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Os extremismos podem tirar a Universidade da PRF de Floripa; MDB não sabe fazer oposição e outras notas

Lideranças empresariais e políticas do Norte da Ilha estão preocupadas com a possível transferência da Universidade da PRF de Floripa para Brasília; MDB se humilha para Jorginho Mello; Repórter Sérgio Guimarães e Marquito presidem comissões e outras notas

Universidade da PRF

O vereador Diácomo Ricardo (PSD) externou nesta semana sua preocupação, que na verdade é de todas as forças políticas e empresariais ligadas ao Norte da Ilha, com a informação de que o presidente Lula pretende transferir a Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal (UniPRF) de Florianópolis para Brasília. Várias lideranças têm mostrado essa preocupação nos últimos dias, especialmente pelo reflexo da decisão no meio econômico, especialmente em função do que pessoas ligadas ao órgão movimentam no comércio e serviços e aluguéis de imóveis na região. “Tomara que essa decisão não seja confronto, porque aqui ele (Lula), não alcançou a vitória”, desabafou o vereador.

Extremismo

A verdade é que caso o ainda boato se confirme e a Academia da PRF seja de fato transferida para Brasília, o responsável é um só: o extremismo político. Foi em seu nome que um órgão de Estado, no caso a PRF, foi apropriado na gestão Bolsonaro para atender os interesses políticos. Quem não lembra das ações políticas de Silvinei Vasques, diretor-geral, que inclusive é catarinense. Ainda é vivo na memória dos catarinenses o papel ridículo da PRF, fazendo corpo mole, enquanto vândalos e extremistas políticos de direita fechavam nossas rodovias e impediam o direito de ir e vir, só porque não concordaram com o resultado da eleição passada. Não só em SC, mas em todo o País. A PRF é um dos órgãos que mais foi aparelhado pelo bolsonarismo e isso se repetiu em todo o Brasil.

Extremismo (II)

Igualmente o extremismo poderá ser o responsável caso o presidente Lula decida realmente transferir a sede da Universidade para Brasília por pura retaliação pelo que se deu no passado. É igualmente extremismo político uma ação nesse sentido, penalizando o órgão que é de Estado, pelo que seus dirigentes fizeram no governo Bolsonaro. Não é com mais extremismo que se combate o extremismo. O próprio presidente já falou que no seu governo órgãos do povo Brasileiro como Polícia Federal e PRF não terão interferência e poderão fazer seu trabalho. Que cumpra sua palavra e não seja um Bolsonaro da esquerda.

E as justificativas?

É claro que se o extremismo, sequer seja o pano de fundo de uma eventual transferência da unidade, e sim fins justificáveis sob o aspecto administrativo, o presidente Lula tem todo o direito de o fazer. Inicialmente argumenta-se que a sede na Capital Catarinense é alugada, enquanto em Brasília a sede será própria. Também existe um debate sobre as formas de instruções dos acadêmicos, com práticas nada convencionais. Quem não lembra da ação em 2022 que causou morte de Genivaldo de Jesus Santos, sufocado por policiais rodoviários com o uso de gás lacrimogêneo em uma viatura. Vídeo de instrutor ensinado essa prática viralizou à época.

Enfim, o risco da transferência da universidade para a Capital federal é real, mas se ocorrer, que seja com justificativas administrativas e não por puro contra ataque extremista.

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A velha Arena

Caminha a passos largos no plano nacional a criação da Federação PP/União Brasil. Concretizada, quer dizer que os partidos se unem nacionalmente em todas as suas faces, inclusive votações nos parlamentos. Será como se fossem um só partido. No Estado, a nova federação disputaria com o MDB o espaço como maior partido. Esperidião Amin (cotado para presidir aqui em SC) sentar-se-ia na mesma mesa com Gean Loureiro, antes adversário político. É a velha Arena juntando os cacos e tentado se reconstruir para ter alguma significância, depois da Bomba H, chamada Bolsonarismo que varreu a direita e centro direita da política nacional.

Áreas de risco

O Promotor de Justiça Daniel Paladino está inquirindo a prefeitura de Florianópolis a respeito do mapa com possíveis áreas de risco de deslizamentos. A tragédia de São Sebastião no litoral paulista acendeu a luz de alerta aqui também. Nesta mesma provocação, o vereador Afrânio Boppré (PSOL), aproveita o debate em torno da revisão do Plano Diretor da Capital para fazer um alerta para um item no relatório. Nele, a administração municipal permite construções em áreas de risco e em áreas de declives “desde que existam soluções de engenharia” para permiti-las. “Se isso for mantido, amanhã o desastre vai ser aqui”, alerta o vereador.

