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Megaoperação contra lavagem de dinheiro atinge alvos em Florianópolis

Operação Turrim Lavare mira esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado no RS e SC e prevê a indisponibilidade de R$ 2 milhões em ativos além do bloqueio de mais R$ 170 milhões. Em Florianópolis ocorrem o cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão

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Foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (16) a Operação Turrim Lavare realizada numa ação conjunta entre a polícia civil do Rio Grande do Sul, através da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD/DENARC); Ministério da Justiça e Polícia Civil de Santa Catarina. Em Santa Catarina 8 cautelares, são duas prisões, uma em Vargem Bonita e uma em Florianópolis e seis mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos na manhã desta quinta. Até o momento a operação resultou em 49 presos.

As medidas cautelares estão sendo cumpridas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, foram deferidas 209 medidas cautelares pela Vara Estadual de Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro, após um ano de investigação, sendo: 68 prisões preventivas, 74 bloqueios de contas bancárias, 6 sequestros de imóveis (dois deles localizados em Santa Catarina), 20 veículos com ordem de indisponibilidade via RENAJUD, além de 4 automóveis com mandado de busca e apreensão/sequestro. A indisponibilidade de ativos pode chegar a R$ 2.000.000,00.

Foram autorizadas judicialmente também 37 ordens de busca e apreensão em residências, distribuídas em 19 municípios de dois estados: no Rio Grande do Sul, as ações alcançam as cidades de Novo Hamburgo (5), Campo Bom (2), Três Coroas, Lajeado, Gravataí, Alvorada, Capão Novo, Tramandaí, Novos Cabrais, Porto Alegre (bairro Lomba do Pinheiro), Torres (6), Esteio (3), Canoas (3), São Leopoldo (3), Sapucaia do Sul, Portão (2) e Montenegro; em Santa Catarina, as diligências ocorrem em Florianópolis bairro Carianos (2 mandados de busca e uma preventiva) e Cachoeira do Bom Jesus, e na cidade de Vargem Bonita no oeste catarinense.

Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de valores de até R$ 120.326.000,00, como medida destinada à descapitalização do grupo criminoso investigado. A ação é coordenada pelos Delegados Adriano Nonnenmacher e Rafael Delvalhas Liedtke (DRLD/Denarc).

Conforme os delegados, que presidem o Inquérito Policial, o modus operandi da Organização Criminosa era a lavagem de capitais no sistema financeiro, bem como inserção de ativos ilícitos na economia formal através da compra de veículos e imóveis.

As movimentações no sistema bancário eram mediante dissimulações estruturadas, pulverizações, smurfings, fracionamentos, triangulações, uso de contas de idosos, contas de passagem (depósitos e saques rápidos), uso de casas lotéricas.

Os valores espúrios circulavam entre os líderes, gerentes, operadores de outras cidades (ligados diretamente ao narcotráfico) e demais laranjas, chamando a atenção o recrutamento de vários indivíduos com antecedentes graves como tráfico, homicídios e roubos para a pulverização em diversas contas mediante valores baixos, estes conectados a gerentes e líderes, em sucessivas transações, mas que no montante eram valores milionários, demonstrando a expertise para evitar detecções dos órgãos fiscalizadores.

Segundo a polícia, além dos líderes regionais e comparsas moradores do litoral gaúcho, foi decretada a prisão preventiva de um grande líder estadual de Organização  Criminosa de âmbito estadual (RS), preso recentemente fora do país por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Ainda, foi comprovada nas provas financeiras a conexão entre o litoral e uma camada importante de operadores ligados a líderes estaduais da grande Porto Alegre, indicando a forte capilaridade da organização entre as regiões gaúchas.

Na fase 1 da Operação Turrim, deflagrada no ano de 2023, já tinham sido decretados 65 mandados de prisão em desfavor de criminosos gaúchos e catarinenses naquela oportunidade, apreendidas mais de 30 armas de fogo (tanto em Santa Catarina como no Rio Grande do Sul) e drogas, bem como comprovada a ligação da quadrilha com homicídios no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de ameaças a autoridades policiais, com prisão preventiva de empresários, comerciantes e advogado.

De acordo com os Delegados Adriano Nonnenmacher e Rafael Liedtke, a operação TURRIM LAVARE, portanto, tem como objetivo descapitalizar e propiciar a responsabilização criminal de integrantes de uma organização voltada à lavagem de dinheiro oriundas do narcotráfico.

Conforme o Delegado Alencar Carraro, diretor de investigações, esta segunda fase da operação é importante na medida em que atinge a alta cúpula do narcotráfico gaúcho mediante provas robustas após um ano de análises e diligências.

Armas, drogas e objetos apreendidos

O Delegado Carlos H. B. Wendt, diretor-geral, destaca tratar-se de mais uma ação exitosa da Polícia Civil/DENARC, visando atingir organizações com grande poderio financeiro e seus distribuidores de drogas em escala estadual, salientando que, nos últimos anos,  os principais líderes das organizações criminosas voltadas ao tráfico foram indiciados ou presos pelo DENARC/PC/RS, além da descapitalização de cerca de R$ 130 milhões de reais até o momento.

A ação é resultado da atuação específica da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através do DENARC/DRLD, com apoio operacional de outras unidades da instituição, Polícia Civil de Santa Catarina e do Ministério da Justiça, através da Secretaria de Operações Integradas/DIOPI.

Por fim, destaca-se que a ação contou com o apoio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI/Senasp) por meio do Projeto IMPULSE, iniciativa vinculada ao Programa ENFOC que visa fomentar operações integradas voltadas ao enfrentamento e à descapitalização de organizações criminosas.

Segundo o diretor de Operações Integradas e de Inteligência, Rodney da Silva, a iniciativa reforça o compromisso da Secretaria Nacional de Segurança Pública em promover a integração entre as polícias judiciárias e fortalecer a capacidade investigativa dos estados no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas

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