Ganha eco a excelente ideia, diga-se de passagem, de utilizar o espaço ocupado atualmente pela antiga Rodoviária de Florianópolis para a implantação de uma rótula. Na concepção do deputado estadual Marcos Vieira (PSDB), a solução resolveria em muito um problema crônico de mobilidade na região, entroncamento do início da avenida Hercílio Luz com a avenida Mauro Ramos.
Apesar da aparente óbvia sugestão do deputado, o encaminhamento da área deverá ser outro. A prefeitura da Capital indicou à Câmara o encaminhamento para leilão do espaço. Já a vereadora Manu Vieira (PL) está sugerindo a demolição da antiga construção. O objetivo é aproveitar a capacidade construtiva do local e passá-lo para a iniciativa privada. Ao final vai nascer ali mais um arranha-céus ou residencial ou comercial, tornando ainda mais caótico o trânsito da região.
A sugestão do deputado que tem sua base eleitoral na Capital e aos 71 anos conhece como poucos suas prioridades, visa melhorar a mobilidade. Ele pondera que a ideia é copiar o que São José fez ao implantar uma rotatória naquela região próxima ao Shopping Itaguaçu. O equipamento substituiu as antigas sinaleiras que só atrasavam o fluxo do trânsito.
Exemplo de trânsito travado tem também a região da antiga Rodoviária da Capital. O deputado cita além dos semáforos, os postos de gasolina que, muitas vezes com filas nas vias, complicam ainda mais o trânsito. “A rótula é a solução para fazer o trânsito fluir”, sentencia.

Cadê o dinheiro?
O imóvel da antiga Rodoviária foi ocupado por décadas por pequenos comerciantes. Nesse período, os aluguéis foram cobrados desses locatários, porém, os recursos não entraram no cofre da prefeitura, proprietária do espaço. Uma investigação está sendo conduzida pelo Ministério Público em parceria com a prefeitura para saber onde foi parar esse dinheiro fruto de cobrança indevida de aluguéis num imóvel que pertence à prefeitura.
O deputado Marcos Vieira cobrou que as investigações se aprofundem e visem a responsabilidade administrativa e criminal dos envolvidos. “Alguém recebeu o dinheiro dali e ficou com o dinheiro”, pondera.
Entupir o rombo do Fundo
A justificativa da prefeitura de Florianópolis em leiloar o imóvel da antiga Rodoviária é usar os recursos com a venda para entupir o rombo do fundo da previdência municipal na ordem de R$ 8 bilhões. Pergunto, não existem outros imóveis com menor importância para o bem público para serem leiloados para essa causa?
Há também quem defenda a implantação de uma praça naquele local. Porém, já existem muitos espaços públicos na região. Agora, uma rótula, seria a grande sacada para mudar o fluxo de trânsito naquele entroncamento, um dos mais famosos e trancados da Capital.
Respeito à engenharia
Mandaram muito bem o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC), Kita Xavier e a presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Santa Catarina (SENGE-SC) Roberta Maas dos Anjos ao contestarem a nomeação do advogado André Leme da Silva Fleury Bonini para o cargo de Diretor-Geral de Engenharia do Porto de Itajaí.
As duas entidades de classe estão corretas em cobrar que se respeitem os critérios técnicos nessas nomeações, especialmente em uma área que compromete a segurança, a qualidade e a eficiência das operações portuárias, além de desrespeitar as normativas que regem a engenharia no Brasil. “Não podemos aceitar que cargos técnicos sejam ocupados sem a formação adequada. Engenharia não é espaço para indicações políticas”, resumiu o presidente do Crea, engenheiro Kita.

