Pancadaria no horário eleitoral gratuito da Capital
Em Florianópolis, o horário eleitoral gratuito em rádio e televisão, que iniciou dia 30 de forma amena e com propostas por parte dos candidatos, já descambou para o tiroteio generalizado. Um sintoma que difere do que se fazia em campanhas passadas, quando a desconstrução do adversário vinha somente nas últimas semanas de programa eleitoral.
Tem ataque para todos os gostos. O candidato do PT, o Lela, disparou contra o prefeito Topázio Neto (PSD), expondo o escândalo das prisões e investigações reveladas pela Operação Presságio, que atingiu inúmeros integrantes do atual governo.
O candidato Dário Berger (PSDB) também mirou em Topázio e fez um paralelo da forma como o prefeito administrou sua empresa na iniciativa privada – que quebrou e ficou devendo para mais de 13 mil funcionários, inclusive com ordem de despejo – e a forma como, segundo ele, está administrando Florianópolis, deixando as contas no vermelho.
O prefeito tentou tirar as inserções de Dário do ar, mas a Justiça Eleitoral não atendeu ao pedido. Assim, Topázio também partiu para o ataque e mirou o segundo coloca nas intenções de voto, no caso, o ex-prefeito Dário. Lembrou de escândalos na sua gestão, de desvios administrativos e de processos que o ex-prefeito foi arrolado.
2º turno em jogo
Ao que indica a antecipação da guerra no horário eleitoral está ligada a dúvida se Florianópolis terá eleição em um torno, como em 2020, ou voltará a ter em dois turnos.
Os adversários de Topázio precisam desidratar o prefeito, que conta com o maior tempo de TV, além de maior exército de candidatos a vereador, sem contar com a força das máquinas públicas da prefeitura e Governo de SC.
Já o prefeito ataca com o mesmo objetivo: desidratar seus adversários e influenciar os votos indecisos para conseguir matar a fatura em turno único.
As pesquisas internas vão mostrar qual das estratégias deu certo. Não tem como todas elas estarem certas. O balanço dos números das pesquisas internas vai indicar se o bate-boca continua e se intensifica nas próximas semanas, ou se cessa.
Estratégias
Em São José, as estratégias das duas principais candidaturas a prefeito estão muito bem definidas. O prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) foca em tentar ser mais bolsonarista que sua principal adversária, Adeliana Dal Pont (PL). Enquanto Adeliana busca discutir os problemas da cidade, principalmente incentivando a comparação entre seu governo e o atual.
Ânsia em ser mais bolsonarista
O resultado da eleição só será conhecido em pouco mais de 30 dias. Ainda é muito cedo para se saber se essa estratégia de Orvino de tentar pegar o bolsonarismo do 22 de Adeliana vai colar.
Mas, a narrativa ele construiu direitinho, com marketing e especialmente respaldo de lideranças do próprio PL lhe apoiando.
Adeliana, se vir a ganhar essa eleição, será por ela mesmo, por seu legado deixado de quando foi prefeita e pela ajuda do PL local que comprou sua candidatura, bem como do governador Jorginho Mello.
Com o suporte do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), da deputada federal, Júlia Zanatta (PL) e de outros figurões bolsonaristas, Orvino conseguiu ao menos emparelhar o jogo entre os fanáticos do mito.
E o Bolsonaro, o que dirá?
O único problema do prefeito Orvino é o próprio Bolsonaro, que até o momento não se manifestou sobre São José. Se acontecer aquilo que os filhos do governador anunciaram, com Bolsonaro participando de comício em SJ e declarando apoio para Adeliana, todo esse fogo de palha do prefeito será em vão. A dúvida paira se Bolsonaro virá mesmo. Do jeito que as forças obscuras atuam para tirar o bolsonarismo de Adeliana, não dá pra se duvidar de mais nada.
Censura nunca mais
A coordenação da candidatura do prefeito Orvino, em São José erra na estratégia de tentar cercear o debate político na cidade. Agora seus adversários não podem mais fazer críticas públicas contra ele? Que absurdo isso, ainda mais em período eleitoral, justamente quando a política e a gestão da prefeitura devem ser debatidas à exaustão, é claro, sem ataques pessoais ou mentiras.
