É estratégico: quando termina uma eleição, já se passa a planejar a próxima. Dentro dessa máxima, nesse clima de ressaca pós-eleições municipais, este INFORME FLORIPA divulga os números revelados pela pesquisa do Instituto de Pesquisa Catarinense (IPC), de Criciúma, que ouviu os florianopolitanos sobre suas preferências políticas.
Esta é a primeira pesquisa divulgada depois das eleições municipais e justamente no momento em que se começa a ser desenhada a próxima eleição de 2026, quando serão renovados os mandatos de deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente.
A pesquisa IPC ao qual o INFORME FLORIPA teve acesso foi feita em um período de campo nos dias 6, 7 e 8 de novembro, com um total de 800 entrevistas realizadas de forma presencial, (nas residências das pessoas) em todos os bairros e regiões da Capital Catarinense. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
O IPC é um dos institutos com maior credibilidade em Santa Catarina. O instituto é conhecido pela alta acertabilidade de suas pesquisas eleitorais, como ocorreu neste ano em vários municípios, como por exemplo, em Criciúma.
AVALIAÇÃO DE GOVERNOS: TOPÁZIO, JORGINHO E LULA
Na pesquisa, os entrevistados foram questionados sobre a avaliação do governo Topázio Neto (PSD). Num cenário onde o prefeito acabou de ser reeleito em primeiro turno, com uma esmagadora votação, o que se espera é que seus números sejam positivos e são.
Para 14,6% dos entrevistados o governo Topázio é Ótimo. Outros 50,6% entendem que o governo é Bom; 25,3% o vêem como Regular e apenas 4% classifica o governo como Péssimo e outros 2% respondeu que Não Sabe.
Os números apontam para uma avaliação positiva de 65,3% contra cerca de 7% de negativa.
GRÁFICO – VEJA OS NÚMEROS DO GOVERNO TOPÁZIO
Já quanto ao governador Jorginho Mello (PL), a avaliação geral também é positiva. Dos entrevistados, 5,5% o classificam como ótimo e outros 40,2% vêem o governo como Bom. Já 35,7% entendem que o governo é Regular e apenas 5% o intitulam Ruim, somoados a 9,2% que ponderam que o governo é Péssimo. Outros 4,5% não souberam responder.
Resumidamente, o governo Jorginho é visto positivamente por mais de 45% dos entrevistados e negativamente por pouco mais de 14%.
GRÁFICO – VEJA OS NÚMEROS DO GOVERNO JORGINHO
O Instituto IPC também questionou aos moradores de Florianópolis sobre o Governo Lula. À esse questionamento, 5% apontaram o governo como Ótimo e 20,1% o classificaram como Bom. Um total de 29,8% entende que o governo Lula é Regular e 12,2% o classificou como Ruim. A esmagadora maioria, 32,8% entendeu que o governo Lula é Péssimo e apenas 0,3% dos entrevistados não soube responder.
No balanço entre respostas positivas e negativas, 25% têm uma imagem positiva do governo federal atual e 44,9% têm uma imagem negativa.
Ainda sobre o governo Federal o Instituto quis fazer um comparativo entre o cenário político nacional e a eleição de 2022. Dos entrevistados, 45,9% disseram que votaram em Bolsonaro na eleição passada e outros 35,2% disseram que votaram em Lula. Questionados se a eleição fosse hoje, em quem eles votariam, 46,9% disseram que votariam novamente em Bolsonaro e 37% votariam em Lula. Os dados mostram um cenário estável em percepção de voto no cenário nacional.
GRÁFICO – VEJA OS NÚMEROS DO GOVERNO LULA
MOBILIDADE URBANA, SAÚDE E CRIMINALIDADE: NOSSOS MAIORES PROBLEMAS
A amostra de opinião realizada pela IPC também quis saber quais são as principais dores dos moradores da Capital nos dias atuais. Esse é um questionamento onde geralmente a questão da saúde predomina. Mas, em Florianópolis os temas de segurança pública e trânsito cresceram muito nos últimos anos e mudaram o cenário de preocupação dos moradores.
Sobre esse questionamento, 24,6% apontou que Mobilidade Urbana é o maior desafio enfrentado por Florianópolis nos dias atuais. O tema é seguido por Trânsito (que de certa forma também se enquadra no primeiro quesito) com 23,3%. Em terceiro lugar vem Saúde, com 18,9%, seguido de Criminalidade/Segurança Pública com 9,9%. Já 7,4% responderam com Saneamento Básico e 4,2% citaram Transporte Público. Um total de 4% apontou Infraestrutura como o maior problema atual e 3,7% disse Educação. Na sequência, 3,5% disse que Moradores de Rua são o maior problema; 2,7 disse que Nada (ou seja, na opinião deles Floripa não tem problemas) e 1,5% citou Custo de Vida, mesmo percentual que apontou Asfaltos e Pavimentação. Os demais apontamentos estão abaixo de 1% de citações.
GEAN E PEDRÃO LIDERAM PREFERÊNCIAS PARA DEPUTADO ESTADUAL E FEDERAL, RESPECTIVAMENTE
A pesquisa IPC também quis desenhar um cenário da disputa de 2026 para os cargos de deputado estadual e federal. Percebeu-se que políticos que disputaram a eleição deste ano ou com mandatos recentes estão mais frescos na cabeça do eleitor e por isso são mais lembrados. Assim, para deputado estadual o ex-prefeito Gean Loureiro lidera as intenções de voto e para deputado federal a preferência é por Pedrão (PP).
De acordo com a amostra do IPC, 30,8% dos entrevistados disse que se a eleição fosse hoje votariam no ex-prefeito Gean Loureiro. Sempre bom lembrar que o ex-prefeito deixou a prefeitura há apenas dois anos e por isso suas realizações ainda estão vivas na mente das pessoas.
Em segundo lugar o mais lembrado foi o deputado estadual, Marquito (PSOL), que acabou de disputar a prefeitura da Capital, quando ficou na segunda colocação. Também pontuou Ana Campagnolo (PL) com 8,4%; o deputado estadual, Sérgio Motta (REP) com 7% e Lela (5,5%) que acabou de disputar a prefeitura da Capital pelo PT. Esses foram os cinco mais lembrados.
Já para deputado federal disparado o mais lembrado entre os entrevistados é o ex-vereador Pedrão (PP), que disputou a eleição municipal concorrendo a prefeito da Capital. Ele conta com 34,2% de intenções de voto entre os entrevistados. A avaliação é que Pedrão saiu muito bem da disputa. Concorreu com chapa pura do PP e conquistou 19.640 votos, ocupando a terceira colocação.
Em seguida vem o vereador Gemada do PL com 7,2%, seguido de Bruno Souza (PL) com 5,2%; Júlio Garcia (PSD) com 4,7% e, fechando os cinco mais lembrados, Carla Ayres com 4%, entre outros citados.
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