O Programa de Cooperação para Estudo da Biologia Populacional de Recursos Pesqueiros Catarinenses divulgou o projeto contemplado. O foco do edital é a busca pelo conhecimento e gerar parâmetros populacionais dos recursos pesqueiros.
O projeto do professor Jorge Luiz Rodrigues Filho, da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc) de Laguna, faz parte do consórcio Biopesca SC que abrange a Univali, UFSC e IFSC, sendo um trabalho com quatro instituições para estudar a ecologia marinha catarinense. Com a aprovação da pesquisa, também foi aprovado o valor de R$1.699,769,00 para o projeto.
“É um marco importante e histórico para a o setor de aquicultura e pesca catarinense. Com investimento próximo de R$ 2 milhões instituições renomadas como a Univali, UFSC e IFSC, com a coordenação da Udesc, irão iniciar as pesquisas com diversas espécies no intuito de gerar conhecimento sobre a biologia e a ecologia de recursos pesqueiros como instrumentos para a gestão destes recursos em Santa Catarina. Dentre as espécies estudadas estarão a tainha, anchova, corvina, peixe-espada, camarões e siris”, comenta o secretário de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.
“O objetivo do edital é conhecer ainda mais o mar catarinense. Com os estudos, conseguiremos dar ainda mais informações sobre quais épocas são mais proponhas a realizar uma pesca desejada”, comenta o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto.
O projeto
O projeto visa estudar e avaliar a biologia populacional dos principais recursos pesqueiros capturados no estado, levando em consideração a importância sócio cultural da pesca em Santa Catarina. Os estudos também visam estudar sobre a mudança climática, a destruição de habitats naturais e a poluição, entregando uma proposta que irá avaliar todos esses aspectos populacionais.
O foco dos estudos será todo o Litoral catarinense, sendo dividido em cinco setores: Norte, Centro Norte, Centro Sul e Sul, sendo feita a amostragem em todas essas áreas. As informações serão obtidas com base nos pescadores que moram nas regiões e nas pescas experimentais para adquirir organismos que serão estudados. O projeto tem duração de dois anos, podendo ser prolongado por mais seis meses.
Para o professor e idealizador da pesquisa, Jorge Luiz Rodrigues Filho, ter o projeto escolhido e fazer uma pesquisa estadual é muito gratificante. “É um projeto bem desafiador e complexo, que teremos que unir diversos saberes para conhecer do ponto de vista científico o que a sociedade já conhece do ponto de vista empírico. Queremos colaborar com o conhecimento ecológico local, abraçando toda a população pesqueira’’.