Orvino segue um levante de censura nacional, capitaneado especialmente pelo STF que nos últimos anos tem perseguido agentes políticos lhes tirando o direito de se comunicar publicamente. Mais recentemente, foi o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal que teve suas redes derrubadas numa decisão arbitrária e perigosa. Agora, o ministro Alexandre de Moraes derrubou o X, antigo twitter no Brasil. Onde vamos parar com tanta censura?
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Cartel das Funerárias
A Operação Caronte, do GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) e o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), que teve mais uma fase nesta terça (3) com a prisão de 10 pessoas entre empresários e servidores públicos, incluindo nesta lista o prefeito de Criciúma, Clesio Salvaro (PSD), teve início em 2023, justamente em Florianópolis.
Ela se baseou em outra investigação sobre o cartel das funerárias, que explorava famílias de luto na Capital Catarinense. Trata-se da primeira fase da Operação Mercadores da Morte que teve, inclusive, cumprimento de mandados de busca e apreensão. Boatos de que em Florianópolis tem agente político que tem arrepios quando sai qualquer notícia sobre o tema. É o medo do toc, toc, toc.
Indicação
O Comitê Mulher do Crea-SC indicou a engenheira civil Silvia Santos ao “Prêmio FMOI GREE Mulheres na Engenharia 2024”, reconhecimento referendado durante a 7ª Reunião Ordinária do Confea em Brasília. Silvia, docente e pesquisadora na Univali, foi destacada pela sua liderança e contribuições à engenharia. Sua indicação reforça o papel do Comitê Mulher na promoção da equidade de gênero na área tecnológica.
“Esta indicação reforça o meu compromisso em continuar contribuindo para o desenvolvimento da engenharia e pela presença e reconhecimento das mulheres na profissão. Estar entre essas mulheres excepcionais e ser reconhecida nesse contexto é um privilégio imenso. Sou profundamente grata pela valorização do meu trabalho. Esta distinção reflete a colaboração e o empenho de todos ao meu redor”, destaca a professora.
A divulgação do resultado será realizada em setembro e a entrega do prêmio acontece durante a Conferência Global de Engenharia, em Ruanda, entre os dias 15 e 18 de outubro.
Concurso Público ou Iniciativa privada?
No próximo dia 4 de setembro, jovens que desejam construir uma trajetória profissional e demais interessados estão convidados para a Aula Magna “Concurso público ou Iniciativa Privada: caminhos para a construção de um projeto de vida e carreira”, promovida pela Estácio. Ministrada pelo jurista, magistrado, escritor, professor universitário e, atualmente, desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, William Douglas, a palestra tem como objetivo apresentar cenários, dicas e informações importantes para quem deseja escolher entre as diferentes possibilidades existentes em cada carreira. O evento é gratuito e será transmitido ao vivo, a partir das 18h30, pelo canal da Estácio no YouTube. https://www.youtube.com/@estacio
Ator Marcos Palmeira apoia Marquito
A campanha do candidato Marquito (50) a prefeito de Florianópolis recebeu o apoio de Marcos Palmeira, ator consagrado por sua participação em diversas produções em teatro, cinema e TV. O artista, que também é produtor orgânico e reconhecido defensor de causas ambientais, acredita que Florianópolis tem, nestas eleições, a oportunidade de eleger um administrador com uma plataforma de governo comprometida com a preservação da natureza e a qualidade de vida da população.
O depoimento de Marcos Palmeira foi divulgado nas redes sociais do candidato e, na tarde deste domingo, já chega a quase 100 mil visualizações no Instagram: https://www.instagram.com/reel/C_T0UC4velF/?igsh=bjA0ZWE3NnFuOG4x
Água com açúcar
Será que com a divulgação do apoio do ator Marcos Palmeiras o candidato a prefeito Marquito conseguiu ao menos meio voto? Impressionante como os candidatos se descolam da cidade real e vivem em suas bolhas. Marquito é um exemplo. Faz uma campanha água com açúcar, como se tivesse disputando a vereador ou deputado. Pra vencer uma eleição para prefeito de Florianópolis é preciso mais, muito mais.
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