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Musculatura partidária de Jorginho em ação final de semana; Carol só cresce e outras notas

Quatro eventos neste final de semana envolvendo Republicanos, MDB e PL dão uma dimensão da máquina partidária que terá Jorginho em 2026. Veja também que as manobras para tirar Carol de Toni da chapa ao Senado só tornam sua pré-candidatura maior entre outras notas

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Uma prévia da musculatura política do projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL) será dada neste final de semana. Quatro eventos de mobilização política dos principais partidos (PL, Republicanos e MDB) darão a dimensão do tamanho da força do bloco.

As movimentações iniciam na noite desta sexta-feira (24), quando o Republicanos recebe seu presidente nacional, o deputado federal Marcos Pereira em ato de filiações no auditório Antonieta de Barros, na Alesc, a partir das 19 horas.

É claro que o governador estará presentes e vai acompanhar a filiação de diversas lideranças como Carmen Zanotto, prefeita de Lages; Salmir da Silva, prefeito de Biguaçu; Maria Regina Soar, vice-prefeita de Blumenau; Jonas Luiz de Lima, vice-prefeito de Indaial; Suelen Geremia, vice-prefeita de Porto União; Diego Bairros, vereador e presidente da câmara de Joaçaba, entre outros. É a segunda ação de adesão de lideranças fortalecendo o partido que se tornou um braço do PL no Estado.

Já na manhã deste sábado (25) o MDB realiza no Expocentro de Balneário Camboriú, a partir das 9h, um grande encontro que marcará a apresentação dos pré-candidatos do partido à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. O encontro também faz parte das comemorações pelos 60 anos do partido.

Será um dos maiores encontros partidários do ano. A expectativa é reunir mais de quatro mil participantes, entre lideranças regionais e nacionais. São esperados grandes nomes, como o ex-presidente Michel Temer; o presidente nacional da sigla, deputado federal Baleia Rossi; o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; e o líder do MDB na Câmara Federal, Isnaldo Bulhões. Com mais de 180 mil filiados, o MDB catarinense reúne 70 prefeitos, 59 vices e 741 vereadores.

Pra fechar, o PL realiza duas mobilizações. A primeira é o Rota 22, na noite desta sexta-feira (24), a partir das 19h22min, no Favorita Hotel Golden, em São José. No mesmo local, neste sábado (25), os liberais realizam nova ação de fortalecimento partidário, com o lançamento do segmento “PL 60+” valorizando a participação na política do público dessa idade.

Estrutura partidária conta

A força de estrutura partidária pode até não ser o fator principal para ganhar eleições, mas contribui em muito. Que o diga o ex-deputado federal, Paulo Bornhausen que em 2014 disputou uma vaga ao Senado por Santa Catarina. À época pelo PSB, Paulinho era o grande favorito antes da campanha começar. Liderava em todos os cenários. Seu problema é que tinha uma campanha antes da eleição.

Quando a corrida de fato começou viu seu favoritismo ser esmagado pelo principal adversário, o ex-prefeito da Capital, Dário Berger (MDB). Dário Só crescia nas pesquisas e Paulinho só caia.

Ainda durante a corrida o diagnóstico foi identificado: falta de estrutura partidária. Paulinho estava em um partido minúsculo e em uma coligação que não ajudava muito. Dário estava no MDB, único partido que tem diretório em todos os municípios catarinenses. Paulinho era recebido nos municípios por meia dúzia de gatos pingados. Dário era recebido por multidões de emedebistas fanáticos. Até nos municípios mais pequenos Dário tinha torcida.

Não deu outra. Dário foi eleito com 42,82% dos votos contra 38,38% de Paulinho. Mesmo a grana que torrou não fez Paulinho ter gente de peso com voto ao seu lado. Sua campanha custou três vezes mais: R$ 6,1 milhões, contra apenas R$ 2 milhões de Berger.

O exemplo mostra que força partidária dá resultado em eleição sim. Não à toa Jorginho está com uma campanha bem encaminhada em 2026, pois já construiu um arco de apoios partidários fortíssimo.

