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Construção da nova ponte da Lagoa é retomada com duas frentes de serviço no Centrinho

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A Prefeitura de Florianópolis retomou nesta sexta-feira (11) as obras de construção da nova ponte da Lagoa da Conceição com duas frentes de serviços: as execuções do estaqueamento em madeira do escoramento provisório da estrutura da travessia e do muro de concreto para contenção do aterro em rocha que vai abrigar uma das cabeceiras. Os trabalhos, que ocorrem na região do Centrinho próxima de onde será a rótula do futuro sistema viário de acesso à futura travessia, estão sendo conduzidos pela Secretaria de Transportes e Infraestrutura.

Esses serviços já estavam em andamento antes da última paralisação da obra pelo Ministério Público Federal, no dia 27 de julho. Nesta data, porém, já havia sido concluída a parte do aterro em rocha que vai abrigar a cabeceira da nova ponte no lado oposto ao do Centrinho, perto da Avenida das Rendeiras, previsto no projeto para esta etapa dos trabalhos.

Vale destacar que essas primeiras estacas cravadas no fundo da lagoa são de madeira. Mas, mais pra frente, vai acontecer em paralelo serviço de estaqueamento com estacas metálicas, com vistas à fundação dos nove pilares que vão sustentar a futura travessia da Lagoa da Conceição.

A retomada das obras nesta sexta-feira (11) ocorreu após a terceira decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ocorrida na véspera. O presidente do órgão, desembargador Fernando Quadros da Silva, apontou o licenciamento regular da obra e o prejuízo público com a sua paralisação.

Benefícios das obras

A construção da maior travessia do interior da Ilha de Santa Catarina tem o objetivo ambiental de melhorar a oxigenação entre a Lagoa da Conceição e a Lagoa Pequena, no Campeche. Além de embelezar ainda mais a região com um projeto arquitetônico de tirar o fôlego que engloba a revitalização do entorno da ponte e a melhoria da passagem das embarcações.

Os benefícios de toda essa infraestrutura de ponta vão decorrer do fato de que a altura livre, ou seja, a distância entre a lâmina d’água da Lagoa da Conceição e a ponte a ser edificada, será três vezes maior, se comparado à ponte existente. Isso porque, atualmente, na máxima maré, essa altura é de 1,80 metros, e passará a ser de seis metros. Sendo que a mesma proporção valerá para o vão livre, ou seja, o espaço para a passagem de embarcações sob a ponte, que hoje é de apenas nove metros e será de 30 metros.

Para o prefeito Topázio Neto, a estrutura não representa apenas uma melhora para o fluxo de veículos e barcos nesse ponto importante para a mobilidade da Capital, mas também, benefícios para ciclistas e pedestres. “Quem passa por essa região diariamente poderá contar com calçadas mais largas e ciclovia nos dois sentidos, além de aproveitar a revitalização do entorno”, destaca. No que o secretário Rafael Hahne complementa: “A nova ponte terá uma geometria muito mais fluida, dará condições de conectar a ciclovia das Rendeiras com a ciclovia e a ciclofaixa que vão ligar com o terminal da Lagoa (Tilag), ou seja, permitirá outros modais e dará acessibilidade”.

De acordo com o projeto executivo, a nova ponte da Lagoa da Conceição ficará à direita da ponte atual – que encontra-se desgastada e subdimensionada para o fluxo de veículos da região . Terá estrutura de concreto armado com guarda-corpos e formato curvo, 214 metros de extensão e 17 metros de largura, com a seguinte conformação: duas faixas de rolamento de 3,5 metros de largura, dois passeios (nas laterais de cada faixa) com 2,5 metros de largura e uma ciclovia bidirecional (com duas faixas em sentidos contrários) de 2,80 metros de largura.

A revitalização do entorno da nova ponte da Lagoa da Conceição vai implicar na recuperação total dos decks e atracadouros existentes na área próxima à marina que fica à esquerda da ponte atual. E mais: após a demolição dessa estrutura – que ocorrerá somente após a entrega da nova ponte – os aterros das duas cabeceiras “antigas” ganharão ampla infraestrutura de lazer com áreas de contemplação das belezas naturais, playground, academia de ginástica e praça públicas.

As obras contam com as devidas licenças ambientais provisória (LAP) e de instalação (LAI), concedidas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), assim como as autorizações da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e da Capitania dos Portos. Iniciadas em abril, elas serão executadas pela empresa Cejen Engenharia Ltda. pelo prazo de dois anos. O investimento é da ordem de R$ 53 milhões.

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