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São José faz dever de casa em busca do lixo zero

Município disponibiliza sete modalidades para retirar os resíduos do caminho do aterro; orgânicos têm na compostagem aliado para meio ambiente, saúde e renda

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No Dia Internacional do Lixo Zero, comemorado neste dia 30, a Prefeitura de São José mostra como cumpre o dever de casa. São sete modalidades, frentes de trabalhos, que o Município disponibiliza ao cidadão para que o resíduo não tenha como destino o aterro sanitário. Veja no link as modalidades.

Mas todo o esforço empreendido pelo Município não seria suficiente, não fosse o destino correto dado ao resíduo orgânico, que representa 50% do material gerado em qualquer estabelecimento, seja comercial, residencial. “Ninguém consegue chegar à meta lixo zero sem ter a responsabilidade sobre o lixo orgânico, reciclável, atendendo o que diz a Política Nacional de Resíduos Sólidos”, pontua o agrônomo João Manoel de Oliveira Campelo, responsável pelo trabalho da compostagem do programa Hortas Solidárias.

Através da compostagem, o Município encontra um forte aliado em busca da meta lixo zero. Ao retirar os dejetos orgânicos do caminho do aterro sanitário, preserva-se o meio ambiente, transformando-se através da compostagem o que iria para o lixo em adubo orgânico. “O resíduo orgânico representa um dos principais componentes de contaminação e de gases efeito estufa num aterro sanitário. Quando vai para o aterro inevitavelmente ele gera CH4, o metano,” lembra o agrônomo.

E é no programa Horta Solidária que o Município teve a experiência cotidiana de transformar os restos de orgânicos em alimento e renda. “Quando pensamos nas hortas, pensamos como espaços, onde as famílias pudessem trabalhar a questão ambiental e destino correto dos sólidos”, observa a secretária do Desenvolvimento Econômico, Rose Bartucheski, lembrando que as hortas disponibilizam na entrada galões destinados para captar os reciclados.

Com uma área de 5 mil metros quadrados, a unidade do Morar Bem, a primeira das três já inauguradas, conta com o empenho de 39 famílias, duas escolas e duas creches que dividem o cuidado com 53 canteiros. De lá, tiram o alimento e também a renda. Em 2022, a horta gerou cerca de 3 toneladas de alimentos.

Um resultado que foi possível com a ajuda dessa nova consciência ambiental. É do resto dos orgânicos que vem o 40% do adubo orgânico. “Usamos aqui uma camada orgânica que vem da Cavalaria e depois a camada da compostagem, produzindo cada vez mais alimentos”, comemora Luiz dos Santos, coordenador do projeto Hortas Solidárias.

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