Nomeação será revista
E a pressão das entidades de classe teve efeito e obrigou a Autoridade Portuária de Santos (APS) – que administra o Porto de Itajaí – a se manifestar através de uma Nota Oficial. O órgão informou ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) que “às normas de contratação para a ocupação de cargos na Superintendência do Porto de Itajaí serão todas reformuladas, de modo que sejam atualizadas nos moldes do que é aplicado hoje na Autoridade Portuária de Santos. Hoje, as normas ainda em vigor em Itajaí, por exemplo, sequer exigem a formação em nível superior para a ocupação dos cargos de diretor”, diz a nota.
A Autoridade Portuária alegou ainda que para essas modificações se faz necessário um período de transição. “Após a conclusão do processo de atualização do regimento interno do Porto de Itajaí, as novas normas serão anunciadas e as nomeações passarão então a atender às novas premissas, que incluem as recomendações do CREA/SC para contratação de todos os cargos, inclusive do Diretor de Engenharia”, garantiu a Autoridade Portuária.
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A crítica
O ex-vereador Marquinhos da Silva, que na eleição de 2024 disputou uma vaga na Câmara da Capital e ficou na suplência do MDB ao conquistar 1930 votos, utilizou das redes sociais para criticar um projeto de lei complementar enviado para a Câmara Municipal pelo prefeito Topázio Neto (PSD) criando alguns cargos públicos. Além de expor alguns dados do projeto de lei, Marquinhos comentou que “é preocupante o aumento desenfreado de gastos com servidores comissionados, muitos sem conhecimento técnico”. Marquinhos ainda diz que é a favor do que for necessário para melhorar a cidade, porém, torce “para que isso realmente traga frutos reais ao município e não apenas aos políticos”.
Posicionamento demagogo
Não só Marquinhos, como qualquer cidadão florianopolitano está no seu direito de criticar a criação de cargos na prefeitura. Porém, o que estranhou muitos que viram a postagem nas redes sociais foi a crítica partir de um ex-servidor público comissionado da prefeitura. Marquinhos ocupou por anos cargos na administração municipal, em especial na Floram. Quer dizer que agora que está fora é contra cargos comissionados? Por esse motivo muitos viram a postagem embebida em fina demagogia.
Cargo na Alesc
Sem espaços na prefeitura o ex-vereador Marquinhos, do MDB, está, desde o início do ano, em um cargo comissionado no gabinete do deputado estadual Pepê Colaço, que é do PP.

Necessidade
Sobre a criação de cargos comissionados não há nenhuma ilegalidade, é mais uma discussão técnica de sua necessidade. Se as funções são necessárias para dar melhor qualidade no serviço público e os pseudo-indicados forem técnicos na área indicada é vida que segue. Geralmente quem critica criação de cargo comissionado na verdade o faz porque ele próprio gostaria de estar em um.
Bolsonaro quer João Rodrigues no Senado
Durante reunião em Brasília nesta semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) externou sua vontade de que o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) dispute uma vaga ao Senado em 2026. “Eu ainda tenho esperança que o João Rodrigues vá ao Senado e só uma das duas nossas vá ao Senado e o Jorginho teria uma reeleição tranquila”.

Veja o vídeo no link do Portal SCC:
Pedido esdrúxulo
Que pedido mais sem pé nem cabeça esse ingressado pelo prefeito Eduardo Freccia (PL), na Justiça, solicitando indenização em nome do município de Palhoça contra a Arteris Sul por danos causados a mobilidade da cidade em função do atraso das obras de implantação do Contorno Viário. O prefeito queria R$ 10 milhões de indenização, o que foi negado pela Justiça.
Pedido esdrúxulo (II)
E tem muito embasamento a decisão da Justiça, especialmente por um fator. Um dos principais motivadores do atraso na obra foi o próprio município de Palhoça. Isso ocorreu quando o ex-prefeito Ronério Heiderscheidt autorizou a implantação de um conjunto habitacional justamente no traçado originalmente definido para passar o Contorno.
As alterações que tiveram que ser feitas no projeto encareceram a obra com a construção de no mínimo mais dois túneis, além de atrasá-la em ao menos três anos. Ou seja, o atraso na implantação do Contorno foi uma vergonha, mas muito desse atraso é culpa da própria prefeitura de Palhoça.
Plano Plurianual
Na manhã desta quinta-feira (27), a Câmara de São José recebeu técnicos do Executivo para Audiência Pública visando a discussão do Plano Plurianual 2026-2029. Coube ao Secretário Adjunto de Finanças, Guido Luiz Hinckel, realizar a apresentação para vereadores, servidores e comunidade que assistiu por meio da TV Câmara e redes sociais.
“O PPA é um plano macro feito para quatro anos elaborado sempre no primeiro ano de mandato do prefeito atual. Neste caso, apresentamos programas e ações previstos para o período”, explicou Hinckel.

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