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Verticalização avança em São José: cidade é a 7ª do País em número de apartamentos

Censo 2022 aponta que Santa Catarina tem quatro cidades entre as dez mais no país neste tipo de moradia

A verticalização de cidades fez com que nos últimos 12 anos mais pessoas deixassem de viver em casas e passassem a morar em apartamentos. Em São José, quase metade da população já reside em prédios (41,05%), sendo a sétima cidade do País com maior proporção de pessoas residindo neste tipo de moradia. O fenômeno já afeta Santa Catarina, que tem quatro municípios entre os dez com maior percentual de apartamentos.

As informações foram publicadas pelo IBGE na sexta-feira (23), na divulgação “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo”. Mesmo com a maior parte da população ainda vivendo em casas, a verticalização chama atenção em São José. Tanto que a cidade se prepara para a expansão dos prédios no Novo Plano Diretor em análise na Câmara, que prevê regiões com prédios de até 25 pavimentos.

No Brasil, apenas três dos 5.570 municípios brasileiros têm mais pessoas morando em apartamentos do que em casas: Balneário Camboriú (57,22%), Santos (63,45%) e São Caetano do Sul (50,77%). Em Santa Catarina, Balneário Camboriú lidera a lista, em seguida vem São José, depois Itapema (38,76%) e Florianópolis (38,64%).

Bruno Perez, analista da pesquisa, explica que esse aumento é expressivo e nacional, sendo registrado em todas as regiões do país, embora seja mais típico dos grandes centros urbanos. “Essa verticalização é uma resposta ao adensamento da população dos municípios, principalmente nas áreas de região metropolitana e nos centros das cidades maiores”, afirma.

Conforme os dados divulgados pelo Censo 2022, dos 7,6 milhões de catarinenses morando em domicílios particulares permanentes ocupados, 1,4 milhão (18,5%) moram em apartamentos. Esse percentual foi o terceiro maior do país, superado apenas pelo do Distrito Federal (28,7%) e do Rio de Janeiro (20%). No entanto, assim como em outros estados, em Santa Catarina predomina as pessoas que moravam em casas (80,5%). Em 2022, eram 6,1 milhões de pessoas.

Imóveis valorizados

Em dezembro de 2023, São José foi reconhecida como a cidade com maior valorização de imóveis no país, conforme o índice Fipezap+, que acompanha a variação de preços no mercado imobiliário brasileiro. O preço dos imóveis na cidade acumula alta de 18,20%, de janeiro a novembro de 2023 — o maior valor entre os 50 municípios pesquisados.

O levantamento revela que o preço médio dos imóveis para venda em São José chegou a R$ 7.030 por metro quadrado em novembro, conforme a última pesquisa. O valor é menor do que a média dos municípios de R$ 8.697 por metro quadrado. As duas cidades que lideram o ranking de preço médio dos imóveis para venda são Balneário Camboriú (R$ 12.575/m²) e Itapema (R$ 12.292/m²).

O Índice FipeZAP, estabelecido em 2010, realiza mensalmente análises estatísticas baseadas em anúncios de venda e locação de imóveis residenciais e comerciais. Este levantamento serve como um indicador da evolução dos preços imobiliários no país.

O prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila, destacou o desenvolvimento da cidade. “Essa é mais uma ótima notícia para São José. Estamos com várias ações para ressignificar e valorizar o Município”. Orvino cita as sanções de leis que beneficiam a economia josefense como a que criou o programa de regularização de obras irregulares e clandestinas, a que instituiu o licenciamento urbanístico simplificado, a que disciplinou as diretrizes urbanísticas para a implantação de condomínio fechado de lotes, entre outras.

“Num passado recente, São José era vista como uma cidade dormitório, acolhendo pessoas que tinham que trabalhar em Florianópolis. Hoje, após os investimentos que fizemos, o cenário é de uma cidade em franco desenvolvimento, com pilares de infraestrutura, tecnologia, saúde e assistência social. São José vem atraindo investimentos de diversos setores da economia e, principalmente, famílias que investem em seus empreendimentos no quarto município mais populoso do Estado, criando um novo e forte eixo econômico no país”, avaliou o prefeito.

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