Hoje é sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Coluna da UNIMED
Coluna da AMPE
Coluna do Adriano
Publicações Legais
spot_img
InícioGERALCurso prepara 40 mulheres para exporem seus produtos na Feira da Freguesia

Curso prepara 40 mulheres para exporem seus produtos na Feira da Freguesia

Projeto de Economia Solidária visa incluir mulheres em vulnerabilidade social no mercado de trabalho

A Prefeitura, por meio das secretarias de Assistência Social e de Cultura e Turismo, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercia (Senac) promoveu um encontro na tarde desta sexta-feira (24), no Centro de Atenção a Terceira Idade (Cati), sobre empreendedorismo e gestão de marca, para as cerca de 40 participantes do projeto Economia Solidária. A iniciativa, que faz parte dos cinco Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do Município, teve objetivo de capacitá-las para o mercado, expor e comercializar seus produtos na tradicional Feira da Freguesia, que será realizada no dia 10 de dezembro, no Centro Histórico.

“O maior propósito do encontro de hoje, foi conversar sobre empreendedorismo e gestão de marca e, acredito que atingimos nosso objetivo, para prepara-las para o mercado. Dei algumas dicas, ideias, técnicas de como elas podem construir a marca delas, para poderem apresentar na Feira da Freguesia”, detalhou Alan Rodrigues, professor de administração e consultor do Senac.

Liliam Assis Medeiros, de 84 anos, é viúva, não tem filhos, nem familiares, mora sozinha no bairro Forquilhas, e há dois meses conheceu o Cras de Forquilhinha. “Lá eu senti esperança, conheci pessoas e fiz amizades, além de me ocupar com o que gosto de fazer e me distrair. Morar sozinha e viver sozinha, não é nada fácil. Isso tudo tem me salvado. Estou feliz demais em poder mostrar o meu trabalho. Ansiosa para expor na Feira e poder comercializá-lo”.

O secretário de Cultura e Turismo, Charles Colzani, explica que por meio da Feira da Freguesia, é oportunizado, enaltecido e traz o artesão para o Centro Histórico para poder fazer a venda dos seus materiais, oportunizando eles através de uma ação da Prefeitura de São José e Secretaria de Cultura e Turismo, para que ele possa estar comercializando aquilo que ele fabrica na sua casa. “E, além disso, a feira tem uma questão, que é uma questão cultural, que traz todo esse resgate, essa oportunidade do cidadão também estar conhecendo melhor a nossa gente, desfrutando das belezas naturais do Centro Histórico”.

Sobre o projeto

O projeto “Economia Solidária e a Proteção Social Básica – desenvolvendo a autonomia de famílias em situação de vulnerabilidade social” visa capacitar e estimular a melhoria na qualidade de vida, através de conceitos como empreendedorismo, empregabilidade e empoderamento para mulheres, atendidas nos Cras.

As coordenadoras do projeto, Karen dos Santos, Talissa Palma Müller e Sandra Gomes Ferreira, explicam que o objetivo central é dar autonomia à essas mulheres que são acompanhadas pelos Cras, dentro do contexto da economia solidária, capacitando, oportunizando uma renda financeira a elas. A economia solidária é uma prática econômica que se baseia em princípios de autogestão, cooperação, solidariedade, relações igualitárias, democracia, autonomia, distribuição equitativa de riquezas e sustentabilidade.

Segundo suas idealizadoras, o projeto tem como meta em 2024 ser transformado num programa municipal permanente, atendendo mais mulheres integrantes dos Cras, proporcionando a elas essa autonomia, por meio da produção do que elas mesmo fazem e comercializam.

“A gente está dando esse incentivo, mas a intenção é que elas possam depois serem totalmente autônomas e daqui a pouco estarem participando como expositoras individuais da Feira da Freguesia ou da Feira do Empreendedor, que São José também promove. E o melhor de tudo, essa mulher tendo autonomia, esse sentido empoderado, vai se desvincular dessa vulnerabilidade e da necessidade de atendimento de programas sociais”, ressalta Karen.

Talissa também enaltece a importância do projeto. “Tudo isso visa fortalecer e empoderar as mulheres, que é um público que está sempre em situação de mais vulnerabilidade em questão de renda, que são chefes de família e não conseguem ingressar no mercado do trabalho. Trabalhar com essa população visando todos os princípios da economia solidária e ter um espaço na feira é um momento importante para elas se verem como produtoras e feirantes”.

A proposta

O projeto está organizado em duas fases, uma que vem sendo desenvolvida neste ano e a próxima ao longo de 2024. Em 2023, o projeto visa fortalecer iniciativas de produção de mulheres em situação de vulnerabilidade social já em andamento, articulando-as com a lógica da economia solidária. Em 2024, as ações visam o desenvolvimento de novas iniciativas de economia solidária em prol de famílias em situação de vulnerabilidade social.

A segunda fase do projeto, a ser desenvolvida ao longo do ano de 2024, está prevista como um processo mais amplo, pensando em, além de identificar essas já produtoras, formar novas mulheres e jovens para engajamento com a economia solidária. Essas mulheres e jovens deverão ser membros de famílias em situação de vulnerabilidade social, preferencialmente famílias que estejam em acompanhamento pelos Cras de Areias, Colônia Santana, Forquilhinha, Ipiranga e Zanellato.

spot_img
ARTIGOS RELACIONADOS
Publicidadespot_img
Publicidadespot_img
Publicidadespot_img

Últimas do Informe Floripa