Em plena execução de uma das maiores obras de esgotamento sanitário de Santa Catarina, a ETE Potecas, em São José, a CASAN desenvolve um conjunto de programas associados a esse empreendimento.
Planos de controle ambiental das obras (incluindo segurança do trabalho, monitoramento de emissão de fumaça de máquinas e veículos e de gases), assim como medição, acompanhamento e gestão de ruídos fazem parte desse trabalho voltado a assegurar que a construção ocorra de maneira responsável e sustentável.
“Todos os programas fazem parte do processo de licença ambiental de instalação desse empreendimento, aprovado pelo IMA. Em relação a ruídos, por exemplo, o levantamento de dados e as análises demonstram que estão de acordo com os padrões exigidos pela legislação vigente, o que é muito importante para a comunidade local”, explica a engenheira sanitarista Aline Sobroza Pedroso, que integra a equipe da Gerência de Meio Ambiente da CASAN.
O Programa de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil é outra ação fundamental para o andamento adequado das obras da ETE Potecas, evitando contaminação do solo e de cursos d´água próximos, assim como a propagação de doenças e a exposição a substâncias perigosas.
Resíduos gerados em maior quantidade, como solo, madeira, blocos de cimento e ferros são encaminhados para transporte e reciclagem por uma empresa especializada. Parte do solo retirado do canteiro de obras da ETE Potecas vem sendo usado por essa empresa em um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), com reaterro de lagoas geradas na extração de areia no município de Santo Amaro da Imperatriz. É também realizada a gestão do lixo gerados pelos trabalhadores, que seguem diretrizes para a correta separação e contam com locais específicos para separação e posterior reciclagem.
A construção da ETE Potecas está ainda permitindo o monitoramento da água subterrânea e do Rio Forquilhas, o mais próximo do empreendimento. De forma mensal, são realizadas coletas em três pontos desse cursos d´água, o que possibilita a identificação de possíveis impactos e contaminação, assim como a necessidade de implementação de medidas corretivas. Dados desse acompanhamento também será usados na comparação da qualidade da água antes e após a operação da nova ETE.
“São ações que nos auxiliam a garantir que os impactos sejam minimizados, para garantirmos a segurança dos trabalhadores e da população que vivo no entorno dessa nova unidade de tratamento de esgotos”, complementa a engenheira da CASAN.
A nova ETE terá capacidade de vazão média, na primeira etapa, de 600 L/s, cerca de 42% a mais do que a capacidade atual de 423 L/s. Na segunda etapa, serão 800 L/s. Quando a nova ETE estiver concluída, o tratamento passará a ser feito com sistema de lodos ativados por aeração prolongada, controle de odor e remoção complementar de fósforo, o que vai garantir maior qualidade do efluente final tratado.