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Prefeitura renova e amplia convênio com Cavalaria no resgate de cavalos abandonados

PM assume novas atribuições na logística de remoção e transporte do animal, bem como no fornecimento do abrigo e atendimento veterinário; mais secretarias passam a participar do trabalho

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A Prefeitura de São José renovou por mais cinco anos a parceria com a Cavalaria da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). O convênio tem como objetivo zelar pela vida dos cavalos soltos em vias públicas e também da própria população, evitando acidentes de trânsito.

Com a assinatura do novo convênio, mais secretarias foram incorporadas no trabalho. A Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável continua atendendo as denúncias de animais soltos, emitindo guias de recolhimento e fica responsável pelo processo de adoção dos cavalos e na atualização dos registros de todos os animais recolhidos.

A Secretaria de Segurança deixa à disposição a Guarda Municipal para auxiliar no resgates, receber os registros de trânsito e instaurar processos administrativos. Caso o animal apresente maus-tratos, a Secretaria de Saúde, por meio da Diretoria de Bem Estar Animal, encaminhará um laudo que permitirá à PMSC o resgate do animal.

A PM assumiu mais atribuições na parceria. Agora ficam responsáveis por recolher os animais soltos em via pública, pelo transporte, abrigo, atendimento clínico e exames. Além disso, o convênio informa que o órgão tem capacidade para comportar até 20 equinos.

ETAPAS

Quando o animal é recolhido solto em via pública, ele é levado para o pique da Cavalaria da Polícia Militar, localizado  na Rua Emídio Francisco da Silva, s/nº – que fica no bairro Barreiros. Lá o animal ficará em isolamento por alguns dias, até que os exames identificam negativo para doenças infecciosas, depois são soltos junto com os demais.

Após aproximadamente 60 dias, contando com a data do resgate,  tendo recebido tratamento clínico e alimentação adequada, o tutor pode requerer a tutela do equino, desde que não apresente sinais de maus-tratos. No entanto, o animal será microchipado, para que a história não se repita. O tutor deverá arcar com todos os custos, desde alimentação, remédios, transporte e etc.

Caso o animal apresente sinais de maus-tratos ou o tutor não venha buscá-lo, a próxima etapa é garantir um lar adequado. Os interessados na adoção podem se dirigir a Fundação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que por sua vez, vai analisar se o candidato à adoção tem condições para manter o animal saudável, com espaço e alimentação correta.

ADOÇÃO CONSCIENTE

Muitos dos cavalos resgatados apresentam precariedade na saúde, como foi o caso da égua idosa apelidada carinhosamente de “Pretinha”. A história de Pretinha não é muito diferente dos colegas equinos: grande parte são usados como veículo de tração, forçados a trabalhar até chegarem à exaustão. Quando finalmente a égua chegou próximo de ter uma família, o antigo tutor a encontrou e a recolheu na “calada da noite”. Mais uma vez, a equipe de resgate conseguiu encontrar Pretinha, que desta vez ganhou um companheiro chamado “Argo”. Desta vez, a próxima adoção seria em dupla, para nunca mais se afastarem e poderem desfrutar finalmente de verdes pastagens. Em agosto de 2022, a família Benner se interessou pelo casal e prontamente deram início ao processo de adoção. Os novos membros da família foram levados para o Sítio “Nárnia”, localizado em Anitápolis.

EQUOTERAPIA

A equoterapia é um dos destinos para os cavalos resgatados das ruas através do convênio da Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável com a Cavalaria da Polícia Militar. É um método terapêutico que usa o cavalo em uma abordagem multidisciplinar, nas áreas da saúde, educação e equitação. Os cavalos Simba e Dalila são um exemplo, que saíram dos maus-tratos para assumir uma causa nobre: auxiliar no tratamento de crianças. Os interessados devem entrar em contato com a Fundação Catarinense de Educação Especial, por meio do telefone (48) 3664-4860. As aulas acontecem de terça a sexta-feira, das 7h50min às 11h30min.

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