O vice

O encontro do MDB de Balneário Camboriú nesse sábado (25) será uma grande manifestação de força do partido e de ratificação de sua posição de apoio à reeleição de Jorginho Mello. A recente declaração do governador reafirmando que o MDB indicará seu vice na chapa de 2026 incendiou os manda brasa. Caravanas de todo Estado partem em direção ao litoral. De Caçador, uma das principais bases do deputado federal Valdir Cobalchini sai um ônibus lotado de emedebistas. Aliás, Cobalchini, que é vice-presidente do MDB, defende o nome do presidente, Carlos Chiodini, como nome ideal para compor na chapa com Jorginho.

Jorginho e Carlos Chiodini (MDB)

Carlos Bolsonaro afunda barco

 “A água que afunda um barco não é a que está em volta dele, mas a que entra nele”.  Vai chegar um momento, não sei quando, que o governador Jorginho vai ter que largar a mão de Bolsonaro, ao menos em relação a essa ideia estapafúrdia de empurrar goela abaixo a candidatura do filho Carlos Bolsonaro ao Senado por SC. É uma ideia sem pé nem cabeça que pode até complicar a reeleição de Jorginho. Os bolsonaristas de carteirinha é claro que curtem a ideia e apoiam. Mas, o que pensa a esmagadora maioria de outros campos políticos?

Carol só cresce

Essa imposição do nome de Carlos Bolsonaro só está conseguindo fortalecer ainda mais o nome de Carol De Toni (PL). Se para Bolsonaro, Carlos é inegociável na chapa ao Senado e para Jorginho, Esperidião Amin é inegociável na chapa, como fica a principal liderança do PL no Estado abaixo do governador? Eu falo como fica: fica muito mais fortalecida.

Cada dia ela está mais vítima das manobras políticas dessa chapa Clube do Bolinha. Acredito até que Carol já lidera em intensões para o primeiro voto ao Senado e leva muito do segundo voto. Quanto mais escalonar a ausência de uma mulher na disputa, mais Carol cresce. E, esse sentimento já está cristalizado. Quanto mais lhe tentam puxar o tapete, mas Carol se consolida. Hoje ela é competitiva por qualquer partido.

Carol de Toni, deputada federal e pré-candidata ao Senado

O 2º voto é o antídoto ao forasteiro

Pesquisas internas dos partidos mostram que o jogo começa virar contra Carlos Bolsonaro a partir do maior grau de conhecimento do eleitor sobre seu projeto ao Senado por SC atropelando os políticos de fato catarinenses. A tendência é de que Carlos fique apenas com o primeiro voto de quem é fiel ao bolsonarismo. E isso pode não lhe dar eleição. A armadilha do segundo voto pode derrubar seu projeto. Não vejo eleitores de Amin, Carol ou dois demais candidatos, dando o segundo voto para Carlos, uma vez que este lhes tirou espaços e invadiu a sua praia. É antilógico esse projeto!

Não sabem ler

O semblante do governador Jorginho Mello (PL) em vídeo gravado após reunião com o ex-presidente Bolsonaro, nesta semana, foi lido por muitos como indício de que a reunião não foi boa, foi negativa. Acredito que quem leu dessa forma pouco entende de política.

Vou me apoiar em um aprendizado que tive há alguns anos com o professor e grande estudioso político, Adélcio Machado dos Santos, que por anos foi advogado do MDB. Certa vez comentávamos sobre uma reunião de lideranças com o ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Adélcio, atento aos detalhes, me fez a seguinte análise: quando ao fim da reunião os políticos fazem fotos sorrindo e dão declarações carinhosas é porque não se foi decidido nada no encontro. Quando eles saem com caras de poucos amigos e mais fechados é o sinal de que a reunião foi positiva e realmente foi decidido sobre algo.

Jorginho foi a Brasília para decidir algo. Pelo seu semblante, decidiu ou ao menos fortaleceu as convicções para saber como decidir mais lá na frente.

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