Ganhando força

O deputado estadual Sérgio Guimarães (UB) foi eleito presidente da Comissão de Proteção Civil. O parlamentar assumiu também a vice-presidência da Comissão de Saúde.

Em seus perfis das redes sociais, o Repórter Sérgio Guimarães construiu uma legião de seguidores por trabalhar no enfrentamento de questões sociais. Nos desastres ambientais ou quando o assunto é falta de leito em hospital ou cirurgias, lá está o deputado dando voz às pessoas que mais precisam. Atualmente, o deputado tem meio milhão de seguidores. Mais do que possui o governador do estado, por exemplo. Agora, fazendo parte das duas comissões, promete ser ainda mais incisivo na cobrança pela solução de problemas comuns a todos os catarinenses.

MDB não sabe ser oposição

As urnas deram ao MDB em Santa Catarina o maior presente que o partido recebeu desde que governou o Estado com o ex-governador Luiz Henrique da Silveira naquela vitória épica contra o ex-governador Esperidião Amin (PP), à época franco favorito. E sabe qual é o presente neste atual contexto da política estadual: a oposição. O problema é que o ex-velho MDB de guerra não sabe fazer oposição.

As urnas deixaram bem claro: ‘não queremos que vocês governem o Estado, acordem, façam uma autorreflexão, se reciclem e tentem de novo daqui quatro anos, com uma proposta nova’. As urnas disseram aos emedebistas: ‘vocês estão participando como apêndices de governos desde o primeiro governo do Colombo, chega, vão pra casa, se reconstruam como partido’.

Mas, o que o MDB faz? Vai lá se humilhar para o governador Jorginho Mello (PL). Muito no contragosto o governador deu uma secretaria ao partido, e só. Nem sua equipe o secretário poderá nomear. Humilhação maior se sujeita o presidente, Carlos Chiodini, que está “tentando” outra secretaria. Analisem, Chiodini é deputado federal de segundo mandato, presidente do maior partido do Estado com quase 100 prefeitos e está disputando a Secretaria de Portos e provável que perca para o político aposentado Beto Martins, de Imbituba, que era o terceiro suplente de Jorginho quando este se elegeu senador.

Jorginho não precisa do MDB

Jorginho não vai precisar do MDB para se reeleger daqui quatro anos. Diferente de Moisés que se elegeu na onda Bolsonaro e depois virou a casaca, Jorginho é político experiente e já deu sinais, inclusive com nomeações, que vai manter a turma de extrema-direita bem ao seu lado, inclusive governando com ele. Jorginho vai fazer um belo planejamento e aliciamento de lideranças nos municípios e vai fazer seu PL crescer nas eleições municipais. Daqui três anos Jorginho vai ter o seu PL bem fortalecido, a extrema-direita ao lado e partidos de direita também. Ele sabe que o MDB é uma bagunça e por mais que dê 50% do governo agora, na pré-campanha da sua reeleição o partido vai discutir se lança candidatura própria ou lhe apoia. Então, simplesmente, não vai perder esse tempo e está construindo seu próprio arco de apoio político.

Centro

Enquanto o MDB se ilude com o governo Jorginho, a política estadual está com uma avenida no centro para ser ocupada e o partido é o único com esse perfil para correr nessa avenida. Mas não o faz, por falta de coragem, de estratégia e de pequenez de suas lideranças.

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Marquito

O deputado Marquito (PSOL) assumiu nesta semana a presidência da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). O parlamentar foi escolhido por unanimidade e terá um mandato de dois anos. Essa é a primeira vez que um ambientalista ocupa o cargo. “Preciso expressar minha imensa alegria em presidir essa comissão. Vou entregar todo o meu empenho e toda minha paixão para esse trabalho”, disse o parlamentar, em sua primeira fala. Marquito tem uma longa história de defesa do meio ambiente, inclusive com ações quando foi vereador em Florianópolis.

Legenda: Marquito com muda de Palmeira Juçara, conhecida como o açaí da Mata Atlântica – Fotos: Carol Morgan/Divulgação

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