automóvel (Ford Focus) da prefeitura para fazer transporte de bebida alcoólica. De acordo com o Boletim de Ocorrência por peculato, o caso foi registrado na madrugada do dia 8 de setembro, no acesso à ponte Pedro Ivo Campos.
Intrigou os policiais durante a ocorrência, o carro com suspensão muito rebaixada: “…com cargas/produtos visíveis por entre os bancos dos passageiros. Pelo horário e pelo jeito que as mercadorias estavam chamou a atenção da guarnição motivando assim a abordagem”, diz o BO.
Aos policiais o funcionário afirmou que “utilizava naquele momento o veículo da prefeitura para buscar uma carga de coquetéis alcoólicos que havia comprado e combinado com o vendedor de buscar em Joinville/SC. Disse ter nota fiscal de tais mercadorias, inclusive apresentou-a em PDF, nota fiscal essa totalizando 500 unidades de coquetéis alcoólicos em garrafas pet de 1 litro cada. Salienta-se que na contagem das mercadorias foram 497 frascos, pois 3 unidades, conforme o autor, este doou para os ajudantes do carregamento”, diz o registro na Delegacia.
Vereador lamentou
Este colunista entrou em contato com o vereador Adrianinho (Republicanos) que confirmou que indicou o servidor que usou o carro da prefeitura para transporte de mercadorias. Ele disse que conhece a família e o indicado há cerca de dois anos e lamentou o caso. “A gente dá oportunidades para as pessoas, mas, infelizmente acontece isso”, comentou. “Isso foi uma triste novidade para família, que é uma família humilde”, completou o vereador, salientando que não sabia e nem imaginava essas atividades suspeitas do indicado. Ele atuava no Cerimonial da prefeitura e, muitas vezes, quando os eventos encerravam em horários noturnos, ele ficava com o veículo, momento em que ocorreu o fato. Ele estava no cargo desde 11 de janeiro deste ano e foi exonerado dia 12 de setembro, alguns dias após o ocorrido. Como tinha a nota fiscal da mercadoria, não responderá por contrabando, mas por peculato por usar o bem público em desvio de função.
MANDOU MAL
MANDOU BEM
Diga-se o prefeito topázio faz um ótimo trabalho frente governo municipal este me representa tem meu apoio topázio 2024.
Não é um crápula de um funcionário podre quê vai estragar outras laranjas.