Conforme já informado por esta coluna, o secretário da Casa Civil da prefeitura de Florianópolis, Ronaldo Freire deixa o cargo neste mês. Ele será substituído pelo ex-vereador de Lages, Thiago Oliveira (Podemos). A posse está confirmada para acontecer na próxima segunda-feira (9).
Quando assumiu a função no começo do ano Freire anunciou que ficaria no cargo por cerca de seis meses. O objetivo era ajudar com a articulação do início do governo. Ele alegou que pretende se dedicar a família. Também deverá colaborar com o projeto de pré-candidatura a deputado estadual de Fábio Botelho (Podemos), atual secretário de Governo do prefeito Topázio Neto.
Ao assumir a função que tem como missão principal a articulação política do atual governo municipal, Thiago terá a seu favor a experiência que adquiriu com os dois mandatos que cumpriu como vereador da cidade de Lages. Lá ele exerceu a vereança entre 2013 e 2020, quando ainda pertencia ao MDB. Em 2018 ele foi candidato a deputado estadual, sem sucesso. Desde então cumpre funções políticas na Capital e no ano passado passou a atuar como assessor da deputada estadual Paulinha (Podemos).
Desafio
Ao assumir a função de articulação política Thiago Oliveira terá muito trabalho. Apesar de o governo municipal contar com ampla maioria na Câmara Municipal, recentemente durante a votação da previdência dos servidores municipais teve duas baixas, dos vereadores Mama (UB) e Jeferson Backer (MDB). Jeferson pode-se dizer que já está reintegrado a base. Mas, Mamá, segue em oposição ferrenha à atual administração.
O novo secretário também terá a missão de destravar projetos importantes para a municipalidade que estão parados na Câmara. Cita-se como exemplo o projeto do estacionamento rotativo na Capital. Sem falar de acompanhar o trâmite de projetos que interessam ao Executivo, como os protocolados pelos vereadores Rafinha (PSD), Manu (PL) e Adrianinho (Republicanos) que abrem brecha para nova licitação da concessão do saneamento básico da Capital.
Thiago ainda terá que administrar um ambiente de pressão política em função da disputa por espaços de lideranças da base do prefeito Topázio Neto que buscarão no ano que vem uma vaga na Assembleia Legislativa. Estão neste guarda-chuva além do secretário de Governo, Fábio Botelho, o presidente da Câmara, João Cobalchini (MDB), a vereadora Manu Vieira (PL) e o vereador Gui Pereira (PSD) que pretendem concorrer a deputado estadual.
Também terá que administrar o tabuleiro de espaços de quem pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados como o secretário Bruno Souza (PL) e aliados da administração como os deputados; estadual, Júlio Garcia (PSD) e federal, Valdir Cobalchini (MDB). Isso sem falar na sua aliada, Paulinha, que também vai disputar para deputada federal em 2026, além de outros nomes que buscam votos na base do prefeito Topázio.
Enfim, Thiago terá muito trabalho!