O presidente do Sinduscon Grande Florianópolis, Marco Alberton, disse nesta terça-feira (17) que o mercado aposta na força da indústria da construção civil para superar o período de indefinições sobre a política econômica do novo Governo.
“Existe muita conversa, boatos, informações não confirmadas, o que acaba prejudicando o ambiente de negócios. Mas é importante lembrar que em momentos de instabilidade os investimentos em imóveis são uma opção tradicionalmente segura para o investidor”, diz.
No boletim mensal produzido pela entidade para seus associados, a economista Ludmila Custódio projeta crescimento de 2,5% do setor em 2023. A análise está baseada no ritmo de três anos consecutivos de expansão acima da média, no ciclo de negócios em andamento do mercado imobiliário e na demanda habitacional.
“Por ora, não há motivo para grandes preocupações, mas a definição da política econômica do governo eleito ainda segue como importante ponto de atenção, já que pode alterar a trajetória dos preços no setor. Além disso, a questão fiscal, os juros e a variação do dólar podem ainda ser impactados, dependendo da política econômica”, comentou.
Empresários também estão atentos à variação dos preços de insumos e mão de obra, que impactam diretamente no Custo Unitário Básico (CUB), indexador de financiamentos feitos pelas construtoras. Em 2021 a variação foi de pouco mais de 16%. O ano seguinte foi de queda – e a expectativa é de novas reduções, o que impacta de forma positiva as vendas.