Por meio de dados obtidos a partir de Pedidos de Informação encaminhados à Secretaria de Estado da Educação, o gabinete do deputado estadual Mário Motta (PSD) realizou levantamento que aponta um cenário preocupante: das 1.049 escolas públicas estaduais de Santa Catarina levantadas, apenas 44 estão regulares, ou seja, têm todas as licenças e alvarás. Na Grande Florianópolis, somente três escolas apresentam todas as documentações para o funcionamento.
Acesse este link para entrar no meu grupo do WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/GOzj1xWxzzHJnFvbDp8DyH
Das 129 unidades levantadas, apenas 13 (10,1%) contam com alvará sanitário e 14 escolas (10,8%) obtiveram o habite-se junto aos Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Na região, apenas três escolas – ou 2,3% – apresentam status “regular”, a EEB Ângelo Cascaes Tancredo e a EEB Prof.ª. Maria do Carmo de Souza, situadas na Palhoça, e a EEB Cruz e Souza, de Tijucas. Como agravante, a região tem ainda 25 estruturas de ensino do Estado (19,4%) que sequer estão em processo de regularização junto aos órgãos competentes. Por fim, as demais 101 unidades (78,3%) encontram-se na fase “em regularização”.
Na Grande Florianópolis, o levantamento considerou os municípios de Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Canelinha, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José, São Pedro de Alcântara e Tijucas.
Situação em SC
Toda edificação, seja ela pública ou privada, precisa atender a exigências administrativas que resultam na obtenção de alvarás, licenças, entre outras documentações. Esses procedimentos, que se estendem também às escolas, têm como objetivo garantir a segurança e o bem-estar da comunidade que utiliza estas estruturas.
Os dados que embasaram o levantamento do deputado Mário Motta foram obtidos a partir de Pedidos de Informação encaminhados à Secretaria de Estado da Educação. O primeiro levantamento foi realizado em agosto de 2023, quando a situação era ainda mais preocupante do que a atual. À época, das 1.060 escolas levantadas, somente 17 estavam totalmente regulares, ou seja, 1,6%.
Mais recentemente, em julho de 2024, o gabinete realizou mais um Pedido de Informação e elaborou-se um novo diagnóstico. Do total de 1.049 escolas públicas estaduais levantadas, 44 têm todas as documentações do Corpo de Bombeiros, Vigilâncias Sanitárias e Prefeituras; 927 escolas estão em regularização (possuem apenas parte da documentação exigida); e 78 estão totalmente irregulares (não possuem nenhuma das documentações).
No período de um ano, houve uma tímida melhora na situação das unidades, passando de 1,6% para 4,2% o índice das escolas com status “regular”, o número de escolas classificadas como irregulares reduziu de 149 para 78, e as “em regularização” eram 894 em 2023 e agora são 927 unidades.
Passados praticamente 12 meses de acompanhamento do problema, é evidente uma melhora no cenário, mas a realidade permanece muito preocupante, principalmente ao analisar as documentações de forma isolada. Referente ao alvará sanitário, apenas 40,9% das escolas estaduais levantadas estão em situação regular. Ou seja, há ainda 619 unidades de ensino estadual com pendências junto à Vigilância Sanitária.
Com relação ao habite-se emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, documento que certifica que as soluções projetadas de prevenção de incêndio foram inteiramente implementadas, apenas 140 escolas estão com status regular, o equivalente a 13,3%, de um total de 1.049 levantadas.
“O mandato continuará acompanhando e cobrando a SED para que, no menor tempo possível, os índices desejados sejam alcançados. Isso passa, inclusive, pela entrega dos projetos de regularização já contratados, mas que estão há anos atrasados. Estamos estudando também a implementação de mais um programa pelo mandato, que visa colaborar com a Secretaria no controle de vigência das licenças já obtidas. Esperamos em breve poder anunciar mais esta ação do gabinete”, ressalta o deputado Mário Motta.